A formação acadêmica de Diniz e a preocupação com a parte anímica do elenco não se restringem às situações positivas. O treinador também contribuiu na recuperação de jovens atletas no decorrer da atual temporada. Gabriel Sara e Brenner são dois jogadores que contaram com o auxílio do treinador para reagir após momentos de extrema pressão. O caso mais curioso é o do meio-campista.

O jovem de 21 anos foi promovido aos profissionais em 2018, ainda sob a batuta de Dorival Júnior. À época, participou de alguns treinos do plantel. Todavia, não se firmou no time principal e voltou para Cotia. Em 2019, voltou a figurar entre os profissionais e ganhou nova chance nesta temporada. Nas primeiras oportunidades, recebeu muitas críticas. Mesmo que tentasse ficar alheio ao mundo externo, o jovem caiu de rendimento. O trabalho de Diniz nos bastidores foi fundamental para a sua recuperação.

“O professor Diniz além de treinador é um cara muito humano. Ele não quer ganhar você só como jogador, ele quer ganhar você como pessoa. É um cara que apoia muito a gente, independentemente de ser dentro ou fora de campo. Ele me deu muita confiança em um momento difícil que passei, não só ele como o grupo todo também. Acredito que a gente tem que devolver cada vez mais essa confiança e tudo o que ele aposta na gente”, afirmou Gabriel Sara, que hoje soma quatro gols e uma assistência em 23 jogos na temporada.

O caso de Brenner é semelhante. Depois de trabalhar ao lado do atleta no Fluminense, no ano passado, Diniz pediu a sua volta ao São Paulo. Os primeiros passos após o retorno não foram tão positivos. Ele era tratado como o reserva imediato de Pablo no elenco. Contudo, em pouco tempo, se recuperou e passou a ser tratado como o principal nome do plantel. O jovem de 20 anos soma 15 gols e três assistências em 25 partidas. A recuperação também contou com a participação especial de Fernando Diniz. O próprio técnico revela o trabalho feito com o atleta.

“Temos que saber se aproximar dos jogadores. A maior parte dos problemas não é tático, físico ou técnico. É saber oferecer um continente em que o jogador possa se sentir confortável. O Brenner, eu levei para o Fluminense, entrava quase todo jogo. Quando saí, ele não foi mais relacionado. Pedi que se reintegrasse aqui. É muito talentoso, tem carisma do gol, é frio, técnico. Mas é jogador que precisa de apoio e tempo. Não dá para resolver o problema de todo mundo, mas quando tem a predisposição de ajudar a pessoa que está por trás do jogador”, declarou.

UOL