Há algo de novo nos céus do Morumbi. O processo seletivo do São Paulo, que culminou com o anúncio da contratação do argentino Hernán Crespo, é algo inédito no futebol brasileiro. E muito raro mesmo entre os grandes clubes das ligas europeias. Se prometeu profissionalizar o clube e implementar uma gestão nos moldes empresariais, certamente o presidente Julio Casares e sua diretoria deram um primeiro e valoroso passo.
Crespo passou por um verdadeiro processo seletivo, algo de fazer inveja ao RH de muita multinacional por aí. Depois de dezenas de entrevistas com pretensos candidatos, tornou-se finalista em uma lista tríplice que incluiu ainda o português Pedro Martins e o espanhol Miguel Ángel Ramírez. Razões técnicas, econômicas ou contratuais – como o acerto prévio entre Ramirez e o Internacional – acabaram por fazer com que a balança pendesse para o lado do argentino. Melhor para o Tricolor!
A escolha de Crespo tem um significado ainda maior. O São Paulo fez exatamente o que o Flamengo deveria ter feito e não fez quando trocou Jorge Jesus pelo catalão Domenèc Torrent: partiu de um projeto, de uma proposta de jogo para chegar a um nome, e não o contrário, como fez o Rubro-Negro carioca. Se Dome nada tinha a ver com os conceitos de futebol de Jesus, que encantaram o Brasil em 2019 e que o Flamengo queria repetir, Crespo, um treinador com uma carreira ainda em ascensão, tem no seu jeito de montar o time e ver o jogo muito do que a nova diretoria espera ver consolidado como o DNA são-paulino.
E isso, em muitos aspectos, passa até pelo legado deixado por Fernando Diniz.
Crespo tem obsessão pelo futebol ofensivo. Seus times trabalham a saída de bola, evitando os chutões, como fazia o São Paulo sob o comando do ex-treinador. Mas o argentino preza a objetividade, a verticalidade e velocidade na transição para o ataque. Seus times propõem o jogo, gostam de ter a bola, pressionam o adversário quando não estão com ela, seja na marcação avançada, seja na rápida recomposição defensiva. Essa foi a fórmula que levou o Defensa y Justicia a ganhar a Copa Sul-Americana de 2020, a primeira conquista internacional do time e o primeiro título relevante da curta carreira de Crespo como treinador.
Nada garante que o trabalho do ex-atacante da seleção argentina vai dar certo no São Paulo. É o primeiro clube de grande torcida que ele dirige, passou antes apenas pelo Modena da Itália e o Banfield, da Grande Buenos Aires, antes de chegar ao Defensa. Agora, vai experimentar um outro nível de pressão, está se metendo num caldeirão em ebulição, em um clube que vive um jejum de títulos, que passou por um caos político-administrativo e que procura se reconstruir. Vai assumir um time em início de temporada, é verdade, mas isso não chega a ser nenhum alento em um ano com o calendário encavalado e muito pouco tempo para treinamento.
O novo comandante são-paulino precisa mostrar resultados. Não há outra alternativa. Nada garante que a diretoria tricolor, por mais profissional que tenha sido na sua escolha, não possa sucumbir às pressões imediatistas do futebol tupiniquim – o mesmo mal que se abateu sobre Dome e que já ronda a cabeça de Rogério Ceni, no Flamengo. Modernizar a gestão já não é fácil. Enfrentar uma cultura arraigada no futebol de um país inteiro é muito mais complicado.
Lance! – Luiz Gomes
Por enquanto, promessas.
Que não fiquem apenas em palavras vazias.
Apesar da “patota feliz”, permanecemos à espera de melhores dias.
#Reage SPFC.
Só temo que, diferente do D&J que é um time pequeno, e pode jogar em contra-ataques, tem espaço para a verticalidade.. no SPFC o time é grande e precisa atacar times pequenos e retrancados.. e foi assim que perdemos muitos dos nossos jogos.
Torço muito pelo que Crespo ajuste tudo isso.. mas dá um certo temor, sao as diferenças que vejo que ele vai ter que trabalhar …
DyJ não jogava no contra-ataque.
