O São Paulo recuperou seu momento positivo no Campeonato Brasileiro em grande estilo. A derrota no domingo contra o Corinthians encerrou a sequência invicta do Tricolor, mas a resposta nesta quarta-feira seria importante dentro do Morumbi. Os são-paulinos encontraram o Atlético Mineiro, em confronto direto pelo topo da tabela, e fizeram uma partida muito segura para construir a vitória. O primeiro tempo superior do São Paulo garantiu a vantagem inicial, com um golaço de Igor Gomes. Já na segunda etapa, os paulistas contiveram muito bem a tentativa de reação do Galo e tiraram proveito da expulsão de Allan para aumentar a contagem durante os minutos finais. A vitória por 3 a 0 referenda um pouco mais a ambição dos tricolores pelo título nacional.
Diante da ausência de Luciano, com um problema muscular, Fernando Diniz preferiu escalar Tchê Tchê e reforçar a faixa central. Pablo ficou no banco, com Brenner sozinho mais à frente. O Atlético também vinha com surpresa, diante da escolha de Calebe (emprestado pelo próprio tricolor) para compor o meio ao lado de Allan e Savarino. Seriam duas equipes muito intensas desde os primeiros minutos, com os são-paulinos conseguindo prevalecer com a bola, apesar da adiantada marcação atleticana.
A primeira ameaça da partida seria num chute perigoso de Daniel Alves para fora, com a resposta de Allan do outro lado batendo ao lado da trave. Aos poucos, o São Paulo começou a forçar mais no ataque e a encontrar espaços na base da velocidade. Servido por Igor Gomes, Brenner exigiu uma boa defesa de Everson aos 18, numa pancada de canhota. Na sequência, Reinaldo errou o alvo. Ainda que o meio-campo tricolor recuasse para organizar o jogo, os anfitriões conseguiam acelerar nos avanços e assim obtiveram o gol aos 25. Onipresente, Tchê Tchê fazia grande papel no meio e viu uma fresta para arrancar na intermediária. Passou na entrada da área a Igor Gomes, que cortou para o lado direito e conseguiu acertar o ótimo chute cruzado. Mesmo com o caminho congestionado, a bola seguiu ao canto superior e Everson não conseguiu evitar o tento. Golaço pela construção e pela definição.
Na sequência do primeiro tempo, o Atlético não respondeu com qualidade, errando demais na criação das jogadas. Os mineiros até arriscaram duas vezes, mas sem dar tanto trabalho a Tiago Volpi. O São Paulo também merecia destaque pela maneira como fechava os espaços na defesa, recompondo com velocidade e marcando firme. Os tricolores ficaram mais contidos até o intervalo, mas ainda assim poderiam ter marcado o segundo. Numa cobrança de falta frontal, mesmo de longe, Daniel Alves bateu com muita qualidade e Everson voou para espalmar, numa defesa difícil. A primeira etapa fazia jus ao momento superior dos são-paulinos.
Na volta ao segundo tempo, o Galo veio com mudança. Sampaoli tirou Igor Rabello da zaga para a entrada de Alan Franco no meio-campo. O Atlético realmente teria mais iniciativa e partiria ao campo de ataque, mas ainda com problemas para destrancar a defesa do São Paulo. A chuva forte que caía no Morumbi também dificultava um pouco mais a intensidade do jogo. Os principais lances dos mineiros vinham em chutes de média distância, mas Volpi não titubeava. Já a resposta tricolor veio aos 15, num lindo passe de letra de Daniel Alves para Tchê Tchê, que mandou o petardo para fora.
O Atlético Mineiro travava os contra-ataques do São Paulo, mas era lento na tomada de decisão e não conseguia muito no ataque. A situação piorou aos 29, quando Allan cometeu falta em Daniel Alves e recebeu o segundo amarelo – pouco depois da primeira advertência, em confusão generalizada no meio. No mesmo lance, Luan ainda tentou marcar do meio-campo e assustou Everson, que estava adiantado. O Galo já tinha colocado Eduardo Sasha no lugar de Calebe e também teria Zaracho na vaga de Savarino. Quando o time arranjou um bom contra-ataque, se enrolou com a bola e deixou que a marcação se recuperasse. O Tricolor aproveitaria o momento, com Vitor Bueno dando mais energia à ofensiva no lugar de Tchê Tchê.
O São Paulo voltaria a ficar mais presente no ataque e conseguiu o segundo gol aos 38. Diante da marcação passiva do Atlético, Igor Gomes abriu com Vitor Bueno na esquerda e o substituto cruzou para o meio da área. Gabriel Sara encontrou o espaço e completou às redes. Diniz trocaria Brenner por Pablo depois disso. Enquanto isso, Sampaoli gastaria suas últimas cartadas com Marrony e Nathan renovando o ataque. Mesmo com um a menos, o Galo insistiu no milagre. Chegaria a acertar a trave, numa pancada de Sasha da intermediária. Porém, daria tempo para o terceiro tento são-paulino nos acréscimos. Em meio ao temporal no Morumbi, fez Toró, recebendo de Luan e disparando antes de arriscar da entrada da área. Fechou a conta.
O São Paulo chega aos 53 pontos, com 26 partidas disputadas. O Atlético Mineiro tem sete pontos a menos e desperdiçou sua melhor chance de se reaproximar da liderança. Neste momento, a principal ameaça aos tricolores no topo da tabela é mesmo o Flamengo. Os rubro-negros somam 45 pontos, mas possuem 24 partidas e têm um compromisso teoricamente acessível contra o Bahia no final de semana. O foco dos são-paulinos agora será a Copa do Brasil, com a partida diante do Grêmio na próxima quarta, ganhando folga no final de semana.
