O São Paulo trabalha para repactuar dívidas antigas por contratações feitas ainda durante a gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. Os paulistas tinham pendência de R$ 12 milhões com o Athletico-PR pela compra dos direitos econômicos do atacante Pablo, além de vencimentos futuros avaliados em R$ 3 milhões, o que culminaria em R$ 15 milhões no total. A forma de pagamento foi renegociada nos bastidores.

O Tricolor paulista pagou R$ 3,2 milhões de entrada pelo acordo com os paranaenses. O restante será dividido em cinco prestações. O caso já era discutido judicialmente entre as partes, mas só teve um desfecho nas últimas semanas. O clube pretende minimizar as dívidas herdadas no departamento de futebol e evitar possíveis sanções.

A contratação de Pablo pelo São Paulo, ocorrida em dezembro de 2018, foi avaliada em 6 milhões de euros (R$ 26,6 milhões à época). O negócio, conduzido por Raí e Alexandre Pássaro na ocasião, estabelecia pagamento parcelado pelo clube. Algumas prestações, no entanto, não foram quitadas no prazo correto. Desta forma, havia a pendência de R$ 12 milhões, o que inclui também juros, correção monetária e multa por atraso, conforme determinado pelo acordo. Além disso, futuras parcelas do antigo acordo exigiam o pagamento de mais R$ 3 milhões. Os montantes foram somados, totalizando R$ 15 milhões.

Após assumir o cargo de presidente do São Paulo, Julio Casares procurou o CEO (Chief Executive Officer, que significa diretor executivo em português) do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, a fim de discutir a questão envolvendo o débito por Pablo. A dupla se ajustou e mudou o prazo para pagamento do negócio. Pablo tem contrato no Morumbi até dezembro de 2022. O centroavante de 28 anos tem sido titular do time comandado por Hernán Crespo no início da atual temporada. Ele fez quatro jogos até aqui, com dois gols marcados e duas assistências.

UOL