A faixa de capitão de um clube de futebol normalmente é destinada ao jogador mais experiente do grupo. Entretanto, em 1994, um garoto de 18 anos teve a responsabilidade de assumir o cargo e liderar o time durante um campeonato inteiro. Trata-se do zagueiro Bordon, que se tornou o capitão mais jovem a levantar um troféu pelo São Paulo.

Devido ao calendário apertado e o sonho de vencer o Campeonato Brasileiro daquele ano, o técnico Telê Santana resolveu não enviar nenhum titular para a disputa da Copa Conmebol, uma espécie de Copa Sul-Americana da época, que seria disputada nos meses de novembro e dezembro. Nem mesmo o treinador foi. O então auxiliar-técnico Muricy Ramalho que dirigiu a equipe.

Com isso, o elenco foi formado por diversos garotos, como Rogério Ceni, Denílson, Juninho Paulista, Bordon, entre outros.

O primeiro desafio foi contra o Grêmio, vencido pelo São Paulo nos pênaltis, após dois empates em zero a zero. Já nas quartas, o adversário foi o Sporting Cristal, do Peru. Depois de uma vitória por 3 a 1 e um empate sem gols, o Tricolor avançou para encarar o Corinthians na semifinal.

Enfrentando um time recheado de jogadores experientes, a garotada do São Paulo surpreendeu mais uma vez, derrotando os rivais nas penalidades e se classificando à grande final.

No primeiro jogo da decisão, o São Paulo goleou o Peñarol por 6 a 1. Já na volta, foi superado por 3 a 0, mas a derrota não foi suficiente para tirar o título do time brasileiro, que no agregado venceu por 6 a 4.

O triunfo ficou marcado na história são-paulina. O elenco vencedor ficou conhecido como “Expressinho”, uma referência ao “Expresso da Vitória”, apelido dado ao time do Vasco. Além disso, foi o primeiro título de Muricy Ramalho como treinador.

Gazeta Esportiva