Há 13 meses Fernando chegava a um São Paulo abandonado por um técnico. A escolha se devia a ser uma “unanimidade” entre aproximadamente 4 jogadores.

Fernando titubeou no começo e depois chegou a fazer, talvez, uns dois bons jogos ao longo do tempo, alguns bons meio tempos e até bons quinze minutos (sim, pra Diniz, isso vale). Depois de mais um ano de convivência, coleciona como seus feitos, declarações que são verdadeiras pérolas. Entre a mais de dezena delas, uma recente diz que um time sem jogar há sete meses estava mais descansado. (sim, o descanso deve ter sido bom pra um artilheiro de 40 anos, sem dúvidas)   

Com 4 meses para acabar a temporada, Fernando chega, nos últimos quatorze jogos, a três vitórias.

Fernando é um cara sortudo. A pandemia o segurou. Estivesse a torcida no estádio, e não a rede social (esta que ele já diminuiu para os jogadores), Fernando já estaria longe do SPFC (talvez até Raí estivesse). Sim a torcida faz falta, em todos os sentidos.

Fernando é refém de Diniz.

Dinizista consagrado e assumido, Fernando assumiu um personagem que não consegue mais se desfazer. Manda jogadores, de maneira estúpida, saírem tocando a bola juntinho com o goleiro, todos bem pertinho. Talvez porque acredite que o goleiro vive sozinho e precisa de carinho e contato humano.

Parece que Fernando acredita que está comandando um time de futebol de salão, esquecendo que o futebol de campo tem “apenas”, pelo menos, 50 metros a mais. O que faz inútil essa saída de bola, já que, além de pressionado, quando passa a linha do meio campo, ainda tem todo time adversário recomposto, na maioria das vezes.

Pior ainda, não treinou nada além dessa obsessão. Muitas vezes os jogadores passam a segunda linha e não sabem o que fazer com a bola. Por isso, acabam voltando a bola pra trás. A antítese do futebol moderno ainda tem fãs dentro do SPFC, ao que parece, já que Diniz parece nunca cair, sendo imune a vexames.

Até torcedores (bem poucos) iludidos com “conceitos” esquecem a máxima de qualquer empreendedor iniciante: a ideia é o de menos (entre aspas, claro), o importante é a execução. Até os mais leigos sabem disso.

A execução de Fernando é péssima. Na teoria, isso quebraria as linhas adversárias. Na prática, toma gols e não faz diferença alguma, com exceção a uma ou outra bem sucedida jogada. Raríssimas.

Diniz está matando Fernando.

Fernando, acabando com um time que tem escassez de títulos.

Diniz convenceu Fernando a usar um clube gigante, que apostou nele, como experimental para suas loucuras. Ao final, sairá sem legado algum.

Segundo gente do clube, ao que parece, seu grande legado terá sido lançar os jovens. Mentira. Brenner foi pouco usado por ele no Fluminense e só está jogando porque Raí e Leco gastaram 26 milhões num jogador que tem dificuldade até em dominar uma bola. Diego ganhou vaga por birra do Fernando, a mando de Diniz, da zaga titular. Queria provar que era genial e colocou o menino. Que tem falhado por sinal. Sobra Sara a quem Fernando expôs durante pelo menos alguns jogos a atuações pífias até se firmar, pontinho positivo pra Diniz. Encostou Toró e piorou Igor Gomes.

Fernando tem, ainda, a chance de ignorar Diniz e, quem sabe, terminar de maneira digna a passagem pífia e cheia de humilhações em tão pouco tempo. 4 meses é um bom tempo para terminar de maneira pelo menos regular sua passagem.

Será? Eu não acredito. Fernando não parece ter repertório algum de futebol. Casou com a ideia de Diniz e torceu tanto pra dar certo que acredita que provar que essa ideia de futebol é genuína é seu único modo de permanecer relevante.

Uma pena, pois tirou o prazer de muitos são-paulinos de ver jogos. Fernando, Dinizista fanático, inaugurou o futebol broxante. Você não se anima com nada e mal tem forças, mais, pra gritar pelo seu time.

Não acredito que Fernando, jamais, se livre da pecha de Diniz.

A propósito, quem ainda acredita no Fernando?

PS: quem em sã consciência, não teria mandado embora Diniz, depois de tantos absurdos?

Por: Cadu Roncatti Bomfim