A data de 31/12/2020 marca o último dia da gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, à frente do São Paulo. Desde 2015 na presidência, Leco irá dar lugar a Julio Casares no comando do Tricolor pelos próximos três anos. Marcado por muitas eliminações e ambiente político conturbado, confira o balanço da ‘Era Leco’ na presidência do São Paulo Futebol Clube.
Após cinco anos, o São Paulo terá o último dia de Leco na presidência do clube. A atual gestão é considerada a mais conturbada e polêmica da história, somando desde contratações que não deram certo, até eliminações vexatórias, dívidas e o jejum de títulos. Nesse contexto, o Esporte News Mundo traz o balanço sobre a ‘Era Leco’ durante os anos em que o atual presidente ficou a frente do Tricolor Paulista.
INTERINO E DEPOIS ELEITO
Em 2015, quem comandava o São Paulo era Carlos Miguel Aidar, mas após denúncias de desvio de dinheiro do clube, o presidente renunciou e deixou a presidência com menos de um ano no comando. Leco, na oportunidade, era presidente do Conselho Deliberativo e assumiu a presidência geral interinamente, em outubro daquele ano.
Duas semanas depois, o clube realizou uma nova eleição e escolheu Leco para prosseguir o mandato de três anos de Aidar, que terminaria em 2017.
Leco ainda seria reeleito após o fim do seu primeiro mandato e comandaria o São Paulo até o final de 2020.
DESEMPENHO EM CAMPO
Os dois primeiros anos de Leco foram conturbados, com o São Paulo acumulando eliminações e ficando por duas temporadas na parte de trás da tabela do Brasileirão – uma delas, inclusive, quase resultou em rebaixamento.
2016
Em 2016, o São Paulo teve um ano agitado. Foi eliminado no Paulistão para o Audax de Fernando Diniz, e também foi despachado nas oitavas da Copa do Brasil para o Juventude. Na Libertadores, campanha surpreendente, chegando até as semis, onde foi eliminado para o Atlético Nacional em duas partidas polêmicas. No Brasileirão teve campanha ruim, terminando apenas em 10°.
2017
O ano de 2017 começava com o anúncio de Rogério Ceni como o novo técnico do São Paulo. O ‘namoro’ com o ídolo comandando a equipe durou pouco. Após outra sequência de eliminações – semis do Paulistão para o Corinthians; quarta fase da Copa do Brasil para o Cruzeiro; primeira fase da Sulamericana para o Defensa y Justicia (ARG); além de um início péssimo no Brasileirão, Rogério Ceni foi demitido do clube.
No BR-17 a situação era complicada. O São Paulo chegou a ficar na penúltima posição do Brasileirão e passou 14 rodadas na zona de rebaixamento. Hernanes, emprestado ao clube, salvou o Tricolor na competição, que acabou na 13ª posição.
REELEIÇÃO DE LECO
O já reeleito Leco, teria o ano de 2018 como o início de sua gestão plena, já que, na primeira oportunidade, assumiu a presidência com praticamente um ano de gestão feita por Aidar. No trabalho ‘pleno’ de Leco, as promessas eram de equilibrar as contas, melhorar o cenário político do clube e retomar o São Paulo da seca de títulos. No entanto, o dirigente entregará sua gestão sem nenhum de seus compromissos cumpridos.
2018
Em campo, o Tricolor Paulista decepcionou no ano de 2018. Foi novamente eliminado para o Corinthians nas semis do Paulistão. Também foi despachado pelo Athletico-PR na quarta rodada da Copa do Brasil e na Sula, deu adeus após perder nos pênaltis para o modesto Colón (ARG), na segunda fase.
No Brasileirão, a maior das decepções. Comandado por Diego Aguirre, o São Paulo teve uma arrancada e terminou campeão do primeiro turno. No entanto, o segundo turno irregular fez com que a equipe terminasse o BR-18 na quinta colocação, que garantiu vaga apenas na Pré-Libertadores do ano seguinte.
2019
Em 2019 mais um ano turbulento, com quatro trocas de treinadores, eliminação vexatória na Libertadores e vice campeonato no Paulistão.
