Gabriel Sara se tornou um dos destaques do São Paulo em 2020. Aos 21 anos, soma cinco gols e duas assistências em 25 partidas. O bom momento entre os profissionais surpreende aos torcedores, mas não o pai do jovem, Jorge Luiz, que sempre quis vê-lo no Morumbi e como meio-campista por causa de um ídolo tricolor da década de 1980: Pita.
O meio campista foi um dos destaques do São Paulo campeão brasileiro de 1986. O bom futebol daquele período fez com que Jorge Luiz, também jogador, se encantasse por sua forma de atuar. Os anos se passaram, e a paixão pelo ídolo se tornou uma inspiração para treinar os filhos.
Já aposentado do esporte e residindo em Joinville (SC), Jorge Luiz passou a treinar os três filhos no início dos anos 2000. João, o primogênito, era a aposta do pai. Mesmo com os gols, o então centroavante das divisões de base preferiu pendurar as chuteiras para se aventurar nas músicas de rap. Foi então que o ex-jogador voltou os olhos a Gabriel Sara, o filho do meio.
Desde os 5 anos, Sara treina com o pai, que sempre quis vê-lo como meio-campista devido à admiração por Pita. “Ele sempre foi meia. Incentivei o Gabriel a trabalhar no meio por causa do Pita, inclusive, desde novinho, ele treinava na minha escolinha e fazia a diferença. A maior parte dos jogos que meu time ganhava era ele que resolvia. A minha intenção era organizá-lo melhor, trabalhá-lo muito bem. Comprei escadinha, bolas novas, cones, pratinhos, tudo o que precisava. Eu sabia como corrigir postura, pé de apoio, era bem rigoroso quanto a isso”, disse Jorge Luiz em entrevista ao UOL Esporte.
Pita voltou a ser fundamental na carreira de Gabriel Sara sem nem sequer saber. Em meados de 2014, antes de se decidir pela ida ao CT de Cotia, o Coritiba esteve interessado no jovem. Porém, o sonho do pai em ver o filho no time que teve o seu ídolo foi o suficiente para tomar a decisão.
“O Gabriel foi ao Coritiba fazer um teste, e o treinador ficou encantado com ele pela qualidade e pela coordenação que ele tinha. Mas o São Paulo já tinha um nome, eu vi o São Paulo de Careca, Pita… Eu via o Pita jogar e ficava maravilhado. Eu falava para ele do Pita. Eu achava o Pita extraordinário, fora do normal. Ele era muito bom. Se fosse um jogador de hoje, ele era sem comentários. Coincidiu que, depois de muitos anos, o Gabriel veio a conhecê-lo”, comentou.
Depois da escolha de Gabriel Sara e de seu pai pela mudança para o São Paulo, a evolução na carreira foi apenas uma consequência. Em três anos nas divisões de base, se destacou. Não à toa figurou entre os profissionais em 2017, 2018 e 2019. A afirmação, contudo, aconteceu somente nesta temporada. Mesmo assim, o jovem enfrentou problemas no início desta temporada devido à lesão no quinto metatarso do pé esquerdo.
“O que eu acho mais bonito no Gabriel é a disciplina e a educação dele. Eu sou muito rígido com os meus filhos, mas o Gabriel é fora do normal. Ele nunca reclamou, sempre trabalhou. O Gabriel é sempre um dos últimos a sair do CT da Barra Funda. A gente fica no apartamento dele, é perto e dá para ver o CT todo. Ele é sempre um dos últimos a sair. Ele teve um começo difícil, porque ficou muito tempo parado. Ele teve um problema no começo do ano, foi difícil a recuperação dele, eu sabia que ele teria um começo com insegurança por causa do pé dele. O Gabriel está voltando ao ritmo dele e vai conseguir fazer muito mais”, concluiu Jorge Luiz.
UOL
O moleque é bom, e o pai acertou em cheio em quem o moleque devia se inspirar, parabéns aos dois
Exemplo de como se cria um filho.
De como se dá exemplo.
