Raí, diretor executivo de futebol do São Paulo, explicou que a negociação com os atletas do clube não está sendo fácil. Em entrevista, o ídolo do Tricolor paulista afirmou que conta com o bom senso dos jogadores para que o clube não sofra tanto em meio à pandemia de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Com o futebol paralisado, o São Paulo estima perder até R$ 100 milhões de reais durante dois ou três meses. Por isso, a diretoria já concedeu férias coletivas aos funcionários e, agora, espera entrar em um acordo para deixar de pagar parte do salário aos atletas.

“Conversamos com jogadores. Não é fácil. É uma coisa nova. Envolve dinheiro, negociação e é algo incerto. Ninguém sabe quanto tempo vai durar ou ficar parado. Negociação coletiva nunca é fácil. Mas foi uma conversa sempre contando com bom senso e uma conversa aberta. Tentamos colocar para os jogadores que o que vamos tentar fazer é o viável no momento”, disse Raí, em entrevista à “CBN”.

“O que é possível para o clube e que eles compreendam que, na medida do possível, fizemos uma proposta, dentro do possível, para que eles não percam nada mas que tenhamos um prazo. Foi colocado e tentando explicar”, continuou.

O São Paulo propôs congelar o valor referente aos direitos de imagem e cortar 50% dos valores da CLT, que seriam reembolsados em seis meses. Além disso, o clube teria garantido um mínimo de R$ 50 mil mensais.

“Obviamente precisa de um tempo para tudo isso ser digerido. A cada semana se apresenta uma realidade diferente. O Trump saiu de duas semanas atrás falando de economia e agora fechou o país até o final de abril. É muita coisa nova. São desafios nesse acordo que vamos buscar no curto prazo. Não tenho dúvida nenhuma que vamos voltar com tudo no mesmo astral em que estávamos”, completou.

Assim com os futebolistas, Raí e outros membros da direção são-paulina também sofrerão cortes de salário a partir deste mês.

Jovem Pan