O Tricolor do Morumbi começou o ano sendo eliminado na Pré-Libertadores para o Talleres (ARG), fazendo a pior campanha da história do clube na competição continental.
A eliminação na Liberta custou o cargo de Jardine no comando técnico, para o seu lugar, Vagner Mancini foi efetivado e levou a equipe ao vice-campeonato do Paulistão. No Brasileirão, Cuca assumiu, mas deixou a equipe após seis meses, dando lugar a Fernando Diniz.
Outro acontecimento foi a chegada de Daniel Alves na metade do ano, como uma das grandes apostas de Leco para o São Paulo engrenar, mas a equipe terminou o BR-19 apenas na sexta colocação.
2020
Em 2020, o Tricolor Paulista completou a sua oitava temporada sem títulos e sofreu até finalmente engrenar. Começou o ano bem, no Paulistão e Libertadores, mas a parada ocasionada pela pandemia tirou o embalo da equipe. Logo na volta do futebol, foi eliminado para o Mirassol no Paulista e deu adeus ainda na fase de grupos da Libertadores.
O começo do Brasileirão também foi conturbado, pois aliado às eliminações, o desempenho irregular do time quase resultou na demissão de Fernando Diniz. Entretanto, o São Paulo embalou e agora termina a gestão de Leco com chances de ser campeão na Copa do Brasil e no BR-20.
CONTRATAÇÕES
No quesito jogadores, a gestão de Leco movimentou o mercado, com vendas importantes e contratações arriscadas. As investidas em medalhões não deram certo e o São Paulo viu sua dívida aumentar, ao passo que o clube continuava no jejum de títulos.
A lista destaca as chegadas positivas ao clube, algumas presentes até os dias atuais. Nas saídas, vendas que renderam aos cofres do clube, trazendo lucro.
CHEGADAS IMPORTANTES – Como contratações positivas, vale destacar os acertos com Calleri e Maicon em 2016; Hernanes em sua primeira passagem, por empréstimo em 2017; a dupla de zaga Arboleda e Bruno Alves, também em 2017; Tiago Volpi e Daniel Alves em 2019; e Luciano em 2020.
Outras chegadas geraram muita expectativa no clube, mas não renderam o esperado: São os casos de Buffarini, Lucas Pratto, Nenê, Diego Souza, Éverton, Pablo e Vitor Bueno.
SAÍDAS IMPORTANTES – Ganso em 2016; David Neres, Luiz Araújo, Thiago Mendes e Maicon em 2017; Cueva e Éder Militão em 2018; e Antony em 2020, renderam uma bolada ao São Paulo, especialmente com os garotos da base na lista.
Nas saídas, o São Paulo soube fazer negócio com os jogadores da base, sendo um dos pontos positivos da Era Leco. No entanto, as saídas conturbadas de Rodrigo Caio, Nenê e Diego Souza, mostravam como estava o ambiente na direção do clube.
DÍVIDA
Apesar das vendas importantes no últimos anos, o São Paulo abriu os cofres, especialmente em 2019, na tentativa de melhorar o elenco. As contratações de Vitor Bueno e Pablo, a última, mais cara da história do clube, não rendem o investimento feito. Além disso, os serviços de Dani Alves e Juanfran não saem baratos, apesar do clube não ter gasto sequer um real para trazê-los.
De acordo com estudo realizado sobre o balanço de 2019 do clube, o São Paulo apresenta uma dívida que ultrapassa os R$ 520 milhões.
A receita total sofreu queda pelo segundo ano consecutivo. Em 2017, era de R$ 497 milhões, caindo para R$ 416 milhões em 2018 e chegando a R$ 374 milhões em 2019. Em 2018, o Tricolor registrou superávit de 2%, mas em 2019, houve um déficit de 42%. A dívida geral sofreu o maior crescimento de 2018 para 2019 entre todos os clubes brasileiros: de R$ 312 milhões, passou a R$ 526 milhões.
O balanço das conta de 2020, que será feito somente em 2021, deve manter a crescente da dívida do São Paulo. Isso deve ocorrer por conta da pandemia e ausência de público, fatores que retraíram a receita total dos clubes no mundo do futebol.
