Amigos Tricolores

Segundo nosso capitão e ex-melhor lateral direito do mundo, sim. Segundo ele disse essa semana, ele não enxerga diferença no estilo de jogo dos dois. No pensamento, o estilo do Diniz realmente é diferente, o problema é na execução. O fato do Crespo, mesmo em poucos jogos, ter tirado a saída de bola de dentro da área, já foi um avanço para mim. Segundo Alves, ambos querem uma equipe vencedora, bem, eu não conheço um único técnico que quer dirigir uma equipe perdedora. Vocês conhecem?

Mesma mentalidade

Nosso capitão, que nas horas vagas é coach, disse que vê diversas semelhanças nos trabalhos dos treinadores: “Não vejo muita diferença. Os dois gostam de tratar bem a bola, os dois gostam de muita intensidade e os dois precisam de tempo para fazer uma equipe vencedora”. Até ai, nada de novo, se perguntar para qualquer um vão dizer que Julio Casares e Leco tem semelhanças pois ambos querem ver um time campeão, sim, a diferença é que um ficou 6 anos fazendo de tudo para isso não ocorrer e outro em 4 meses está fazendo de tudo para voltarmos a gritar “é campeão”. Não é o pensamento que faz a diferença, mas sim a atitude, uma frase que poderia até ter sido tirada de algum Stories de Daniel Alves, mas não, essa é uma realidade da vida real.

Não vejo o mesmo estilo

Começa que um jogava no 4-3-3 e o outro é adepto ao 3-5-2. Ai eu já vejo uma diferença, pois cada um gosta de proteger seu goleiro e municiar seu ataque de um jeito. Crespo vem da escola argentina, que assim como a brasileira é uma das melhores do mundo.

Crespo foi um dos maiores atacantes do mundo, em sua época, um dos melhores da história do seu país, Fernando Diniz a gente mal lembra que foi jogador. Tudo bem, que eu tenho a teoria que craque não se torna bom técnico, com exceções recentes a Muricy e Renato Gaúcho, pois se ver os últimos técnicos que conquistaram títulos a maioria foi jogador bem meia boca, como Felipão, Abelão, Luxa, Mano… técnicos que gostando ou não comemoram títulos bem recentes. Rogério Ceni caminha para ser como Muricy e Renato, craque que será um grande técnico, bem, tem um Campeonato Brasileiro, como técnico nas costas já, em 5 anos de profissão, fora o excelente trabalho feito no Fortaleza.

Crespo tem apenas 1 título na carreira, vencido no ano passado, Diniz não. Diniz e Crespo gostam da posse de bola, mas já deu para perceber que Crespo quer a posse com o time indo para frente, já Diniz queria a possa de bola a todo o custo. Telê Santana ensinou que a posse é importante, mas com o futebol de toques e para frente, 70% de posse de bola no jogo pode não dizer nada, como em muitos jogos, que perdemos, ocorreu! O time que ficou com 30% da posse ganhou o jogo e onde eu aprendi futebol, o que vale é “bola no barbante”.

Comparações são pessoais

Crespo não teve tempo de mostrar seu potencial como técnico. O campeonato parou e nem sabemos quando ele voltará (espero que quando esse artigo seja publicado já tenhamos uma definição) então é complicado um torcedor analisar o técnico com poucos jogos, mas Daniel Alves está no dia a dia com Crespo, afinal, mesmo que o campeonato esteja parado por uma questão de saúde, os treinos – cumprindo os protocolos – estão a todo o vapor.

Essa comparação do Daniel Alves, para mim, espero que não ocorra. Para mim, o Diniz é um cara de muitas ideias mas que não sabe aplicar no time, e olha que ele teve uns 16 meses para isso, mas não conseguiu, mesmo que por um tempo o São Paulo tenha sido a sensação do campeonato liderando, ele perdeu a mão por ser um técnico de um esquema só. Quando Mancini conseguiu neutralizar, os outros técnicos entenderam isso e vieram as derrotas, para o Grêmio que anulou muito bem o time, depois até o Red Bull nos anulou e goleou o São Paulo. Espero que Crespo tenha mais repertório.