Em complemento à série de matérias que o Blog vem fazendo mostrando o que deve ser o futuro do São Paulo no triênio 2021-2023, mostramos já o Futebol, Social e agora falaremos de Finanças.
As Finanças, infelizmente, tornaram-se um tópico essencial. Portanto, sem nos furtarmos do assunto, vamos às clarificações de Julio Casares:
“A parte financeira do São Paulo, realmente preocupa mas não assusta. Nós teremos um Comitê Financeiro com pessoas técnicas de dentro e de fora do São Paulo que atuarão no realinhamento desta dívida.
Primeiro, fazendo uma radiografia completa de cada contrato, cada compromisso, cada dívida, sua origem e como foram compostas. Depois, separaremos o curtíssimo e curto prazo elaborando um plano de alongamento e melhoramento destes compromissos garantindo o oxigênio do dia a dia para mantermos as atividades e compromissos saudáveis. Folha de pagamento, time competitivo, tributos e as despesas prioritárias para o funcionamento da máquina.
Ao mesmo tempo, promoveremos uma austeridade financeira com uma descrição de cargos e salários de cada colaborador para entendimento de inchaços, estrutura elevada e faremos uma renovação administrativa para que o São Paulo diminua seu peso de custos dentro de suas atividades.
Esta área Financeira portanto, mostrará a todos os stakeholders, ao mercado uma credibilidade tanto da instituição quanto de seus gestores, mostrando que as dívidas serão honradas, contratos serão honrados mas que o clube passará a respeitar suas próprias condições.
Será uma sinalização clara de que o São Paulo está diferente tanto na austeridade quando na responsabilidade financeira e também com os credores não afogando o clube com seu dia a dia. Essa mudança dos compromissos de curtíssimo, curto e médio prazo com alteração de perfil e alongamento, será o respiro necessário que o Comitê e profissionais contratados do mercado terão para os próximos passos e futuro do nosso São Paulo”.
saopaulo.blog
Fato é que a dívida existe e não é pequena. Com os estádios fechados, petde-se uma fonte de renda importante. A premiação por desempenho em competições pode ser um bom desafogo, mas sem dúvida, a austeridade financeira e uma avaliação mais assertiva em relação à investimentos se faz necessária. Não dá pra gastar a bala que gastamos em Jean, Tréllez, Everton Felipe, Diego Souza, Everton, Pablo, muito menos manter salários acima de 600, 700 mil reais/mês, que aliás só deveriam ser pagos para atletas comprovadamente muito diferenciados.
Óbvio que não sou profundo conhecedor das finanças do São Paulo, mas é fato que uma gestão adequada dos recursos financeiros se faz imperativa, e passa por ela também nossa retomada rumo ao topo.
Concordo contigo, também penso que a má gestão do futebol é a fonte de nosso endividamento. Desde que o Juvenal pela primeira vez desmontou uma equipe inteira para formar uma totalmente nova, estamos vendo isso acontecer a cada ano e meio. A mais recente foi a venda do time todo pelo Leco para prejudicar o Rogério Ceni, depois recontratou com valores e salários acima do mercado diversos jogadores inferiores aos vendidos, isso sem falar nos interesses em comissões.
Penso que a forma de o SPFC sair do atoleiro é simples, é seguir a politica que o Grêmio aplicou com sucesso, “primeiro ganho desportivo depois financeiro”. O SPFC forma uma quantia enorme de jogadores de primeira linha, mas vende antes de darem qualquer resposta em campo, e alguns, com L. Araujo foram vendidos a preço de banana.
Essa geração atual por exemplo, a política tem que ser clara para todos os envolvidos, antes do final de 2021 não sai ninguém dos jovens. Os títulos ganhos valem muito mais que o dinheiro imediato da venda de um atleta, tanto em premiações, valorização de marketing, valorização de outros atletas do elenco, fora os ganhos de felicidade do torcedor. O que não pode continuar ocorrendo, na minha opinião, é essa mentalidade que o SPFC é uma maquina de fazer e gastar dinheiro, sem nenhum objetivo esportivo.
Complicado.. O péssimo Leco e o terrível 2020 complicam bastante as coisas para os próximos anos.
As estratégias são bem pragmáticas e de resultado relativamente seguro. A questão de redução de gastos é importante, mas de complexa engenharia e gestão. Tem de ter pulso e força política pra vingar num clube como o SPFC, formado por castas e acostumado a benesses.
No mais.. para o Casares ( ou Natel) trazer resultados a curto prazo (21/22) tera de aumentar as receitas, ter ganho esportivo e torcer pra vender muito bem no fim do ano ( o que é muito difícil.. mais fácil será conseguir uma venda no meio do ano e perder um nome importante do time).
Minha impressão é que perderemos um ou dois dos garotos até junho e teremos de torcer pro Nestor renovar pra termos alguma esperança de manter qualidade.
Também teremos de achar um Gerente de Futebol fora da curva pra termos o máximo de assertividade na montagem do elenco.
Legal…como fica os processos? Vire e mexe aparece um processo por não cumprimento de contrato, isso será levantado para saber o que realmente está acontecendo?
Claro que sim, compliance é para isso. Ainda irei abordar isso aqui.
Torço mesmo para que o Casares consiga implementar as mudanças que o São Paulo tanto necessita urgentemente!!!
Deixaram a dívida virar uma bola de neve, qual é o valor atual dela?
Já deve esta nos 800 milhões.
Está na ordem de 600 milhões. O Blog disse aqui outro dia.
Faltou explicar como ganhar mais dinheiro, o que é muito importante para tudo ficar em ordem. Esperamos que tal capacidade não falte ao presidente que for eleito. Elevar a receita deveria ser o primeiro grande objetivo para a saúde financeira do clube, o que o presidente atual e outros anteriores não souberam fazer. Só com mais dinheiro poderemos competir no campo internacional com chance de vitória.