São Paulo segue na busca por um novo treinador. Após a demissão de Fernando Diniz, na última segunda-feira, a diretoria do clube do Morumbi tem priorizado técnicos estrangeiros e feito entrevistas para definir quem estará à frente da equipe ainda nesta temporada. O próximo comandante, no entanto, deverá sofrer com a falta de opções pelas pontas do elenco tricolor.

O próprio Diniz teve que enfrentar o problema. Até a pausa no futebol brasileiro por conta da pandemia, o antigo treinador do São Paulo utilizava Antony como sua principal arma de velocidade no ataque, enquanto Vitor Bueno permanecia pela esquerda. Após a venda do jogador formado no clube para o Ajax, da Holanda, o 4-3-3 adotado até então precisou ser descartado.

Em um primeiro momento, Fernando Diniz procurou achar um substituto para Antony. Pablo, Helinho e Paulinho Bóia receberam chances pela ponta direita, mas nenhum teve grande desempenho na função. Depois da precoce eliminação no Campeonato Paulista e início ruim no Brasileirão, o técnico abandou o esquema com dois extremos.

Com a chegada de Luciano e a ascensão de Brenner, Pablo e Vitor Bueno foram sacados da equipe titular. Diniz ainda promoveu a entrada do jovem Gabriel Sara, mudando o sistema para o 4-4-2. Com a formação, o Tricolor teve suas melhores atuações na temporada e chegou na liderança do Campeonato Brasileiro.

Após a modificação no esquema, Pablo só foi utilizado como atacante, enquanto Vitor Bueno foi majoritariamente escalado como meia. Já Paulinho Bóia passou a receber menos oportunidades, mas atuou pelos lados do campo em todas as vezes que saiu do banco de reservas. Helinho, por sua vez, foi emprestado para o Red Bull Bragantino.

O São Paulo ainda possui outras duas opções para as beiradas. Jonas Toró costuma atuar pela ponta esquerda e foi importante nas vitórias sobre Corinthians e Atlético-MG neste Brasileirão. Já João Rojas não participa de uma partida oficial há mais de dois anos, mas foi o principal velocista do Tricolor paulista no Brasileirão de 2018. O equatoriano está recuperado das sérias lesões no joelho e treina normalmente com o restante do elenco desde outubro.

Com poucas opções para os lados do campo, e nenhuma unânime entre os torcedores, o novo técnico do São Paulo pode precisar ir ao mercado de transferências caso queira ver sua equipe atuando com dois pontas. Se não conseguir os reforços desejados, o comandante precisará se adaptar ao atual elenco.

Gazeta Esportiva