O programa de sócio-torcedor do São Paulo recebeu sua última alteração em 2015, período em que o Tricolor recebeu diversas adesões. Desde então, os planos nunca mais foram atualizados, o que significa um retrocesso na visão de Julio Casares, candidato à presidência do clube do Morumbi que falou sobre as mudanças que deseja realizar no programa caso seja eleito.
“O sócio-torcedor será refundado. Hoje ele está arcaico, precisa estar dentro da modernidade. Nós fazemos tudo com o celular, então precisamos de um aplicativo para que o sócio-torcedor possa comprar produtos com desconto, comprar ingressos, participar de debates, enquetes e concorrer a prêmios. Do outro lado, teremos um título de capitalização, onde os são-paulinos à distância poderão ser sócios-torcedores com uma tarifa diferenciada. Nós vamos trazer benefícios, precisamos trabalhar na fidelização através de aplicativos e tecnologia. O São Paulo está arcaico, precisa se remodelar”, contou o candidato em live no Instagram da página São Paulo News.
Julio Casares será um dos candidatos à presidência do São Paulo nas eleições de dezembro de 2020
Ex-diretor e vice-presidente de marketing do São Paulo entre 2004 e 2015, Casares faz parte do conselho de administração da gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e, em teoria, será o candidato da situação nas próximas eleições do Tricolor.
Em novembro de 2020, o São Paulo passará por eleições no Conselho Deliberativo, onde os 240 membros serão renovados para 260. Um mês depois, os novos conselheiros eleitos e os conselheiros vitalícios elegerão um novo presidente.
Terra

Postei agora há pouco em outra notícia, vou colocar aqui também, porque a luz acendeu na minha cabeça com o post de um colega aqui no blog (dizendo que o clube utilizava pouco os ativos que tem, como autógrafos, para fidelizar torcedor).
Alguém já colocou no papel o quanto de dinheiro é jogado fora com ingressos não vendidos todos os jogos? É um ativo gigantesco de vários clubes e sub-utilizado, mas vou focar aqui no SP, numa conta bem de padeiro (e provavelmente um pouco longe do real, mas que ilustra a ideia):
– Qual a capacidade total do Morumbi? ~60k
– Qual a média de público que temos? ~35k/jogo
Isso leva a +- 15k ingressos não utilizados por jogo em média.
Vamos supor que desses, metade não seria vendidos de qualquer maneira (setor fechado, ou outros motivos parecidos). Temos agora +- 7k não utilizados.
Vamos supor que desses, ~75% precisam ficar disponíveis na bilheteria (compradores de última hora).
Sobramos com 2k ingressos que morreram sem uso.
Qual o preço médio do ingresso? 15 reais (joguei para baixo)?
15*2000 = R$ 30.000
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Obviamente é muita estimativa para esse ser o número real, mas a ideia é que temos, por jogo aproximadamente R$30.000 que poderiam ser usados pelo clube com outros fins (doação, liberar para sócio torcedor com desconto em cima da hora, fazer promoções pontuais, etc).
Isso tudo é custo zero para o clube (esse ingresso morreria de qualquer forma) e agrega valor de diversas formas.
Perceba que o custo para o clube é zero, mas o ‘mercado’ percebe como R$30.000 (um valor considerável).
Isso pode ser aplicado a ‘n’ outras coisas (imagina o que tem de material esportivo que é descartado, fica com atletas, etc).
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A falta de profissionalismo afeta os clubes não só na questão financeira, mas em todos os departamentos. Se você não profissionaliza o departamento de marketing (isso significa ter um estrutura independente da política, e contratar com base em histórico profissional, ter carreira estruturada), acaba ficando nessa loucura de baixa performance.
Vira esse samba doido de baixa preço / sobe preço. Parece que a única forma de aumentar venda é mexer no preço.
kkkkkkkkkkkkk
Percebi aqui que minha conta ta errada ainda por cima.
60k capacidade total – 35k média = 25k e não 15k (que vergonha hahaha).
Fica aí de troco, só para mostrar o quanto de desperdício rola, o número é maior ainda.
Concordo contigo. Imagina se fosse confiável e, por exemplo, para os sócios torcedores que não são de São Paulo eles fazem sorteio da bola do jogo. Já vale a pena participar.
A bola vem acompanhada de uma carta de algum jogador. Tem tanta coisa que pode ser feita.
“O futebol tem que ser refundado. Hoje ele está impotente, precisa ser reestruturado.”
Não tenha dúvidas que a questão do Sócio Torcedor tem que ser aperfeiçoada.
Só que, o principal e que tem que ser trabalhado, pois foi destruído, é o futebol.
Vejamos.
Seria bom que tivesse 10 milhões de Sócios Torcedores. E eu não tenho dúvidas, que muitos vão participar. Mas sendo realista, você sabe que grande parcela dos torcedores, não vão adquirir o plano.
No fundo mesmo, quem paga as contas do São Paulo, é o Futebol.
Até mesmo contribuiria para o aumento do Sócio Torcedor.
E o São Paulo, destruiu essa fonte de recursos.
De um Clube que não ficava a 2 anos sem disputar finais de campeonatos, a coadjuvante.
E lá na frente, isso faz a diferença.
= De 2007 a 2011 o São Paulo não chegou a finais de campeonatos.
= De 2009 a 2011 sem títulos.
= De 2013 a 2018 não chegou a finais de campeonatos.
= De 2013 a 2019 sem títulos.
= Eliminações para São Caetano, Avaí, Penapolense, Ponte Preta, Bragantino, Cólon, Talleres, Juventude, Bahia.
Consequência.
1) Deixa de arrecadar cota de televisão.
2) Deixa de arrecadar bilheteria.
3) Não arrecada nenhuma premiação. Copa do Brasil, não chega nem perto da premiação.
4) Deixa de arrecadar com o patrocínio. O patrocínio tem uma cláusula: O patrocínio irá depositar X e outros XX em caso de títulos.
Custou caro para o São Paulo: Ah porque o trabalho está sendo bem feito e precisa ser dado continuidade!
(trabalho bem feito: Perda de clássicos e eliminações de campeonatos).