Em meio à paralização dos jogos de futebol por causa da pandemia do novo coronavírus, o torcedor do São Paulo ganhou motivos para sonhar com outra grande contratação para o futuro: Edinson Cavani passou a ser especulado com mais força como reforço para o Tricolor do Morumbi.

Se em dezembro de 2019 Diego Lugano, superintendente de relações institucionais do São Paulo, disse que seria impossível ver o atacante – com quem atuou na seleção uruguaia – defendendo qualquer time sul-americano num futuro próximo, por motivos econômicos, o discurso mudou nos últimos dias.

Questionado sobre a chance de Cavani jogar pelo Boca Juniors, após o término de seu contrato com o PSG, em junho deste ano, Lugano surpreendeu.

“Acho que, antes do Boca, ele vem comigo para o São Paulo. Eu falo sobre isso há muito tempo, anos atrás, não é de agora”, disse o ídolo do Tricolor em entrevista ao Club Octubre, da Argentina.

O assunto, então, foi levado ao técnico do São Paulo. E Fernando Diniz deixou passar uma pontinha de esperança sobre a chance de ter mais um astro internacional para fazer companhia a Daniel Alves e Juanfran em sua equipe.

“Sempre existe a possibilidade. Não sei se o São Paulo vai trazer ou não, a engenharia financeira é sempre difícil, mas às vezes as coisas acontecem. Se ele pudesse vir, é claro que ficaríamos muito felizes”, afirmou o comandante para a TV Gazeta no último domingo (12).

O principal entrave para o São Paulo

Edinson Cavani tem contrato até o final desta temporada no PSG, clube onde virou ídolo e maior artilheiro de todos os tempos – com 200 gols.

Aos 33 anos, contudo, Cavani ainda tem espaço na Europa. E embora já tenha sido especulado em outros clubes brasileiros, o Velho Continente continua apresentando uma boa carta de opções. O Atlético de Madrid, por exemplo, é um dos principais candidatos a contar com seus serviços.

Mas não é apenas a concorrência de um dos principais times da Europa que pode esfriar o sonho de Diniz, Lugano e milhões de são-paulinos. A questão econômica é o que puxa os pés do Tricolor de volta ao chão.

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o São Paulo já anunciou redução de 50% dos vencimentos dos jogadores. Mas antes mesmo do drama causado pela Covid-19, o clube já vinha demonstrando dificuldades para arcar com os vencimentos do time.

Com folha salarial de cerca de R$ 12 milhões mensais, e tendo em Daniel Alves o maior salário do futebol brasileiro (em torno de R$1,5 milhão por mês), o São Paulo não teria, hoje, recursos para arcar com Edinson Cavani – que no PSG recebe o equivalente a R$ 50 milhões por ano.

Edinson Cavani sabe bem o que é o São Paulo e tem excelente relação com Lugano, mas isso pode não ser o bastante.

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