Candidato à presidência do São Paulo, Julio Casares falou, em entrevista ao Esporte Interativo, sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube. No balanço do ano de 2019, o Tricolor apresentou um déficit de R$ 156 milhões, gerando um desafio para as gestões futuras.
Para Julio Casares, o momento do São Paulo requer atenção. No entanto, o candidato aponta que em seu eventual mandato estaria pronto para amenizar os problemas financeiros.
“Preocupa, mas não me assusta. Assustar é uma coisa que você coloca no panorama de que você não sabe o caminho para atenuar esse problema. O caminho não é simples, mas ele é delineado no nosso plano de gestão. Primeiro, nós vamos ter que ter um comitê financeiro formado por técnicos onde vamos discutir o perfil desta dívida, se o compromisso é à curtíssimo prazo, curto prazo, à médio ou longo prazo, e principalmente uma renegociação, esticando essa dívida para garantir um oxigênio financeiro para o custeio do dia a dia”, explicou Casares.
O conselheiro do Tricolor ainda apontou quais medidas pretende tomar para que seja possível dar início ao processo de reconstrução das finanças.
“Claro que do lado da responsabilidade financeira, da diminuição da estrutura e da austeridade as medidas serão colocadas com muita responsabilidade. O futebol é o que consome 85% dessa dívida. A causa nós já sabemos, o que precisamos discutir é o diagnóstico de solução desse problema. Portanto, eu vou dizer com sinceridade, é preocupante, claro que é, mas não assusta, porque hoje nós temos, além de um plano de gestão, muitos companheiros técnicos, muitos companheiros de fora do São Paulo, com potencial para colaborar no momento de radiografia dessa dívida, profundamente conhecer o teor de cada contrato e cada compromisso, mas estabelecendo medidas”, disse o candidato.
“E serão várias, porque o São Paulo precisa não apenas tomar medida na contenção e fechar a porteira para a saída de dinheiro, mas também um marketing ousado, uma área de futebol que contrate com mais assertividade e critério. Isso vai fazer com que a médio e longo prazo o São Paulo estará construindo um novo modelo financeiro para que as glórias futuras estejam garantidas. Ganhar campeonato é muito importante, mas não à qualquer custo”, completou.
Por fim, Julio Casares comparou a situação atual do São Paulo com o momento em que o clube passou a construir o Morumbi, em meados de 1953. Os impactos na obra nas finanças fez com que o Tricolor não obtivesse resultados positivos dentro de campo.
“Eu vejo dois momentos do São Paulo de grande desafio: a construção do estádio e esse momento agora. É o momento em que você tem que reorganizar a casa e as finanças, e também fazer ao mesmo tempo um time competitivo, porque há muito tempo o São Paulo não ganha nada”, concluiu.
Gazeta Esportiva
Se o Casares entender e encarar a situação atual, poderá ser um grande presidente do São Paulo pra deixar seu nome na história do Clube. E pra isso ele terá dois “ingredientes” como metas grandes que se resolvidas, elevara o nome dele perante todo São Paulino, que são a falta de títulos a quase uma década e a desorganização com o deficit financeiro que o Clube atravessa.
Passa a ideia de algo muito mais estruturado, profissional e responsavel do que o que acontece hoje.
Uma pena o Leco chegar ao final do mandato. Uma porque ele afunda o Sao Paulo a cada mes com essa divida. E outra porque ele, do ponto de vista moral, merece o impeachment.
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Torcendo para que o vencedor saiba fazer as operações necessárias de equilíbrio, para ter um time competitivo, que pague as dividas.
Diferente da maioria dos torcedores, também a situação financeira do clube não me preocupa. Já fui chamado de sei lá, mas disse que eu era realista. Conheço a história do SPFC e lembro que de um presente que recebeu, o terreno no Morumbi, construiu o maior estádio particular do mundo e junto um clube social. O Casares que é do mundo comercial sabe de onde consegue tirar dinheiro com programas inteligentes. O São Paulo 2021 vai ser muito diferente.
Discurso bem parecido com o do Aidar:”Sei da responsabilidade que terei, mas estou acostumado a desafios. Não será o primeiro e espero que não seja o último – declarou Aidar aos conselheiros, logo depois da oficialização de sua eleição como presidente do Tricolor.
Pelo menos o Casares não tem uma namorada gulosa em dinheiro.