Pelo que vi sim! Ele vai ia pra cima de um River, de um Boca Jr.. ele esperava…
Essa sequência de filosofia técnica para um time é promissora pra enraizar o DNA do time. Vejo com ótimos olhos a essa oportunidade dada ao Crespo e vamos torcer pra ele bater records de gols e títulos pra nós torcedores.
Dadas todas as críticas ao Casares e sem entrar no mérito da escolha o treinador, esse processo foi realmente um acerto.
Nem demorou tanto pra escolher um técnico como foi quando a diretoria escolheu o Paton e nem foi tão precipitada como foi no caso do Jardine.
Já que o título está longe essas ultimas rodadas serão um grande laboratório para a equipe do Crespo observar o elenco.
https://www.fogaonet.com/noticia/botafogo-sondagem-interesse-fernando-diniz-ex-sao-paulo/
Huahuahuaaa…
Série C é logo ali…
Rapaz…..
Eu devo ser o único mas não acho o trabalho do Diniz tão horrível. Temos elenco pra ser campeão? Eu acho que devia ter sido demitido pois perdeu o controle do vestiário mas ele pegou um time sem nenhum reforço e ficou na frente por muito tempo. Revelou bons jogadores e recuperou também alguns mas não sei o que aconteceu no meio que se perdeu
Também acho que não é certo botar tudo na conta dele, não. o time chegou a jogar o melhor do país por algum tempo. Muita gente queria que ele ficasse, mas aí veio a queda e o cara não prestou mais. Eu acho que ele teve uma parcela de culpa, mas os atletas também tiveram.
Típico “quando você acha que a coisa não pode ficar pior….”
Coitados dos torcedores do Botafogo
Uma boa análise, pés no chão e sensata.
Sinto que o projeto da nova diretoria no geral é bom, e esse processo mostra isso.
Ainda devem bater um pouco a cabeça pra chegar lá, mas creio que o período mais nebuloso está ficando pra trás.
E vamos torcer para que o novo comandante faça um grande trabalho, com todo o respaldo e suporte necessário.
Eu aplaudo a for a como escolheu o técnico.
Tem que fazer parte de algo maior, mais de médio e longo prazo. Na montagem do elenco idem.
O mais importante: Não demitir na primeira série negativa de resultados.
Luxa, na montagem do time da HicksMuse, perdeu 5 jogos consecutivos, incluído uma goleada contra o Vitória-BA por 5 a 0.
Vários técnicos de linha avançada tomaram sonoras goleadas mas permaneceram.
A vantagem da retranca é que dificilmente vc toma goleada, mas raramente também tem muitos gols.
Uma análise interessante, o que não é muito comum na imprensa esportiva ultimamente!!!
E, ao contrário de boa parte da torcida, gostei da ideia do processo seletivo na escolha do técnico, acho que com ela, as chances das coisas darem errado diminuem bastante!!!
Esse negócio de começar a elogiar antes mesmo do cara vir e mostrar resultados é só zica.
Elogios ao processo não a pessoa.
parece que gosta de jogar com 3 zagueiros um volante marcador e alas bem abertos, quase que pontas, varia bastante na transição ataque/meia, 3-5-2, 5-1-3-1, 3-6-1, dependendo do adversário, com as peças disponíveis no elenco acho que ele pede um ou dois zagueiros, um atacante rápido e um meia armador
volpi
Arboleda, ?, B. Alves
Luan
D. Alves, Tche tche, ? e Reinaldo
Luciano e ?
imagino que seria algo assim
Só técnico não vai resolver nada
Se fizer o time correr e se esforçar já vai ser melhor do que a maioria que passou por aqui
Futebol sem chutao não é futebol mais sim frescobol, futebol raiz é bicuda pra fora do estadio, é assim nos campinho da vida !
Pra mim isso ai é passar pano para o Casares…
Começou mal demais já tem na conta a pior derrota na história dentro do Morumbi em brasileiro e nao fez NADA após o jogo…
Todo o processo de contratação de técnicos tem a sondagem para ver como ele quer trabalhar, comissão técnica etc. Agora isso com o Casares chamam de processo seletivo, se começar a passar pano desde agora vai ser um longo mandato…