No diálogo com os adeptos, Lucas Piazón não foi só confrontado com perguntas relativas ao Rio Ave e à sua carreira recente, tendo sido igualmente interpelado a propósito da sua ligação ao futebol brasileiro, interrompida em 2011, ano em que deixou o Brasil para rumar ao Chelsea.

“Comecei a jogar futsal no Coritiba, com 9 ou 10 anos, passei pelo futebo de campo também, cmo 12 ou 13, joguei lá um ano, mas a situação do clube estava muito complicada. Mudei-me nessa altura para o Atlético Paranaense, que tinha uma estrutura melhor, era mais organizado. Joguei lá um ano e meio e aos 14 fui para o São Paulo”, disse Lucas Piazón, natural da cidade paulista.

“O São Paulo foi o meu clube de coração quando era pequeno, foi muito bom poder ter estado lá três anos na formação. Tenho saudades daquelas épocas e espero poder voltar. Não pretendo terminar a carreira na Europa. Se tivesse a opção de voltar um dia e encerrar a carreira no São Paulo ou outro clube do Brasil aceitaria. Mas se pudesse ser no São Paulo seria ainda melhor”, comentou o médio, que aos 26 anos ainda está algo longe desse final de carreira…

Piazón assumiu ser um especial fã de Ronaldinho Gaúcho. “Quando o Barcelona jogava, eu parava o que estava a fazer para o ver a jogar”, disse, elogiando ainda Ronaldo, o fenómeno. “É inspirador, pela superação que teve durante as lesões que sofreu, horríveis e sempre deu a volta”, comentou. Mas também elogiou o Ronaldo português, o que joga na Juventus. “O Cristiano Ronaldo, pela sua mentalidade e forma como trabalha. É o jogador português preferido, ainda mais da geração que sou, foi o que mais acompanhei”, apontou.

A mudança para a Europa, em 2011, proporcionou vários desafios a Lucas Piazón. Está, desde então, vinculado ao Chelsea, mas teve vários empréstimos nos últimos anos, nomeadamente ao Málaga, Vitesse, Eintracht Frankfurt, Reading, Fulham e Chievo.

“No Chelsea, e depois do primeiro empréstimo, faltaram oportunidades. Antes de sair pela primeira vez, fiquei lá seis meses, fiz três jogos, dois a titular e um vindo do banco. Tenho duas assistências no currículo e depois nunca mais joguei. Hoje estou avaliado em 750 mil euros? Isso é o preço do ‘Transfermarkt’ e nunca os vi a acertar no valor da transferência de ninguém. Mas é justo. Fiquei um ano sem jogar, com um ano só de contrato, o preço caiu e fiquei barato”,disse. “Quem me conseguir levar por esse preço estaria a fazer um bom negócio”, gracejou.

“Gosto da minha carreira. Diverti-me, joguei em várias ligas, em vários países, em muitas boas equipas… Levo isto para o lado positivo. Eu tive um ano mau, o ano passado, onde mal joguei, estive seis meses no Chelsea sem jogar e o resto da época em Itália, o que foi ruim. Mas o balanço da carreira é positivo”, comentou.

Record – PT