Contratado em janeiro de 2020, Everton Felipe chegou ao Cruzeiro após uma longa negociação com o São Paulo intermediada pelo conselho gestor e ainda sob o comando do técnico Adilson Batista. O meia-atacante veio por empréstimo de um ano, sem custos ao clube mineiro e com passe fixado (valores não revelado). Em contrapartida, o Cruzeiro deveria arcar com 60% do salário do jogador e o São Paulo teria prioridade na compra de dois atletas da base celeste: o meia Caio Rosa (sub-20) e o volante Ageu (sub-17).

Entretanto, nossa reportagem apurou que desde que foi contratado, o Cruzeiro não arcou com nenhuma parcela do acordo. O clube paulista chegou a notificar o Cruzeiro por duas vezes sobre o descumprimento do contrato e a possibilidade de uma rescisão prévia do empréstimo – ao que tudo indica, há outros clubes, inclusive da série A, interessados no jogador – mas não obteve qualquer resposta, tendo que levar a questão a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).

O clube paulista alega que o contrato deve ser rescindido e cobra o retorno imediato do atleta, mas mantendo as contrapartidas do contrato firmado – pagamento e preferência na aquisição dos atletas citados.

O Cruzeiro ainda não se posicionou oficialmente sobre o ocorrido, mas de acordo com apuração do portal Uol, há o entendimento por parte do clube que esse repasse não deve ser feito de imediato e sim ao final do contrato, com o São Paulo pagando a integralidade do salário até lá. A ideia ainda é buscar um acordo antes de ter que se defender de forma oficial do litígio judicial na CNRD.

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