Amigos tricolores,

Temos que entender que a internet é dominada por jovens, que não viveram a era Telê Santana no São Paulo, assim como eu vivi, portanto, esse artigo remete a essa época, com total foco no Dr. José Eduardo Mesquita Pimenta, que a parti de agora, nesse artigo, o chamarei de Dr. Pimenta por respeito e por ele ser advogado, formado pelo Mackenzie em 1964.

Dr. Pimento foi presidente do São Paulo. Pegou o Morumbi quebrado, o time desmotivado e, em pouco tempo, transformou o São Paulo em uma máquina de títulos, conhecido como “Máquina Mortífera” uma alusão ao filme de grande sucesso com o mesmo nome, estrelado por Mel Gibson.

Foi de Abril de 1990 a Abril de 1994, que o Dr. Pimenta presidiu o São Paulo. Foi pela suas mãos, ao lado do Dr. Carlos Caboclo, que o mestre Telê Santana chegou. Foi como presidente, que o São Paulo conquistou aproximadamente 30 títulos, entre eles 2 mundiais, 2 Libertadores, 1 Brasileiro e 2 Paulistas. Sem contar a famosa Conmebol de 1994 com o “expressinho”que deu visibilidade para jogadores como Rogério Ceni, Denilson, Caio, Juninho e para o, então, iniciante técnico Muricy Ramalho.

Um novo São Paulo

A chegada do Dr. Pimenta deu uma nova cara ao São Paulo. O time vinha de uma transição com o fantástico esquadrão chamado de “Menudos do Morumbi” que tinha sido desfeito, com a venda de todos os jogadores, para uma nova era, comandada por Raí, Zetti, Leonardo, Cerezo e Telê.

O São Paulo não vinha bem nos campeonatos, quase caiu para a série B, em 1990, perdeu títulos para Vasco e Corinthians. Não era a situação que temos hoje, mas era uma situação complicada para o nosso São Paulo.

A gestão do Dr. Pimenta foi altamente positiva

De um time, que em 1990 perdeu títulos e quase caiu para série B, para em 1992 ganhar o mundo, em cima do poderoso Barcelona. E repetindo em 1993, contra o Milan.

O São Paulo reformulou toda a administração e marketing. O departamento de futebol sabia o que fazia. Trazia jogadores pontuais que resolviam. Em 1993, por exemplo, quando Raí foi para o Paris Saint-Germain, rapidamente a diretoria agiu e trouxe Leonardo para o seu lugar. Não poderia ter vindo jogador melhor naquele momento.

E hoje?

Tudo isso que a gestão do Dr. Pimenta construiu é passado. O São Paulo, passou por quase 13 anos de destruição com Aidar e Leco no comando. O Dr. Pimenta foi com certeza o mais vitorioso presidente. Temos Marcelo Portugal, pai, que foi outro excelente presidente nos dando mais um mundial e Libertadores, trazendo, de forma cirúrgica Amoroso na reta final da Libertadores.

Eram outros tempos. O São Paulo era temido! Era modelo de gestão e o time a ser batido. Leco conseguiu acabar com tudo isso, conseguiu bater quase todos os recordes negativos e só não nos levou para a série B, porque em Muricy e Hernanes nos salvaram.

É isso que você quer?

Marcelinho: filho do Marcelo Portugal Gouvêa. Deram à ele, a vaga do Sr. Homero, que é “apenas” a história viva do São Paulo, com 40 votos. Eleição ganha, mas a inteligência da campanha preferiu o nome de Marcelinho.

Uma opinião que eu tenho, se o filho fosse tão bom como o pai, porque Edinho não foi um genial camisa 10, como Pelé, seu pai? Por que os filhos do Rivelino, Zico ou Sócrates não se tornaram geniais jogadores? Renê Santana tentou ser técnico, mas igual a Telê, seu pai, jamais existirá.

Roberto Natel: Sobrinho de Laudo Natel. Sobrenome de peso, mas para ele, vale as mesmas palavras de Marcelinho.

Dr. Pimenta: Está ao lado de Julio Casares

Não apoia a continuidade que Natel representa, por ser o vice presidente do Leco, por ser o 2o homem forte do São Paulo em sua pior gestão da história. Dr. Pimenta é vencedor, sabe como mudar o cenário, o fez, no passado em tempo recorde. Imagina ao lado de Julio, Olten e Sr. Homero o que ele poderá fazer!

Pelo bem do nosso São Paulo, oremos pelo Julio Casares na presidência!

Pedido de desculpas

Tentei aqui, nesse post, minimizar um dos grandes defeitos do meu livro “Ao Mestre com carinho. O São Paulo da era Telê”: Não ter entrevistado o grande presidente daquela época, entretanto, há uma justificativa.

Quando, em Março, fui apresentar o livro para o São Paulo, praticamente pronto, eu já tinha entrevistado algumas pessoas, entre elas Raí, Zetti, Ronaldão, Pintado, Milton Neves, José Paulo da Gloria e Claudio Zaidan. Me foi pedido mais entrevistas.

Eu tinha 60 dias para fazer pelo menos mais 25 entrevistas. Seu eu estivesse me dedicando apenas ao livro, ok, mas não, eu precisava tocar a minha consultoria de marketing, na época, com 5 clientes e apenas eu na operação, precisava dar as minhas aulas, coordenar os 2 MBAs que eu coordenava e ainda me dedicar ao livro. Foi uma corrida contra o tempo.

O São Paulo me deu alguns telefones, na época, do Dr. Pimenta não, mas não por sacanagem do São Paulo, na hora, passou desapercebido e ninguém notou. Nem eu.

Liguei para o Sr. Kalef e Sr. Caboclo. Conheci o Sr. Homero na entrevista com o Sr. Kalef. Depois, entrei em contato com assessorias de ex-jogadores, músicos e atores. Enfim, em 60 dias foi muito corrido e não consegui entrevistar o Dr. Pimenta. Meses depois, com o livro pronto, consegui o email da filha dele, e encaminhei um email de desculpas.

Sei, isso não é o suficiente

Por tudo o que ele fez pelo São Paulo, deveria estar no livro, admito a minha total culpa e espero, um dia, encontrá-lo para pedir desculpas pessoalmente, mas claro, se o livro tiver uma 2a edição, ele terá um capitulo especial dedicado ao Dr. Pimenta.