Em dezembro, o São Paulo vai promover a eleição presidencial. Nos bastidores do Morumbi, a chapa de coalização, com Júlio Casares e Olten Ayres de Abreu Júnior, e os pré-candidatos (Marco Aurélio Cunha, Sylvio de Barros e Roberto Natel) podem divergir em relação a planos políticos. No entanto, as finanças do Tricolor paulista e a negociação para o corte de salário dos atletas provocam o mesmo sentimento entre os concorrentes: o de preocupação.
O time do Morumbi já vivia um momento turbulento antes mesmo pandemia do novo coronavírus. O São Paulo abriu 2020 com débito de R$ 106 milhões apenas com instituições bancárias e o déficit de 2019 foi de R$ 156 milhões. O clube também chegou a atrasar os salários em carteira dos jogadores e dois meses de direitos de imagem estavam em aberto.
Por isso mesmo, desde o ano passado já havia uma recomendação do Conselho de Administração para que a receita do departamento de futebol fosse reduzida — vale destacar que Júlio Casares e Roberto Natel fazem parte do órgão. A ideia era que a folha salarial sofresse uma redução, e o orçamento para contratações também era mais baixo. Como consequência, o time não trouxe reforços e apostou na manutenção do elenco. Jogadores como Jucilei também rescindiram para aliviar os custos. Ainda assim, a receita era alta.
Com a paralisação das competições, as receitas diminuíram — não existia renda de partidas e os direitos de transmissão também foram cortados. O clube aplicou uma redução de 50% nos salários dos jogadores durante a pandemia — alguns reclamaram de receber apenas 20% do acordado em carteira, mas o Tricolor justificou que tal valor se referia à diferença tributária.
Na última reunião do Conselho de Administração, o departamento financeiro expôs um plano orçamentário para o restante do ano, mas os integrantes do órgão se mostraram reticentes e fizeram recomendações para que a receita fosse ainda mais reduzida. Por isso, há quem defenda que o corte salarial de 50% se mantenha até o fim da temporada — sendo assim uma preocupação de todos os postulantes à presidência como manter os atletas unidos, mesmo diante de tal situação. A negociação entre jogadores e o clube é conduzida por Raí, executivo de futebol, e Alexandre Pássaro, gerente executivo da pasta. A ideia é que um acordo seja fechado até a segunda-feira (6), quando completa três meses de redução.
UOL
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Leopoldo II
3 de julho de 2020 às 11:42
Somente um nome no São Paulo conseguiu quebrar o tabu do tri-campeonato, aquele verdadeiro três vezes consecutivos. Na década de 40 quando o São Paulo tinha um esquadrão foi mais de uma vez bi, mas nunca tri. Isto só aconteceu nos anos 2006/07/08 sob a batuta do Juvenal Juvêncio e João Paulo Jesus Lopes.
Sim, é fato.
Assim como JJ foi um bom Diretor no período que Aidar foi presidente nós anos 80.
Como é fato que JJ usufruiu da estrutura de um clube organizado pelo Sr Marcelo Portugal Gouveia.
Como é fato que os brasileiros de 06 e 07 os reflexos da boa gestão de Portugal Gouveia ainda estavam presentes, o 2o mandato de JJ, já mais com a cara dele, e iniciado em abril de 08 e findado em abril de 11 foi o início da decadência do clube em vários aspectos.
Tanto que o último grande título do clube foi o do brasileiro de 08, muito mais pela manutenção do Muricy e da espinha dorsal da equipe do que por mérito do presidente e do seu diretor de futebol… O próprio Ceni, entre alguns outros atletas além do próprio Muricy, afirmou que o Tri em 08 foi o mais difícil e complicado das 3 conquistas, por vários motivos…
JJ, repito, foi um diretor de futebol muito bom em suas 2 passagens. Mas como presidente não foi bem, independente dos títulos.
No final da década de 80, desmanchou um time espetacular e produziu aquele fiasco que foi a campanha no Paulistão de 90 que até hoje foi considerado o maior vexame do clube em Paulistas.
Nos anos 2000, a mudança estatutária e o 3o mandato expuseram o clube e a arrogância deste senhor. Foi por causa dele o desmonte final de uma estrutura vencedora entre 11 e 12 e o clube ter, de novo, passado vexame com o quase rebaixamento no Brasileirão em 13.
Negócios mal feitos, entre contratações caras e desnecessárias, e salários altos, iniciaram a bolha do déficit que vemos hoje, entre outros equívocos. Aidar e principalmente Leco são heranças dele, também. Muito do que se vive hoje é reflexo da administração dele nos 8 anos que esteve no comando.
Ok, o Tri Brasileiro é motivo de orgulho e satisfação para todo torcedor tricolor, e jamais seria diferente. Mas daí fechar os olhos para todo o contexto que cercou essas conquistas, não.
Você pode não gostar do JJ, direito seu, mas não sei se você sabe, o sucesso do ‘governo’ do Marcelo Portugal Gouveia tem um nome Juvenal Juvêncio, que era a eminente parda. Tudo que acontecia no São Paulo nesta época passava pelas mãos do JJ. Pena que o JJ jogou no lixo sua história ao aceitar aquela manobra de prorrogar seu mandato e pelas circunstâncias de saúde só fez besteiras.
Vai ser difícil enxugar essa folha. A maioria dos contratos feitos por essa diretoria ineficiente, são longos, uns com altos salarios e muitos sem mercado: Trellez, Everton Felipe, Jucilei(recebendo sem trabalhar)…
O corte salarial não é só no São Paulo. Todos os clubes fizeram isto. Se um cara que ser presidente do São Paulo precisa ter competência para encarar todas as situações. Os que tem medo da situação atual, ficam em casa.