De como se valoriza futebol.
Se desde menino recebeu treinamento adequado, vira esse jogador que estamos vendo.
Parabéns Jorge Luiz.
Se vai dar certo ou não no futebol, não se sabe.
É uma carreira imprevisível. Mas pode-se dizer que esse pai fez tudo que pôde.
Gratidão, sempre. E o filho mostra essa com dedicação ímpar.
Parabéns, pra ambos.
Certinho Cadu…
E do de saber que o pai se inspirou no Pita pra treinar e preparar o filho, é sem comentários.
Um vez eu vi o Muller fazendo comparação entre o time do SP da época de Cilinho com o SP da época de Telê. Em termos técnicos e valores individuais, apesar de não ter conquistado os títulos que o time da época de Telê ganhou, ele afirmou que o time da época de Cilinho era superior em talento.
E quer saber? Individualmente e tecnicamente, o Pita pra mim também é melhor que Raí. Raí era atleta, se cuidava, era um dos líderes e em campo fazia diferença. Mas Pita, ainda assim, era mais craque que Raí, em que pese ter conquistado apenas 2 paulistas e 1 Brasileiro com a camisa tricolor. Um Senhor meia!
Pita hoje seria seleção, titular JAC. Com certeza. Concordo plenamente com tudo
Grande abraço
Nesse último jogo contra o fortaleza estava prestando atenção na movimentações do nosso time, tanto de ataque como de defesa, e o que chama atenção na atuação do são paulo mesmo cometendo alguns erros e que o time faz um jogo unicamente técnico e tático , não é mais um time que não pensa , as movimentações de recomposição os jogadores casa um sabe sua movimentação e faz as vezes um pouco de atraso e sem fazer pressão na bola, maís você vê que se passaram a se posicionar taticamente e a tentar roubar a bola tecnicamente, fechando a marcação procurando ao máximo não fazer faltas .
No ataque não precisa nem falar , olha as jogadas dos gols contra o Palmeiras, flamengo e fortaleza, bola de pé em pé movimentações , e vem fazendo muitos gols porque os jogadores assimilaram e estão jogando naturalmente, está se tornando cada vez mais natural e o jogo flui .
O bom disso é que um time que joga assim, não joga por loteria, não joga por uma bola ,ele faz seu jogo e por isso está cada vez mais difícil para os adversários, contra o fortaleza mesmo saído atrás bateu uma tranquilidade que a anos não sentia assistindo ao jogo do são paulo , o time , os jogadores cresceram de produção e ganharam pelo menos a minha confiança, pode acontecer erros, pode mais pelo comportamento da equipe tem tido nas partidas, logo eles superam e passam a desenvolver seu jogo.
Virar placares e fazer esse tanto de gol não e pra qualquer time , e a base tem papel fundamental nesse momento, espero que o bom trabalho do Jardine na base esteja tendo continuidade .
Que bom Maurício, sempre comentando sobre a parte cheia do copo, ponderações sempre muito pertinentes e sensatas.
Parabéns!
Sim, se esse ponto do trabalho feito sobretudo no meio campo e ataque apresenta frutos, parabéns ao time e ao técnico.
A defesa ainda carece de acertos/mudanças/ajustes necessários e continua sendo o tendão de Aquiles do time.
Que o Diniz possa de fato resolver isso, que eu começarei a calar minha boca em relação as críticas à forma de jogar na parte defensiva.
Defensivamente, no Brasileirão, temos uma das defesas mais sólidas e menos vazadas.
Embora acredite com toda sinceridade que a proposta de jogo adotado não priorizaria ter o melhor ataque e a melhor defesa.
Concordo contigo que o sistema de saídas de bola ainda carece e depende de ajustes, muitos, aliás, mas a estratégia tem que ser mantida, faz parte do jeito mais moderno de jogar futebol.
Não é o sistema que está errado.
Mas sim o sistema que precisa de ser melhor ajustado, corrigido e aprimorado.