Trivela
Os agourentos, ranzinzas e ultracríticos de plantão não darão os ares por aqui hoje
Verdade. Hoje só vão comentar por aqui os cegos e caolhos que acham que o torcedor não pode enxergar os defeitos e tem que dizer amém pra tudo.
Se dependesse de determinados torcedores hoje nem Dario Pereira, Careca e Raí teriam vingado, pois demoraram a se estabelecer.
Concordo. Mas tenho que lembrar que o Diniz não estaria hoje no comando técnico se a torcida estivesse presente nos estádios ao longo do ano. E não seria porque a torcida é chata, mas sim porque os resultados no começo do anos foram desastrosos. E só títulos vão amenizar isso.
Não vejo isso.
Quando vai mal tem que falar.
Quando vai bem idem.
E msmo quando está bem ou mal,. é possível destacar pontos negativos ou positivos.
Mas se você faz isso já é visto como um crítico ou defensor incondicional.
Nem tanto ao céu nem tanto a terra.
Hoje em dia é tudo extremo.
Não é assim que a vida é.
Jhuliano. Concordo contigo. Eu não sou um ardoroso defensor do Diniz, vi algumas decisões dele que achei equivocadas. Porém, ele tem se mostrado coerente em suas decisões e alguns aqui antes de mais nada só exaltam o lado negativo sem se dar conta o tremendo custo x beneficio que o Diniz tem trazido pra instituição.
Tem mesmo essas figuras radicais.
Mas acredito que aqui é mais a questão passional do futebol.
Faz parte.
Abraço!
Ontem manteve a formação mas com uma mudança estratégica.
Que fortaleceu a marcação.
E hoje o São Paulo sai tocando a bola mas sem correr tantos riscos.
Daniel vem buscar na saída de bola mas não mais o Igor Gomes ou outros jogavenos uma evolução do trabalho e dos conceitos do Diniz.
Sem abrir mão do toque mas muito mais competitivo.
É importante reconhecer.
Mas que também que precisou abrir mão de certos radicalismos pra chegar até aqui.
O que não é demérito, pelo contrário.
É difícil mudar.
Daniel vem buscar na saída de bola mas não mais o Igor Gomes ou outros jogadores de frente.
Hoje vemos uma evolução do trabalho e dos conceitos do Diniz.
Tem mesmo essas figuras radicais.
Mas acredito que aqui é mais a questão passional do futebol.
Faz parte.
Abraço!
Saiu errado, o blog da uma bugs meio doidos no celular. rs
O que tem me surpreendido positivamente é a coragem e determinação da equipe, e isso é resultado do trabalho do Diniz exclusivamente. Ele cobra coragem dos jogadores, e não obediência como vários treinadores que já tivemos. O próprio Muricy (de quem sou grande fã) tinha um estilo de colocar os jogadores na “caixinha”, sem muito espaço para improvisos e autonomia. Tem seus pontos fortes, mas tem o efeito colateral de formar um time meio covarde, que leva a acumulação de derrotas em clássicos e mata-mata.
Ao que parece o alongamento do contrato do Raí pode ter refletido na equipe Tricolor no jogo de ontem. Pois é cediço que o Raí é bem entrosado com o técnico e com alguns jogadores, inclusive é o responsável pela permanência do Diniz. Já contra o Corinthians o time não jogou com alegria.
Não acredito que tenha sido isso. O time sem cor jogou muito bem e por isso o SPFC perdeu, simples. Os caras marcaram feito doidos, tavam descansados e ainda deve ter rolado um bixo bem gordo para ganhar de nós.
Aí sim…
Uma análise mais ponderada.
Apesar dos nojentos terem dado a vida no domingo, mas é fato também que o pessoal estava parecendo sem alma contra eles…
Acho que o Muricy já deu uns “conselhos” pro Diniz… Escalação anti Diniz ontem ou ele viu a água chegar no queixo por isso saiu da ” bolha” e fez algo diferente e uma escalação mais “cautelosa” e competitiva faltou fazer isso contra os travecos já que o Mancine conhece bem.ele mas antes tarde do que nunca…
Eu sou grande fã do Muricy, mas na boa se fosse ele quem decidisse algo nesse momento as modificações seriam tirar todos os jovens, apostar nos veteranos bem obedientes taticamente, Trellez no ataque e chuveirinho a vontade para área. Sem falar em tirar pelo menos um lateral e colocar um volante, para garantir a marcação.
Agora o que tem que acontecer é tropeço do Flamengo, Palmeiras e Grêmio. Por mais difícil que possa parecer quem sabe o Bahia não belisca um empate? O Botafogo quase conseguiu se não fosse um erro de saída de bola.
Tomara… Principalmente o Flamengo…
Bahia? Esquece, vai ser goleada. Quem pode endurecer um pouco é o Fortaleza, mas Ceni começa a remontar o Fla, tomara que não dê tempo de render tudo o que podem
Flamengo precisa tropeçar… a diferença 8 pode virar 2 (jogos atrasados) e ainda tem confronto direto e jogos mais difíceis do São Paulo.
Caramba, que diabo de treinador é o Renato gaúcho. Trocou marinho por David Brás, trocou Luciano por Everton. Francamente, é para se pensar, será que esse cara é tudo aquilo que dizem. Já pensaram Luciano e marinho no SPFC , o que não fariam?