Luciano, Você nos representa. Não peça desculpas, não sinta você, vergonha. Mas não passe a mão na cabeça dos seus companheiros.

Eles precisam aprender a assumir responsabilidade pelos seus atos. Espero que, claro, longe do Morumbi. Afinal, alguns jogadores parecem não compreender, como você Luciano, a grandeza do São Paulo e o sentimento do torcedor. Lembro, um certo lateral, que prefiro esquecer o nome, rindo após um erro grotesco no jogo contra o Palmeiras.

Quero acreditar que foi um tique nevoso, entre muitos que ele deu durante os jogos, ao invés de jogar bola; enquanto nós torcedores agoniados, esbravejávamos e sofríamos a cada lance deste “time acomodado”, deitado em berço esplêndido. Que a Era Crespo traga ao menos dignidade ao grupo de jogadores que ficarem no barco tricolor e neles desperte o espírito do Guerreiro Adormecido. Que seu comandante seja capaz de corrigir os rumos dos anos de desvario e de uma soberba inexplicável.

Eu quero ficar um pouco distante do futebol, pois meu coração feminino, sensível, não aguenta mais sofrer. Não sei se vou conseguir, porque como diz o ditado popular, “O amor é cego”. Uma amiga ao final do jogo contra o Palmeiras enviou-me um zap, seu filho estava em prantos por causa do São Paulo. Viu o time sucumbir nos últimos instantes de um jogo que parecia ganho. Ele ainda não aprendeu a comemorar um campeonato.

Quando a maldição acabará? Espero como torcedora do Clube da Fé, que gritemos em 2021: É CAMPEÃO.

Apesar dos jogadores que não honram a camisa que vestem, apesar dos dirigentes incompetentes e treinadores incapazes, que esquecem que para ganhar um título é preciso jogar como time grande que somos, em todas as partidas, e que uma partida só termina quando o juiz apita.

Por enquanto, o Felipe, filho da minha amiga Rosângela, terá que viver das glórias do passado.

E Felipe, eu também chorei.

Por: Maria Denise Santiago