TROCAS DE TÉCNICO
Se melhorar o ambiente interno do clube era uma promessa do mandato de Leco, as trocas de técnico comprovam o contrário. Além dos escândalos extra-campo, o São Paulo teve 12 técnicos diferentes neste período de cinco anos – dando enfoque para 2019, quando a equipe teve quatro treinadores diferentes durante a temporada.
O atual treinador, Fernando Diniz, é o único que completou um ano no cargo durante o mandato de Leco. Com 68 jogos e pouco mais de um ano, Diniz lidera o ranking de longevidade na Era Leco. Na segunda colocação vem Edgardo Bauza, com 48 jogos em oito meses no Tricolor.
Treinadores que passaram pelo São Paulo durante a Era Leco:
- 2015 – Doriva, Milton Cruz e Edgardo Bauza;
- 2016 – Edgardo Bauza, Jardine, Ricardo Gomes, Pintado e Rogério Ceni;
- 2017 – Rogério Ceni, Pintado e Dorival Júnior;
- 2018 – Dorival Júnior, Jardine, Diego Aguirre e Jardine;
- 2019 – Jardine, Vagner Mancini, Cuca e Fernando Diniz;
- 2020 – Fernando Diniz.
CLÁSSICOS
Outro ponto que tirou o sono dos torcedores são-paulinos durante a gestão de Leco foram os clássicos. De outubro de 2015 para cá, o São Paulo disputou 53 clássicos: venceu 13, perdeu 26 e empatou 16 – aproveitamento de 32,7%.
O desempenho ruim nos derbys não se deu apenas no confronto direto. Durante a Era Leco, o São Paulo viu todos os rivais do estado levantarem a taça do Campeonato Paulista: Santos (2016), Corinthians (2017, 2018 e 2019) e Palmeiras (2020). No estadual, o Tricolor conseguiu chegar até a final só uma vez no período, mas perdeu a taça em 2019.
BALANÇO FINAL
Em números, a gestão de Leco mostra anos conturbados e de insucessos no São Paulo. Dentro de campo, a falta de planejamento culminou na quantidade de eliminações e na falta de títulos, que por sua vez, expuseram problemas internos do clube. O salto nas dívidas do clube também são um problema, que terá que ser resolvido pela próxima gestão são-paulina.
Como pontos positivos, a boa venda de garotos da base garantiu que o rombo nas contas não fosse maior. Outro ponto é a permanência de Fernando Diniz no cargo, que prova, em campo, que a longevidade gera resultados benéficos.
O novo presidente eleito, Julio Casares, assume oficialmente o São Paulo em 01 de janeiro, com a missão de tirar o clube do vermelho e devolver ao caminho dos títulos.
E você, torcedor. O que achou da ‘Era Leco’ no comando do São Paulo Futebol Clube?
Esporte News Mundo
Que suma do Morumbi e não apareça mais. A imagem que ficará é da incompetência e da covardia. Um derrotado no futebol.
Assisti o canal spfc na moral no YouTube falou além da Amazon patrocinar o São Paulo a jeep quer patrocinar o São Paulo também.
Chega de sofrer com a Era Leco, um Feliz 2021 para toda a galera Tricolor, com muita saúde, alegrias e menos sofrimento para todos nós!!!
Boa sorte ao novo Presidente Casares!!!
Jornal Marca coloca Brenner entre os 100 melhores jogadores do mundo em 2020 .
Esse sim tem que sair por no mínimo 20 milhões de euros
Vá com Deus….
Suma…
Por falta de adeus, tchau…,
Adeus #OutLeco.
Não deixará saudades.
Seja feliz, longe, muito longe mesmo, do SPFC.
Finalmente!!
Tchau Infeliz!!
Que vá rregar a sua lápide longe do meu time!!!.
2021 já começa bem para nós Tricolores sem Leco na cadeira de presidente do SPFC!
Coronaleco, vai cagar seu velho inútil,e safado, Não tenho adjetivo para qualificar o pior presidente de nossa história.
Leco deve ser o proximo presidente do Ibis!