Quem assistiu ao jogo com atenção teve dificuldade de entender o resultado final no Maracanã. O São Paulo errou tudo o que era possível no primeiro tempo: marcou mal, teve a bola roubada em sucessivas saídas e não chutou a gol. E ainda assim foi para o intervalo com o empate.
Do outro lado, o Flamengo, na estreia de Rogério Ceni, adiantava a marcação, encurtava a distância no meio de campo e empilhava chances desperdiçadas pelo feroz ataque.
Só que o time de Fernando Diniz em nenhum momento deu um passo atrás e não abandonou sua filosofia de jogo. Mesmo quando sofreu o gol logo após abrir o placar no início do segundo tempo. Teve paciência e esperou por uma oportunidade. E foi premiado nos minutos finais, quando o jovem goleiro Hugo falhou ao tentar driblar o indomável Brenner numa recuada torta de bola. E agora está a um empate das semifinais da Copa do Brasil, enquanto ainda se discute a eficácia das estratégias de Diniz.
O debate é válido, ainda mais quando as eliminações na Libertadores e Sul-Americana ainda estão frescas, mas o processo não deve mudar. O São Paulo aceita os riscos e joga para transformá-los em vitórias. Nem sempre dá certo, mas é inegável que não lhe falta convicção.
Lance!
É um risco mas na maioria do lances perigosos contra o Flamengo o perigo foi causado por falhas individuais bizonhas principalmente aquela que o Arrasquaeta perdeu o gol.
Entendo que o sistema de saídas de bola desde o goleiro, utilizadas correta e consistentemente como conceito e modelo inovador de jogo, mais que uma tendência é uma realidade e um caminho sem volta em tempos de futebol mais atual.
Concordo e tem estado escancarado que ainda temos tido e apresentado muitos problemas e imperfeições, em especial quando marcados e sufocados sob pressão, prática que vem sendo usada pelos treinadores adversários, inclusive.
Lógico que qualquer sistemática e metodologia, diferentes e inovadoras, dependem de uma série de aspectos e fatores para serem apropriada e satisfatoriamente implementadas.
Características e habilidades dos jogadores, principalmente o goleiro, mas também as demais peças do sistema defensivo, no mínimo.
Os conceitos, como ressaltado ainda não são usados e praticados pela maioria dos clubes brasileiros e mesmo mundo afora, mas vários times grandes e tradicionais, a adotam até como premissa básica de um futebol mais propositivo e bem jogado.
Dependem, e dependem demais, muito mesmo, das condições apropriadas para que sejam disseminados, entendidos, assimilados e treinados e praticados à exaustão, até que entrem num ciclo de evolução gradativa natural a todo processo dessa natureza.
Os conceitos e a ideia em si se constituem na premissa básica da posse da bola, domínio e controle do jogo, desde e a partir de onde as saídas de jogo se iniciam, das mãos ou dos pés dos goleiros.
Temos tido e apresentado um sem número de defeitos e inconsistências.
Lentidão.
Indecisão.
Inabilidade (incompetência) de algumas peças.
Falta de variações e alternâncias – (defeitos conceituais) – (teimosia do treinador) – (desatenção e a própria indecisão dos jogadores).
Defeito conceitual, de correr riscos exagerados, tirando a bola da área e zona do perigo, sempre que preciso.
Essa tem sido a falha mais acentuada, depois dos erros individuais.
Erros clamorosos, diga-se de passagem.
Mas decorrentes também da falta de uma melhor consistência e solidez, da sistemática como um todo.
A falha do Hugo (Flamengo) é uma ilustração clássica dessa situação.
Falta de variação e alternância, atrai a marcação contrária e enfia bolas cirurgicamente lançadas em espaços vazios, como a do Luciano contra o próprio Flamengo e para o Daniel contra a Ferroviária.
Falta de variação e alternância, inversões de jogadas, de uma lado para o outro, da direita volta no goleiro e dele vai para esquerda.
Inversões mais aprofundadas, alongando os lançamentos para o lado direito ou esquerdo do setor ofensivo.
E claro, transições mais incisivas para o setor de meio campo, onde em tese ocorreriam as articulações, criações e construções das jogadas, evoluindo em direção ao gol.
Entendo também que o Diniz devesse e pudesse ser mais comedido e menos teimoso e ansioso, menos ousado ou maluco, como muitos dizem, e melhor dosar a implementação especialmente durante os jogos, à medida que os conceitos fossem evoluindo durante os poucos períodos de treinamentos disponíveis.
Falta e depende de mais automaticidade.
Entendimento e assimilação geral, dos conceitos e da prática como um todo.
Padronização de movimentos e de movimentação, com agilidade, desenvoltura e velocidade.
O time que construa e tenha um sistema de saídas de bola bem montado e funcionando adequada e satisfatoriamente.
