A célebre expressão “pra inglês ver” ganha contornos de drama no SPFC do atual p(residente) Leco. (Lei para inglês ver é a expressão usada no Brasil e em Portugal para leis ou regras consideradas demagógicas e que não são cumpridas na prática. A origem da expressão tem várias versões, mas deriva possivelmente de uma situação vivenciada no Período Regencial da história brasileira referente ao tráfico de escravos- wikipedia)

O São Paulo foi ético, como prega qualquer bom cidadão que vive num país com inúmeros questionáveis políticos, de todos os lados, de todos partidos e exemplos péssimos de todos os lados no nosso dia a dia.

O São Paulo foi SPFC, espelhado em sua história de glórias e passado grandioso. E beneficiou, assim, o rival Corinthians. Tudo bem, tudo bom. A imprensa ovacionou, os adversários gostaram e até consideraram  nosso time “otário”. Irrelevante o que eles acham, na verdade.

Mas olhemos um pouco mais a fundo a ética são-paulina:

  • Gastos com jogadores pífios que em nada acrescentaram ao elenco
  • Comissões deliciosas para os empresários
  • Ex presidente tirado por caso de suspeita de corrupção
  • Presidente atual gastando dinheiro aos tubos e causando endividamento quase sem solução
  • Atual presidente recorre na Justiça para não apresentar documentos a conselheiro
  • Funções chave em diretoria sendo preenchidas por pessoas sem comprovação alguma de competência na área
  • Vendas de jogadores que não beneficiam em nada o clube a não ser tapar buraco de dívidas
  • Casos como Alan Cinerman e Jack
  • Preencha mais opções porque de cabeça esse autor, no nervosismo do momento, “só” lembrou desses…

Aonde está a ética que beneficia o são-paulino? Aonde está a transparência de diretores que nem experiência no que fazem, depois de mudado o estatuto, têm?

A ética são-paulina reside num agraciamento aos que menos se importam com a instituição São Paulo Futebol Clube: adversários, Imprensa, canais que transmitem campeonatos e não querem ficar sem seus queridinhos e a muitos outros que gostam de tornar essa história gigantesca em piada. Suspeito que até alguns dentro do próprio clube.

Esses alguns que acabam sendo responsáveis por trazer um técnico que em 11 anos de profissão nada tem de significante além de “futebol bonito que chuta mil vezes a gol”…e…mais nada.

Jogar no São Paulo é uma grande moleza, desvirtuando o jargão do famoso jornalista esportivo Milton Neves. A cobrança não é nada demais. Quando é forte, vem do torcedor, a quem alguns ainda querem responsabilizar pelo fracasso redundante dos últimos anos; Pois da diretoria nada se espera, a não ser frouxidão a ponto de se consultar elenco pra contratar técnico, algo que eu, você e até alguém bêbado com a simples capacidade de formular uma pergunta consegue fazer sem cobrar o dinheiro absurdo que ganham esses diretores. Jogadores escolhem técnicos, ganham aos tubos e quando desejam, dão tchau.

Nada muito diferente de nossa base, outro sonho de qualquer garoto. Tratados a pão de ló, recebem tudo e mais um pouco. Pra se orgulharem em instagram, aqui nada ganharem e finalmente ter toda vitrine que esse clube gigante oferece para assim serem vendidos e ganharem o dinheiro que desejam e irem pra tão sonhada Europa.

O São Paulo de hoje é um sonho pra jogadores, diretores e presidente. E um pesadelo pra quem realmente ama o clube: o torcedor.

Parabéns leco, raí e passáro. Todos com letra minúscula, do tamanho do desempenho de vocês. Não mataram e nunca matarão esse clube gigantesco.

Cadu Roncatti Bomfim