O técnico são-paulino Fernando Diniz elogia a ida às ruas do meia Tchê Tchê em manifestação contra o racismo, na cidade de São Paulo, um ato que o treinador afirma não ser isolado, mas uma demonstração de personalidade e do engajamento do jogador com questões sociais. Em entrevista ao programa Os Canalhas, com João Carlos Albuquerque e Rodrigo Viana, Fernando Diniz cita a origem de Tchê Tchê, que já havia sido seu jogador no Audax, e que o meio-campista tem orgulho de sua origem, mas convive com a ferida da discriminação no país.
“O Tchê Tchê sempre foi um menino engajado. Ele sempre foi um menino sofrido e, ao mesmo tempo, um garoto de muita personalidade. Ele sempre soube se defender e ele tem uma boa formação, ele é um menino da periferia lá dos confins da Zona Leste, ele é lá de Guaianases o Tchê Tchê, mas ele deu a sorte de ter uma mãe e um pai muito presentes, então ele sabe, ele tem orgulho de ser quem ele é”, afirma Diniz.
“Ele sempre teve esse orgulho, mas sempre tem essa ferida narcísica da discriminação que a gente sabe que o negro sofre no Brasil, não adianta a gente ficar tapando o sol com a peneira, e o Tchê Tchê sempre soube se posicionar, então agora não foi uma coisa de oportunismo, muito pelo contrário, ele é um menino super engajado, tanto é que você viu lá que ele tem uma tatuagem do Malcolm X, tem uma tatuagem do Martin Luther King, ele sabe do que ele está falando, daquilo que se inspira, ele sempre gostou do samba, ele sempre gostou do rap, então é um menino assim muito especial”, completa o treinador do São Paulo.
Diniz afirma que viu também a entrevista do jogador com o ator Lázaro Ramos, exibida no mesmo dia da manifestação pelo Esporte Espetacular, e diz que se emocionou ao assistir à conversa entre eles. “Ele deu um show aí na entrevista que ele fez com o Lázaro Ramos, eu fiquei até emocionado de assistir, porque é um depoimento dos dois, de pessoas que conseguiram, cada um no seu segmento, romper padrões e de ter sucesso no Brasil”, conclui o técnico.
UOL
Parabéns Tche Tche, num momento tão delicado da vida pública no Brasil, posicionamentos críticos como o seu são fundamentais, pois estimulam, debate, reflexões criticas e podem encontrar o apoio daquelas pessoas sensíveis a vida. A situação dos negros no Brasil, como evidenciam as mortes das crianças Ágatha, João Pedro e Miguel e de jovens cotidianamente mortos ou humilhados em sua dignidade só será resolvido com o apoio e generosidade da população branca. O racismo é um problema de todos. Parabéns também ao Diniz pelo posicionamento sincero, lúcido e critico. Cada vez mais torço pelo seu sucesso nessa minha grande paixão que é o SPFC.
“Ferida narcísica da discriminação”. ” tem uma tatuagem do Malcolm X, tem uma tatuagem do Martin Luther King”. “Ele sabe do que ele está falando, ele sempre gostou do samba, ele sempre gostou do rap, então é um menino assim muito especial”. “Pessoas que conseguiram, cada um no seu segmento, romper padrões e de ter sucesso no Brasil”.
Narcisismo não é algo bom.
Enquanto Luther King defendia uma luta pacifista com debates abertos e resistência pautada no convencimento e diálogo político com a sociedade, Malcolm X defendia uma resistência combativa que respondesse à violência racista com violência de reação.
Criação de Stan Lee, o Professor Xavier chegou apresentando características semelhantes às de Martin Luther King Jr., enquanto Magneto era mais parecido com Malcolm X – ambos os ativistas estavam envolvidos na luta contra o racismo, mas com pontos de vista distintos sobre objetivos e métodos.
A soma de pretos e pardos como “negros” tem levado à conclusão de que a maioria da população brasileira é negra, fato que é refutado por todos os estudos genéticos, os quais mostram que a ancestralidade europeia predomina em todas as regiões brasileiras, com uma margem muito superior à africana.
Temos que decidir se uma pessoa negra vai ser pautada pela cor da pele ou pelo sangue que corre pelas veias do corpo.
A maioria dos jogadores Brasileiros são negros, dessa forma preciso entender como é tão difícil pro negro romper essa barreira de ser jogador de futebol. Pra fazer sucesso você depende da cor ou da capacidade? Outra pergunta.
Obs: Sou pardo e não tenho nada contra negros e brancos. Falta de oportunidades é o discurso de pessoas que querem tudo na mão sempre. Meu filho é pardo como eu, estudou em escola publica a vida inteira, salario não passando dos dois salários mínimos, com 4 e até 6 pessoas dentro de casa e no inicio do ano foi contemplado com uma bolsa integral no valor de R$ 1.400,00 na PUC onde hoje faz graduação. Tenho orgulho por ele ser pardo ou negro e ter conseguido? Jamais! Tenho orgulho por ele ser uma pessoa mentalmente forte e por ser batalhador. Estudava até 6 horas continuas fora a grade de estudos do ensino médio. Atingiu pouco mais de 800 pontos na redação do Enem e ficou em segundo na Federal no curso que hoje cursa na PUC.
A vida é curta demais para usa-la chorando. Fora que a forma como levamos a vida aqui será o que definirá a nossa eternidade.
Gabriel… só tenho duas palavra pra vc… PARA BÉNS!!! Brincadeira a parte seu texto deveria ser lido pelo máximo de pessoas possíveis.
Não pode treinar, não pode jogar, mas, pode se aglomerar numa manifestação.
Comunista. Se testar positivo, já sabemos pq
Vi um vídeo em que um rapaz falava sobre divida histórica, porem ele era alguém minimamente bem sucedido, de posses e boa vida. Acusava todos no auditório de divida histórica mais em nenhum momento pegou seus bens e dinheiro e redistribuiu conforme a sua mentalidade.
Justiça Social é boa quando não mexem no seu bolso. Usar dinheiro do bolso dos outros para aliviar a própria consciência podre que vive de dilemas imorais é o que mais tem surgido nas ultimas décadas.
Cada um tem o direito de expressar da sua maneira, quem somos nós pra avaliar ele se não respeitamos a hierarquia veja na roda política, todos querem mandar mais que os outros, nossos heróis histórico são esquecidos, clubes não se respeita quem somos nós pra julgar a vida de alguém seja ela branca , preta, parda etc. Ainda existe fome desigualdade social e preconceito aqui só esquece quando sai um gol,?? Ou um título fala sério hipocrisia.