Candidato à sucessão de Carlos Augusto Bastos e Silva, Júlio Casares diz estar muito preocupado com mais uma crise no departamento de futebol. A três meses da eleição, Casares falou ao Blog com exclusividade sobre o técnico Fernando Diniz e sobre outros problemas que rondam os vestiários do Morumbi.

“Estou muito preocupado com o aproveitamento (dos pontos de Diniz) e com a quantidade de jogadores descontentes. Por isso faço um apelo para quem está lá que seja rápido para avaliar e analisar a situação tanto do técnico, quanto dos motivos de problemas com os jogadores. Eles têm que saber se é possível uma reação. Se não for, que ajam rápido”, disse.

O apelo para que o departamento de futebol seja, digamos, vigilante é mais do que um pedido de um torcedor são-paulino ou de conselheiro. A verdade é que as próximas atitudes da diretoria Leco terão impacto mais do que direto na próxima gestão, já que o mandato começará durante a disputa do Brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores. “Acredito na consciência do presidente atual e na de seus diretores para que entreguem um clube mais saneado, sem mais dívidas. Recomendo fortemente que eles não contratem mais, que não façam mais dívidas até a transição de dezembro”, finalizou Casares.

Procurado, Roberto Natel, rival de Casares na eleição do final do ano, não atendeu ou retornou a ligação do blog. Também não respondeu as perguntas enviadas pelo aplicativo de mensagens. Seu apoiador Marco Aurélio Cunha, a quem Natel pretende entregar o departamento de futebol caso seja eleito, não quis comentar nenhum dos assuntos.

“Esse assunto não é mais meu. Talvez do Casares e do Natel. Eles têm a futura responsabilidade sobre o assunto. Eles que têm de opinar, esclarecer suas propostas. Eu hoje sou um conselheiro como outro qualquer”, disse Cunha.

Bem, e a atual diretoria? Segue em modo “stand-by” até o clássico contra o Corinthians. O clichê “clássico é um divisor de águas” será a política adotada pela diretoria de chefe e subalternos remunerados.

UOL