Culto, Fernando Diniz recorreu até ao escritor espanhol Miguel de Cervantes para explicar que não pretende ficar preso apenas a um estilo de jogo no São Paulo. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Sport, o treinador, conhecido por defender o toque de bola, falou em sua coletiva sobre a postura mais pragmática do Tricolor paulista.

“Às vezes as pessoas fazem uma distinção do que é o ideal. O ideal é ganhar. Não fico idealizando uma coisa que não vai acontecer, como Dom Quixote [personagem do livro de Cervantes]. Quando a gente consegue jogar bem é porque facilita para vencer. Se a gente tivesse conseguido jogar melhor, teria vencido mais fácil. Como a gente não conseguiu, estava difícil para sair jogando. A gente teve que apostar na nossa defesa que estava muito sólida, como a gente fez contra o Flamengo, na minha estreia, contra o Fortaleza a mesma coisa. Sempre que for preciso usar essa prerrogativa para a gente vencer, ela vai ser usada. Não é a minha preferência, mas sempre que precisar vamos fazer porque.

Para implantar esse estilo, o treinador promoveu quatro mudanças em sua equipe. Bruno Alves, Arboleda, Liziero e Igor Gomes deram lugar para Diego Costa, Léo Pelé, Gabriel Sara e Luciano. O treinador justificou o motivo de fazer tais alterações para o confronto de hoje à noite, em Recife.

“O Arboleda e o Bruno Alves são grandes jogadores, mas neste momento eu achei que o Diego merecia uma oportunidade. Para o Léo Pelé é uma posição que ele pode colocar no seu manual. Ele é um jogador muito forte, rápido e tem a saída com o pé esquerdo que facilita o jeito que a gente joga. Jogamos bem. O Sport teve uma chance oriunda de uma saída do nosso time. Mudei porque achei que tínhamos de ter mais fluidez na saída. Depois [no segundo tempo], eu acho que o time sentiu muito, um jogo em cima do outro, e o campo. Cometemos erros de saída e facilitamos o Sport em alguns momentos”, completou o treinador.

O São Paulo volta a jogar nesta quarta-feira, no Morumbi, contra o Athletico-PR. No domingo, o time disputa o clássico com o Corinthians, também em seu estádio. Até a vitória de hoje, Diniz era bastante pressionado por não obter os resultados esperados. Apesar de o executivo de futebol do clube, Raí, garanti-lo no cargo, havia um movimento interno no clube favorável à troca de comando.

UOL