Que exija e obrigue o oponente a sair da sua zona de conforto e subir a marcação para conter as trocas de passes desde as saídas de bola.
Espaçando as suas linhas e abrindo espaços, obviamente.
Que construa e tenha um sistema de transição, articulação e construção de jogadas, recebendo as bolas mais limpas e melhor trabalhadas, conseguindo por consequência melhor trabalhar e definir as jogadas mais apropriadas para chegar ao gol adversário.
Sem dúvidas, será um time com melhores e maiores condições de obter resultados favoráveis.
E não seria receita de vídeo game, não!
Por conta disso tudo que entendo ser questão de opção.
Continuar sem definir e estabelecer os melhores conceitos e modelo de jogo a ser usado pelo SP, num momento trazendo um Diniz, noutro um Mano Menezes, ou invariavelmente qualquer um dos mais de quinze incinerados nos últimos doze meses.
Ou
Definir e estabelecer formas menos ultrapassadas de ver e jogar futebol, apostando na bagunça generalizada ou quando muito, no pragmatismo e no resultadismo de um jogo arrastado e modorrento, apostando na bola do jogo ou em contra golpes milagrosos.
Conceitos e modelo de jogo, inovadores e sustentáveis, dependem de projeto de longo prazo e de treinador alinhado com as mudanças e transformações ocorridas no futebol e em todos os demais esportes.
Dois, três, quatro, cinco anos.
Compete aos gestores profissionais do clube, o devido acompanhamento e monitoramento da implementação e evolução dos trabalhos.
#FechadoComDiniz
ou
#FechadoComUmEstrangeiroQualificado para 2021.
Airnani é você? rs
Onde eu assino !! Sem nada a acrescentar a não ser que o que for decidido deve ser o modelo a ser usado em todas as categorias de base !!!
Muito boa a explicacao.
Parabens!
Eu acho que a presenca do Luan a frente da zaga ajudou a melhorar a marcacao em relacao ao Tche Tche.
Mas nao vejo grandes ganhos na escalacao do B Alves em relacao ao Leo Pele e na do Juanfran em detrimento do I Vinicius.
Acho que esses dois atletas, hoje na reserva, podem contribuir mais com a saída de bola. So e preciso que mantenham boa colocacao e sejam firmes quando estao sendo atacados.
Assim, acho que o Diniz pode olhar mais para esses jogadores e mudar o time, mesmo sob pressao da torvida.
Quanto ao Tche Tche, talvez não seja o reserva perfeito para o Luan. E possa se dar melhor com a segunda volancia ou com a lateral. Mas eu gostei da contratacao do sub 20, o volante Bruno Tattavito, de apenas 19 anos. E um primeiro volante de bom passe e lancamento. E acho que vai ajudar o time em breve.
#fechadocomodiniz
A maioria dos times tenta sair com a bola no chão, entretanto creio que o risco que nosso time assume neste sentido é muito alto. Outros times lançam a bola ao campo de ataque quando estão sofrendo pressão.
Acho que contra o flamengo,por exemplo, quando em dificuldade, o Volpi poderia lançar a bola para o lado direito do campo e aproveitar a altura do Juanfran contra o Rene e assim lutarmos pela segunda bola la no campo de ataque.
Nosso setor de criação e ataque tem potencial absurdo. Reconheço as qualidades do Diniz, mas com este ataque, me parece mais logico fazer o simples que uma hora ou outra o Sara deixa o Brenner na cara do gol e ai não tem perdão.
No Brasil muitos times gostam de sair jogando, desde a área pequena. Muitos fazem isto para frente e outros, como o São Paulo, gosta de ficar circulando perto da área grande. No futebol do exterior vejo muites times fazendo isso, mas quando não da para sair jogando, os defensores rifam a bola. No Brasil o chutao foi abolido e proibido.
O maior problema é como o amigo acima citou,um ataque com o poder de fogo do Flamengo é arriscado demais,o 1°tempo de quarta mostra bem isso,o detalhe é que foi nosso dia de sorte e Volpi inspirado,problema é quando não for o dia de sorte,né?!
A prepotência do Diniz é que pode botar tudo a perder,um pouquinho de humildade ou um puxãozinho de orelha por parte do Rai,como o que aconteceu,ajudaria bastante. Bola pro mato que o jogo é de campeonato.
Outro detalhe,Ceni é um cara inteligente e tá mordido por não ganhar do São Paulo, nem do Diniz,podem apostar que vai trabalhar seus jogadores pra aproveitarem nossas falhas que com essa saída de bola vão acontecer,é a hora do Diniz dar outro nó nele,frustrar essas expectativas.
O diniz podia armar um tática especial para o jogo de quarta. Colocar cones nos extremos ofensivos do campo e mandar o Tiago Volpi lançar a bola neles, de varias posições diferentes. Insistentemente.
Quem sabe não seria uma surpresa boa.
De ‘convicção’ o inferno está (ou estará) cheio….