Antes da paralisação da temporada devido à pandemia do novo coronavírus, o São Paulo vinha em evolução no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores. Segundo o meia Hernanes, isso se deve pela adaptação dos jogadores ao estilo do técnico Fernando Diniz. Em entrevista ao programa Troca de Passes, da Sportv, o camisa 15 elogiou o treinador e explicou como o treinador pensa o jogo.
“O Diniz é um cara que pensa o futebol de um jeito muito organizado, muito planejado. O futebol do Diniz é menos individualista, ao contrário do que é a característica do nosso futebol. Lembro que nosso sistema tático sempre foi baseado em ter grandes jogadores e dar a bola nos caras para eles resolverem. Mas não é assim o futebol europeu e não é assim o futebol do Diniz. Ele quer que todos participem da criação do jogo e do sistema defensivo, todos marcam e todos atacam. Ele pede para jogarmos simples. E o jogador brasileiro não está acostumado com isso. A gente joga com quatro, cinco toques na bola para dar a sequência na jogada. O Diniz não quer isso, então temos que nos adaptar”, declarou o jogador de 34 anos.
Hernanes apontou a confiança dos jogadores no trabalho do técnico como outro ponto determinante para a melhora da equipe. “A coisa mais importante é quando o time inteiro começa a acreditar, confiar de verdade no trabalho. É aí que a gente vê a diferença. No meu ponto de vista, o time estava começando a acreditar no sistema do Diniz, por isso estava tendo essa evolução”, contou.
O meia também colocou o comandante como um dos melhores treinadores com quem trabalhou na carreira. “A coragem às vezes pode ser burra, de a gente querer fazer as coisas a qualquer custo. Então, sem o entendimento, sem saber o que o Diniz quer proteger, aonde ele quer chegar, como quer chegar, a gente pode querer ser corajoso apenas por ser corajoso e atrapalhar todo o processo. Falo por mim, o Diniz é um dos melhores treinadores que já tive. Sou um cara que gosta de entender o jogo e o entendimento que ele tem do jogo é diferenciado, muito lógico”, acrescentou.
Gazeta Esportiva
O Hernanes é o melhor exemplo de um líder positivo, mesmo sem ser titular, mesmo vendo outro medalhão (Daniel Alves) brilhando, não fica de carinha feia, não dá entrevista falando coisas que vá contra o time, não demonstra estar contra o treinador e ainda demonstra pra torcida a capacidade que ele enxerga no Diniz, isso conta demais, acrescenta muito um cara com toda sua experiência e bagagem, apoiar o treinador mesmo sendo um reserva. No país não há outro time que tenha ídolos como nosso SPFC, ídolos futebolisticamente e na parte de ser humano, ser justo, falar o que deve ser dito, me orgulho demais dos ídolos que nosso tricolor tem, como Muricy, Raí, Rogério Ceni, Hernanes, Lugano, Zetti, Telê, entre muitos outros.
Mesma linha do Lugano.
Hernanes é muito profissional, um homem sério, mas que não está conseguindo render todo seu potencial.
No esquema tático atual as coisas estão difíceis para ele: a) Não tem como fazer as alas (falta perfil e dinâmica); b) não tem como ser primeiro volante (embora fosse excelente opção para qualificar a saída de bola); c) não tem a velocidade de chegada na área e recomposição do Dani Alves para disputar a posição com ele; d) está abaixo do Igor Gomes na questão de velocidade de passe e chegada para finalização, por isso a reserva.
Em um sistema tático parecido com o do Flamengo, Hernanes teria chance na posição de Gerson. Com Dani fazendo a de Everton Ribeiro.
Preocupa o futuro pois sem Antony (longe de ser diferenciado) e Igor Gomes (esse sim uma grande perda caso vá para Madrid – e tem que exigir lá em cima, 35 m euros, no mínimo), haverá necessidade de reforço na criação.
Com a saida do Antony, talvez o Diniz repense no esquema e encaixe o Hernanes no time.