passaro

O São Paulo tem um dos elencos mais caros do futebol brasileiro, com contratações de destaque nas últimas temporadas, como Daniel Alves, Juanfran, Pablo e Alexandre Pato. Mas agora com a parada devido à pandemia do novo coronavírus, o clube propôs uma suspensão salarial de 50% do valor de seus atletas, que proposta que não foi bem recebida por eles.

“Um clube atrasado na sua gestão com relação a seus adversários, com queda de receita, dependente extremamente de vender jogador para tentar fechar conta, e gastador. Gastando com Trellez, com Jean, com Diego Souza, com Nenê, com Everton, que é bom jogador mas vive machucado, isso não é novidade, já se machucava no Flamengo, custou uma grana. Vários atletas ou de nível técnico duvidoso, Carneiro, ou então jogadores que tinham muitas lesões, ou já eram veteranos. E o São Paulo investiu nesse pessoal todo.”, afirma Mauro Cezar.

“Não ganhou rigorosamente nada, título algum, aí de repente, capitaneados pelo Raí, ex-jogador — você vê que o fato de ser ex-jogador não quer dizer muita coisa quando você vira cartola— e o Raí vai lá e fala em reduzir o salário dos caras em 50%. Mas como é que é isso? Agora vamos reduzir? Agora o São Paulo quer equilibrar receita e despesa? Nunca esteve muito preocupado com isso. Algumas semanas já são o bastante para querer reduzir salário, mudar tudo? Não consigo entender, realmente não consigo compreender isso”, completa o jornalista.

Para Mauro Cezar, a postura de querer a redução temporária dos salários é incompatível com um clube que gastou tanto e tem em seu elenco alguns dos jogadores mais bem pagos do futebol brasileiro, como Daniel Alves. “É o clube que no ano passado fez a contratação em termos salariais mensais, pelo que consta, mais cara do futebol brasileiro, o Daniel Alves, jogador mais bem pago do Brasil. Ótimo jogador? Sem dúvida alguma. Mas quem faz esses investimentos, quem joga tão pesado no seu dia a dia há anos, não parece muito preocupado com receita e despesa, com ela balança bem equilibrada. Aí surge um problema mundial, a pandemia, ‘opa, vamos agora resolver aqui reduzindo os salários dos caras. Eu acho muito estranho”.

UOL