Depois de uma estrear com vitória em uma atuação que não empolgou o torcedor contra o Fortaleza, o São Paulo foi derrotado pelo Vasco ontem e o técnico Fernando Diniz voltou a ter seu trabalho questionado, mas segue bancado pela diretoria do clube desde o desgaste que começou com a eliminação para o Mirassol no Campeonato Paulista.

O jornalista Arnaldo Ribeiro analisa a situação de Diniz no São Paulo como indefensável e que a direção não deveria esperar até as eleições do clube de dezembro para trocar o comando, sob o risco de o time chegar à zona de rebaixamento, como nos trabalhos anteriores do treinador no Athletico-PR e no Fluminense.

“Se a troca tiver que esperar a eleição de dezembro, é provável que o São Paulo esteja na mesma situação em que o Diniz deixou o Athletico-PR e o Fluminense, entre os quatro piores do campeonato. É assim o retrospecto do Fernando Diniz. E a gente não está falando agora, quando o São Paulo escolheu o Fernando Diniz em setembro de 2019, a gente falou a mesma coisa aqui”, diz Arnaldo.

O jornalista faz um paralelo sobre o técnico do São Paulo em relação a Vanderlei Luxemburgo, que também está sendo criticado no Palmeiras devido ao desempenho do time na temporada, mesmo com a conquista do título paulista. Para ele, o problema no clube do Morumbi é que os diretores que bancam Diniz também deveriam sair.

“É que tem uma convergência de fatores de falta de comando que é pouco provável que se resolva nas próximas semanas, a não ser com uma ruptura completa e aí você diz, uma ruptura completa a quatro meses da eleição? É, uma ruptura completa a quatro meses da eleição, porque o problema da manutenção do Diniz é que quem o está bancando, teria que ter saído também, no caso o Raí e o Alexandre Pássaro, porque o trabalho deles é condenável”, diz Arnaldo. Outra situação pontuada por Arnaldo é em relação ao elenco do São Paulo, que apesar de ter em Daniel Alves um pilar em defesa de Diniz, já vê outros jogadores querendo deixar o clube.

“Ele está perdendo os jogadores, perdendo o ambiente, isso é claro. A partir do momento em que os jogadores mais experientes que ele não consegue aproveitar pedem para sair, até aquela ilusão de que ele administra bem um grupo de jogadores, ela se esvai. Então já saiu o Anderson Martins, o Everton quer ir embora na troca pelo Luciano, o Hernanes quer ir embora, o Alexandre Pato quer ir embora”, conclui.

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