O (nosso) time, líder do campeonato, perde dois jogos seguidos. Um com três gols em 18 minutos e outro contra um time sub 20.

Estranho?

Talvez. Pra quem não conhece o mundo do futebol, seria, esse talvez?

Muricy dizia que as pessoas não sabiam 10% do que acontecia num clube de futebol.

Eu, você e todos os torcedores não sabemos, da missa, a metade.

Ser uma amador não é fácil…

Qual o problema? O problema é que sermos amadores no atrapalha demais. Amadores no sentido inutilizado da palavra, não o uso comum.

Amamos algo que a maioria envolvido não ama. Incluso os jogadores.

Nós estamos passando nervoso em casa, indo até a padaria pensando no time do coração, conversando com os amigos que torcem por outros times e sentindo como se falássemos da nossa família.

Também assistindo um jogo que vemos jogadores correndo atrás da bola. Nem sabemos se algum deles chega na cara do gol e pensa: ”não faz diferença se eu fizer esse gol”.

Nosso histórico sociocultural e amor pelo time nos faz acreditar que um jogador jamais faria corpo mole. Isso não faria bem pra sua carreira, é muito melhor ser campeão. Só alguém com muito pouco QI preferiria a si mesmo diante de um título.

Será?

Será, realmente, que uma direção que nunca foi veemente em princípios com seus atletas, que deixou os mesmos escolherem um técnico a seu gosto e que nunca se mostrou presente teria mostrado o que é profissionalismo? Ou mesmo trazido jogadores que realmente têm mentalidade de campeões?

Atitude de jogador, bunda de bebê e cabeça de juiz: tudo igual? (nunca se sabe o que vai aparecer e quando)

Nosso amadorismo nos atrapalha, nos cega e ainda nos faz gastar dinheiro por causa da nossa paixão. E o profissional que pode não ter nada de profissionalismo está aí, muitas vezes explorando nossa ingenuidade, que nos faz acreditar que se dedicariam ao máximo, mas podem estar sendo amadores puros, no sentido mais cruel da palavra. Gente que não domina algo mas acha que o faz (ganhando dinheiro aos tubos). Seja por vaidade, por ego, ganância ou o que for.

Para nós, nada disso importa, o que mais importa é o título! Não queremos saber de brigas por dinheiro, de egocentrismo, “mimadices” que fizeram certos não se empenharem em campo, ambiente que azedou ou se a direção que não está agradando aos jogadores ou mesmo de quem é a culpa, jogadores ou direção, simplesmente não importa!

Queremos um pacto entre todos: jogadores, técnico e nova direção. Esquecer tudo por menos de dois meses e que depois façam o que bem entender da vida: amem o SP, odeiem, fiquem, saiam.

Por que não?

Não, talvez, infelizmente, porque o que mais importa pra nós, é o que menos importa pra alguns deles: o SPFC. E vice-versa, pra eles importa mais uma briga por nada, uma bela foto no instagram e o direito de se sentir mais importante que qualquer um. De inflar o ego e se achar dono do mundo. Algo incompreensivelmente (pra eles) irrelevante na nossa cabeça de torcedor.

Tem solução?

Infelizmente, nós, os amadores, no sentido mais romântico da palavra, não podemos fazer nada. Podemos apenas torcer por dias, vindouros, melhores. E nem mais expectativa ter. Apenas esperar e quando acontecer, que voltemos a sorrir.

Poderia, ou pode, ser logo em fevereiro. Quem acredita? 

PS: podemos, claro, acreditar que não existe crise interna alguma e que está tudo bem. Aí, então, tomando quatro gols do Bragantino e perdendo do sub 20 do Santos, temos que comemorar termos passado dos 45 pontos. Conseguimos! (ironia)

PS2: agradeço a quem leu o texto, tendo gostado ou não! Dessa vez não vou passar pra agradecer a leitura como sempre faço, um a um. Obrigado pela compreensão.

Cadu Roncatti Bomfim