A negociação entre São Paulo parece cada vez mais distante de existir. Em entrevista, o diretor financeiro do clube, Elias Albarello, descartou a possibilidade de o atacante uruguaio chegar ao Tricolor pela situação que o clube vive com as suas despesas, citando o gasto que ocorreu por conta da contratação de Daniel Alves.

“Antes de falar efetivamente de uma contratação, teríamos que avaliar efetivamente o momento que estamos vivendo no futebol. Eu entendo, e isso já é bastante discutido, que deveremos ter impacto também no nível de contratações e negociações. Não só em função da pandemia, mas se fizermos uma análise retrospectiva, percebemos que o Brasil não tem feito grandes negociações. Você conta nos cinco dedos de uma única mão quais foram os jogadores. Nós, inclusive, tivemos a felicidade de fazermos a negociação do Antony, mas foram poucos jogadores negociados. Entendemos como uma tendência no mercado mundial”, disse o dirigente.

“Por outro lado, especificamente no caso de contratação do São Paulo, foi divulgado o Cavani, isso não faz parte efetivamente dos nossos planos. Numa situação normal, já seria muito difícil, até porque estamos iniciando um projeto, audacioso, que foi a contratação do Dani Alves. A gente entende que é um projeto que vai se tornar um sucesso, embora já tenha tidos alguns resultados, mas que, neste momento, não acenaríamos com a possibilidade de nenhuma contratação, principalmente, de um jogador como o Cavani. Todos os torcedores gostariam de ter um jogador desse tipo no seu clube, mas temos que ter a responsabilidade de entender que, no momento que estamos vivenciando, não podemos falar disso”, completou.

Perto do fim de seu contrato com o Paris Saint-Germain, Cavani tem tido uma volta para a América do Sul especulada, com o interesse de times como o Boca Juniors. Em declaração recente, porém, Diego Lugano abriu a possibilidade de o atacante ir para o Tricolor Paulista.

“Creio que antes do Boca, ele vem comigo para o São Paulo. Se vier para a América do Sul. Venho falando com ele faz tempo, não é de agora. Ele sempre fala que gostaria de jogar a Libertadores. Mas economicamente é impossível que os times sul-americanos atinjam o que ele merece. Fica difícil. Sou muito amigo do Cavani e do irmão dele, que jogou comigo no Uruguai e eu considero um irmão mais novo. Falo muito com ele”, disse Lugano.

“Óbvio que o parâmetro econômico que ele atingiu na Europa é impossível para a América do Sul, mesmo para os times que hoje têm muito dinheiro. Ele está em outro patamar econômico, é muito difícil. Jogador sabe que a vida no futebol é curta e ninguém desperdiça dois ou três anos de carreira perdendo muito dinheiro. Não podemos iludir a torcida com sonhos muito altos, principalmente pela parte econômica, não que ele não quisesse estar por aqui”, completou.

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