Amigos tricolores,

Em 2010 um candidato a deputado usou essa frase em sua campanha. Virou piada, virou modinha, mas o candidato em questão foi eleito com recorde de votos. E o tempo provou que poderia fica pior do que naquele ano. O meu medo com o São Paulo é esse. Não há, um só São Paulino, que por livre e expontânea vontade, não acredite que a gestão Leco é a pior da nossa história. Se alguém defende ou é porque mora em Marte ou porque tem algum acordo que não pode criticar. O que, literalmente, não é o meu caso!

Para mim, e já disse inúmeras vezes, em meus artigos, Leco não é o único culpado, mas é o principal. Há muita gente debaixo dele que é culpado também pelo o que está acontecendo. Tem muita gente que tem vontade de mudar, mas é podada por alguns. O São Paulo parou no tempo, essa é a grande verdade! Leco é o símbolo disso, é o símbolo do que o São Paulo se transformou nesses anos, na cara da derrota! Cheguei a dizer que eu nunca o vi com a camisa do São Paulo e fui questionado se vestir a camisa do time faria uma boa gestão, claro que não, mas pelo menos é preciso mostrar amor pelo que se faz! E isso, Leco nunca mostrou ao São Paulo. Há quem afirme que nem São Paulino ele é, eu sinceramente, não tenho provas, mas também nunca o vi desmentir ou aparecer vestindo o manto tricolor para provar ser essa, apenas uma acusação sem fundamentos. Como nossos avós diziam “onde há fumaça, há fogo”.

Mais um ano perdido

E assim como muitos outros. O São Paulo é, desde 2010, o time em eterna construção. Já passamos por isso, ano após, ano e sempre na esperança por dias melhores. O título de 2008 fez com que a soberba, ou melhor, o “soberano” entrasse em nossas veias. O grande Muricy Ramalho já disse inúmeras vezes, quando um time ganha, todos se acomodam. Ele nos deu o tri brasileiro, o time acomodou, comissão técnica e diretoria, em geral, não apenas o Leco. Juvenal Juvêncio, era polêmico, era dominador, poderia ter todos os defeitos, mas o que estamos vendo hoje, na sua gestão não se via. 

Quantas vezes, diretor quis mandar o Muricy embora, em meio as campanhas do tri campeonato e o Juvenal segurou? Quais diretores? Entre eles, o de futebol, hoje presidente do São Paulo. Juvenal era firme! Não estou dizendo que ele foi o melhor presidente do São Paulo, mas digo que ele no comando, não teríamos chegado a esse fundo do poço, na humilhação de perder para um time que saiu nas ruas “catando” jogador para entrar em campo, para enfrentar um time com as estrelas Pato, Daniel Alves, Tchê-Tchê, Pablo, Everton, Vitor Bueno e do “Pep Diniz”.

Títulos? Vai saber quando…

Um conselheiro disse em um grupo “esqueçam títulos esse ano”. Eu digo que por mais esperança que sempre tenho, esse ano, para mim, mais uma vez, já era. Pode ser que o time tome vergonha na cara – duvido – e comece o Brasileiro com tudo, dê show na Libertadores ou que nos traga, finalmente a 1a Copa do Brasil. Elenco para isso tem, vontade é o que falta. Ainda não dá para acreditar que perdemos, em casa, para o “poderoso” Mirassol, com todo o respeito ao time que ganhou na bola e honestamente, mas esse foi apenas mais um “título” que Leco nos deu.

Derrota com a cara do comando

Infelizmente, na semana passada, o que vimos foi uma derrota com a cara de quem nos comanda. Um time soberbo, que achou que poderia ganhar a qualquer momento. Um time sem alma de campeão, um time sem raça, sem São Paulinos em campo. Um time que se preocupa mais em qual tatuagem fará do que em treinar. Um time que está pouco se lixando para nós, torcedores, que aguentamos piadas de tudo que é lado. Um time, que de novo, vai assistir a uma final de campeonato em que o São Paulo não está, mas vai acreditar que foi um erro de rota, que daqui a pouco começa outro campeonato e tudo muda. 

Um time que tem desculpa para tudo: a quarentena, os 130 dias de jogar, na bola redonda, na grama que estava 0,3% mais verde, na falta da torcida, no medo da noite, no Daniel Alves não estar com a cueca da sorte, desculpas tem várias, mas assumir a bronca? 

Alguém viu o Leco em coletiva? 

O que vimos, mais uma vez, foi uma derrota com a cara de quem nos comanda, do “caminho certo”, da soberba, daquele que parou no tempo, de quem não sofre com a derrota, de quem acha que está tudo bem. E que a culpa, bem, essa pode ser de qualquer um. Menos dele!

Felipe Morais