O técnico Fernando Diniz demorou para conseguir cair nas graças do torcedor são-paulino. O comandante assumiu o cargo no final de setembro de 2019 e sempre foi alvo de muitas críticas, principalmente pela falta de resultados. Entretanto, em 2020, ele parecia estar se encontrando com o êxito.

Até a paralisação por conta da pandemia do coronavírus, o Tricolor do Morumbi havia disputado 12 partidas, das quais venceu seis, empatou três e perdeu três. No Campeonato Paulista liderava o seu grupo, com 18 pontos, e na Libertadores estava na segunda posição, com três pontos ganhos, apenas atrás do River Plate por conta do saldo de gols.

“O São Paulo vinha em um momento muito bom, com os resultados acompanhando a performance, embora no ano passado eu ache que o time também foi bem. Tivemos uma competência emocional bem fora da curva, sempre soube decidir bem os jogos importantes em que não havia margem para erro. Ano passado foi um exercício para criar uma casca emocional. Fizemos alguns ajustes táticos, aproveitamos muito bem o período em Cotia, trabalhamos algumas semanas cheias que também ajudaram a evoluir. No momento em que conseguimos traduzir a performance em resultado efetivo, houve a paralisação. Não foi o melhor momento para parar. Demoramos seis meses para atingir esse estágio”, analisou em entrevista ao Esporte Interativo.

Apesar de achar que a pausa não foi nada benéfica ao Tricolor, Diniz entende os motivos de tal decisão e concorda que ainda não é o momento ideal para um possível retorno. A ideia do clube paulista é passar treinamentos por meio de uma videoconferências para os seu atletas, para que eles consigam manter a forma e estejam aptos a jogar quando for possível voltar.

“Os ganhos provenientes de uma volta agora não equivalem minimamente ao risco. Estou de acordo com o que foi decidido aqui em São Paulo”, finalizou.

Gazeta Esportiva