Pela segunda rodada seguida, o Campeonato Brasileiro tem o líder São Paulo e o Flamengo, que já foi o principal concorrente na edição atual, derrotados e abrindo a possibilidade de outros times chegarem na briga pelo título, como o Internacional de Abel Braga, tendo ainda o Atlético-MG, o Grêmio e até o Palmeiras a uma distância curta na pontuação e parte deles com jogos a menos, causando o equilíbrio mais semelhante ao de 2009.

Os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a disputa do Brasileirão, a queda de rendimento do São Paulo, o Flamengo com questionamentos a Rogério Ceni, o Internacional se recuperando com Abel Braga, e ainda o Palmeiras vencendo com polêmica do VAR, Vanderlei Luxemburgo afastando o Vasco da zona de rebaixamento e as semifinais da Libertadores.

Arnaldo traça um paralelo em relação ao que acontece em Flamengo e São Paulo, considerando que ambos os clubes precisam de uma participação no momento de seus dirigentes dada a inexperiência dos técnicos Fernando Diniz e Rogério Ceni na situação que vivem no comando de seus respectivos times. “Nem o Ceni no Flamengo e nem o Diniz no São Paulo têm condição de ‘sozinhos’ liderar ou comandar esses momentos de falta de ajuste, de crise, eles não têm estofo ainda e eles não têm a chave da casa, da porta da casa, o Abel tem no Internacional”, diz Arnaldo.

“Nós temos visto no futebol brasileiro recentemente, mesmo antes dessa temporada estranha da pandemia, os trabalhos de sucesso do futebol brasileiro sendo aqueles em que o treinador, que ganhou muita importância no futebol atual, consegue com a chave tomar conta do terreno e levar a coisa sozinho, porque depender de cartola, executivo de futebol, jogador no Brasil, porque são poucos os grandes jogadores, talvez você não consiga ir a lugar algum”, completa.

Para o jornalista, a condição do São Paulo na busca por um título que não conquista há 12 anos e com um treinador que ainda busca a primeira taça em um time e grande expressão, e no Flamengo a cobrança de um clube que ganhou títulos com Jorge Jesus e não consegue repetir a façanha de 2019, deixam os técnicos atuais sob pressão.

“O Rogério Ceni tem uma questão na derrota que ele se deixa consumir de uma forma, ele vai definhando, e ele não tem a menor condição, assim como o Diniz no São Paulo, de lidar com esse momento sozinho, não tem a menor condição. A história dele como jogador do São Paulo não lhe dá condição de lidar com um momento desse do Flamengo sozinho”, afirma Arnaldo.

“Ou nos dois clubes existe uma mobilização geral, um chute na porta, um chacoalhão e uma governança, ou esquece, esses dois caras, são ‘fraldinhas’ na profissão deles, são aprendizes, são inexperientes, eles têm potencial, mas hoje o Rogério Ceni não está à altura do Flamengo e o Fernando Diniz não está à altura do São Paulo, o Fernando Diniz mesmo com 15 meses de trabalho”, conclui.

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