Desde a chegada à final do Campeonato Paulista de 2016 no comando do Audax, o técnico Fernando Diniz chamou a atenção pelo modo diferente de jogo de seus times, mas suas passagens por Athletico-PR e Fluminense não tiveram conquistas, pelo contrário, ele deixou os clubes na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. No São Paulo, Diniz decepcionou com a eliminação para o Mirassol no Campeonato Paulista, mas segue no comando do clube, embora não mais com muito prestígio.

O jornalista Eduardo Tironi compara a expectativa criada em Diniz com a que foi depositada no meio-campista Paulo Henrique Ganso, quando ele surgiu ao lado de Neymar no Santos, e vai vendo o desenrolar da carreira do treinador de forma semelhante à do jogador, hoje no Fluminense. “A esperança que a gente tem com o Diniz, porque no Brasil se pratica um futebol horroroso e aí chega um cara e tenta fazer alguma coisa diferente, é a mesma, repito, já falei isso outra vez, que a gente teve com o Paulo Henrique Ganso. A gente achava que o Ganso ia ser a volta do camisa 10 clássico, e o Ganso virou Ganso”, diz Tironi.

“Alguém acha que o Ganso tem um nível competitivo hoje? Não. E acho que o Diniz é um pouco isso, representado dos técnicos. É muito legal, a gente quer que dê certo, mas infelizmente não está funcionando”, completa. Mauro Cezar Pereira concorda com Tironi e afirma que a comparação procede, lembrando que Ganso chegou a ser colocado em discussão se seria um jogador melhor que Neymar, mas ficou longe das expectativas. “A discussão, que hoje é absurda até você olhando para trás, a pergunta era: quem é melhor, Ganso ou Neymar? É bizarra a discussão. Mas era isso, a esperança de um camisa 10 que jogue bola, que seja um jogador clássico, que decida jogos”, diz Mauro.

“O famoso jogo do escanteio, que ele não queria bater e tal, até uma certa malandragem ali, uma inteligência do jogo para ganhar tempo numa situação adversa para o seu time. O Ganso demonstrava uma série de predicados que desapareceram, sumiram, acabaram. Agora ninguém tem mais esperança nenhuma nele”, conclui.

UOL