O Tricolor paulista iniciou a temporada com a esperança em nomes que ao decorrer do ano não se comprovaram como soluções. Alexandre Pato, Pablo e Hernanes não eram os problemas do São Paulo e não seriam resolvidos por nenhum desses nomes, e sim a categoria de base foi o combustível para um Tricolor interessante e competitivo em 2020.

Hernanes e Pablo, que já vinham de um 2019 apagado e sofrendo com lesões, perderam espaço entre os 11 ideais de Fernando Diniz. Pato, por sua vez, teve seu contrato interrompido e deixou o clube sem ser decisivo em nenhum momento. Outro nome que perdeu espaço na equipe foi Arboleda. O zagueiro equatoriano que já começou a se complicar com a torcida antes mesmo da temporada se iniciar (por ter tido uma imagem vazada onde vestia uma camiseta do rival Palmeiras) foi perdendo espaço entre os titulares ao decorrer da temporada.

Mas com tantas baixas e decepções viria da onde o protagonismo do São Paulo na temporada, sendo que o clube declaradamente enfrenta problemas financeiros e logo não teria condições de realizar grandes contratações?

Viria de casa, viria de Cotia.

A primeira grata surpresa surgiu com o jovem Diego Costa. O zagueiro de 21 anos começou a ganhar espaço nos 11 iniciais de Diniz e, consequentemente, Arboleda perdeu sua cadeira cativa que já tinha há 3 temporadas. Logo depois foi a vez de Gabriel Sara, o jovem aproveitou o vazio deixado pelo mau rendimento de Hernanes no meio-campo e assumiu a vaga de titular. No início, Sara foi bastante questionado pelas suas primeiras aparições, porém com o decorrer do tempo o jovem foi colecionando boas atuações com inúmeras participações ofensivas e virtuosa colaboração defensiva.

Outra grande surpresa e talvez a maior de todas veio do atacante Brenner. O garoto se aproveitou da péssima fase de Pablo e assumiu a posição entre os titulares sendo decisivo para o São Paulo e já soma 17 gols na temporada – sendo que 16 deles foram anotados no segundo semestre.

Para não dizer que os cartolas do Tricolor só se aproveitaram de suas crias da base e não tiveram nenhum mérito na montagem do elenco, a troca feita com o Grêmio por Luciano, onde o São Paulo cedeu o meia-atacante Everton, rendeu bons frutos. A única contratação da era Diniz, Luciano, vem ajudando muito na campanha do São Paulo no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil contribuindo com nove gols desde que chegou ao clube paulista.

Inegavelmente o bom momento que atravessa o São Paulo nada tem haver com grandes investimentos ou grande trabalho feito pela equipe de análise de desempenho, mas por uma união de fatores no qual está se sobressaindo o talento dos jovens que, muitas vezes, saem sem ser utilizados pelo clube, por isso fazendo de Cotia apenas um negócio ao invés de gerar retorno esportivo.

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