Depois de vencer o clássico diante do Palmeiras, o São Paulo empatou seus dois jogos seguintes contra o Fortaleza de Rogério Ceni, pela Copa do Brasil, e diante do Grêmio de Renato Portaluppi, pelo Campeonato Brasileiro, técnicos que são apontados entre os melhores brasileiros na atualidade.

No podcast Posse de Bola #66, Arnaldo Ribeiro diz que o São Paulo, que hoje se despede da Libertadores contra o Binacional, conseguiu bons resultados ao empatar os dois jogos, pois em sua visão o time de Fernando Diniz mereceu perder ambos, e ele também usa as características dos adversários para questionar as ideias de jogo do treinador são-paulino.

“Eu acho que ficou evidente nesses dois duelos a diferença do Diniz para os dois principais técnicos brasileiros, eu não digo só os dois principais técnicos brasileiros, Renato e hoje Rogério, acho que não tem discussão, as duas principais figuras do futebol brasileiro, de geração diferentes, hoje aqui trabalhando, Renato Portaluppi e Rogerio Ceni. E acho que tem uma questão ali dos bons times que o Grêmio e o Fortaleza têm com trabalhos mais longos, o trabalho do Diniz, se não é longo, ele já superou um ano”, afirma Arnaldo.

O jornalista questiona a saída de bola do time de Diniz, com o goleiro tocando a bola dentro da área, situação na qual em alguns momentos a defesa fica arriscada a perder a bola, e cita que o Fortaleza e o Grêmio conseguem jogar bonito com seus zagueiros dando chutão quando é necessário.

“O Grêmio do Renato e o Fortaleza do Rogério já tiveram a marca deles quase que imediata desde que eles assumiram. Eles foram evoluindo, é verdade, mas os resultados deles foram mais breves, inclusive com taças, do que um ano, 13 meses que o Diniz já tem. E os times, embora joguem bonito, joguem propondo, como gostam de falar, o Grêmio e o Fortaleza, eles não têm essas ideias que eu acho muito singulares, para dizer o mínimo, do Diniz de sair com futsal, tocando o goleiro para o centroavante dentro da área”, diz Arnaldo.

“Os dois zagueiros do Grêmio, Geromel e Kannemann, dão chutão, o goleiro dá chutão e o Grêmio joga bonito. O zagueiro do Fortaleza é o Paulão e dá chutão, ou é o Roger Carvalho e dá chutão, quando está apertado, e o Fortaleza joga bonito. Então, jogar bonito, jogar propondo, não é correr risco na sua pequena área, e foi isso o que o São Paulo fez com o Grêmio o tempo todo, fez com o Fortaleza o tempo todo, e eu acho, de fato, indefensável o fato de um treinador ficar refém dessa ideia de jogo que até agora não trouxe resultado”, conclui.

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