O sistema defensivo nos mata mata, contra o Mirassol, absolutamente circunstancial (basta rever os melhores momentos), contra o Binacional e a LDU e o próprio River, que nem mata mata eram, também circunstanciais (parada pandemia, altitude, erro individual na saída de bola contra a LDU), e contra o Lanús mais circunstanciais ainda (um acidente da natureza) os dois gols nos acréscimos.
Portanto, importante que sejamos minimamente comedidos ao criticar com tanta veemência o sistema defensivo como o pior cenário.
Jogador de muita personalidade que mesmo quando foi cornetado se manteve focado e treinando, tem muita qualidade, não se esconde, tem tudo pra ir longe na carreira.
Espero que o próximo presidente consiga manter os jogadores da base que estão jogando, só dessa forma vamos ganhar títulos, o caminho é esse
Alguns serão vendidos. Que seja o Arboleda, o Pablo, o Carneiro… Menos os moleques. O problema é justamente o assédio sobre eles, que será inevitável.
Por isso que torço tanto pelo título da CdB.
São 72 milhões em caixa e um alívio pro início da gestão Casares. Que dê para, pelo menos, segurar os principais meninos até o final da temporada 21…
Tem características parecidas com a do Jorge Wagner . Está entre os melhores meias do futebol paulista .
Tá ruim de ídolo esse pai do Gabriel Sara hein hehehehe? Mas, de fato, se o menino se manter focado e não der uma de “Arboleda” na vida, pode ter um grande futuro na carreira, potencial ele tem!!!
Realmente!!
Pita era espetacular!!
Uma ótima referência que o Sr João Luiz deu ao seu filho…
Voa alto, Garoto!
O pai do moleque é fera. Utilizou como espelho o jogador certo. Pita era um craque! Colocaria no bolso qualquer meia do futebol brasileiro atual.
Só para contextualizar para a garotada do site “quem foi Pita”:
https://youtu.be/jGarQTRK_TQ
Narrador era Palmeirense?
Muito boa dica, Tiago.
Pita jogando hoje deixaria os poucos meias do país comendo poeira…
Gilmar, Zé Teodoro, Oscar, Daryo Pereira e Nelsinho, Bernardo, Silas e Pita, Muller, Careca e Sidnei.
Ouvindo os jogos com o Osmar Santos.
Só alegrias!
Infelizmente não o vi jogar, comecei a acompanhar futebol em 94 sobretudo devido a Copa.
Vi uma entrevista do nosso glorioso Muller, dizendo que o Raí não jogava 10% do que o Pita.
Figura de linguagem e exagero a parte, por aí dá pra ter uma noção de como o cara foi monstro!
Pra mim Raí jogou mais que apenas 10% em relação ao Pita… Rsss…
Mas a questão que pra mim é indiscutível e que, sim, Pita foi superior e mais craque que Raí!
Dá muita saudade do SP de 84, 85, 86, 87…
O que o Raí jogou de 91 a 93, dá pra subir em muito essa porcentagem aí. Pita não conquistou nenhum título internacional, não por culpa dele, mas no panteão sagrado dos ídolos tricolores está o Raí.
Craque! Sara e Brenner são dois fora de série! Jogadores como esses me fazem crer que a fila está chegando ao fim!
Pita jogava muito e o menino jogou muito na base!
“Ele nunca reclamou, sempre trabalhou. ”
Por isso, está superando a desconfiança. Jogador tem que escutar a crítica e trabalhar.Só vão parar as críticas com resultado.Na Europa, é pior. Lá, ainda precisa enfrentar a xenofobia.
O Sara oscilou no começou, mas agora está indo muito bem mesmo.Está merecendo a vaga de titular.
Ainda na base , li uma entrevista do Gabriel que gravei na memória , pois o menino é sim diferenciado . Repórter : “ em quem você se espelhou para jogar na meia ? “ . Sara : “ Zidane , Rivaldo e Alex “ . Agora o pai arrematou com o Pita . Jesus ! Não tem como dar errado . Parabéns ao pai e ao Gabriel . Vamos São Paulo !