Enquanto estamos sem jogos de futebol por tempo indeterminado, aproveito para trazer uma reflexão sobre o trabalho de Fernando Diniz, atual técnico do ​São Paulo, sob um ponto de vista feminino. Só para reforçar, o artigo que você lerá a seguir é a opinião de uma jornalista, do sexo feminino, sobre a atuação do técnico no clube paulista.

Em setembro de 2019, depois da derrota para o Goiás no Campeonato Brasileiro e, consequentemente, a demissão de Cuca, as partes chegaram em um acordo e o Tricolor Paulista anunciou Diniz como novo técnico. Antes de chegar para o comando do São Paulo, ele havia sido técnico do ​Fluminense. E as experiências dele com o clube carioca não foram tão boas assim.

“Ah, mas em cada time de futebol é diferente”. Concordo parcialmente com essa frase. A questão não é necessariamente o técnico, sua pessoa física, mas sim a relevância do seu trabalho, isto é, a acomodação dos feitos do profissional junto ao desempenho da equipe. No Flu, Diniz teve bom início. Porém, a bomba veio só depois, quando a equipe não consegui bons resultados e chegou ao terror do Z-4. 

Já no São Paulo, Diniz continua aguentando aos trancos e barrancos. Ele não tem números 100% satisfatórios no clube, mas também não são para descarte. Na minha opinião, o São Paulo de Diniz não vence e ao mesmo tempo não convence, como disse Rogério Barolo. Embora grande parte do elenco esteja se acostumando ou já se acostumou com o estilo do técnico, como Daniel Alves, Antony, Igor Gomes e outros, ainda não vejo aquela evolução que o torcedor almeja.

É claro que eu posso estar errada. Tem torcedor que ama o trabalho do Diniz, que até já criou o Dinizismo como forma de identificação do torcedor com o técnico. Com a paralisação dos duelos devido à pandemia do novo Covid-19, o Dinizismo está exacerbado na internet. Tanto que dividiu o público na escolha do nome para exaltar os trabalhos: Dinizismo ou Dinizmo? 

Seja Dinizismo ou Dinismo, uma coisa é certa: o técnico pode, e muito, surpreender a todos os torcedores do Tricolor Paulista. Inclusive eu, jornalista e autora desse artigo. Pode ser que, após o retorno dos treinos e partidas, e rezamos para que isso aconteça logo, Diniz pegue todo mundo de surpresa. Até quem não é torcedor do Dragão da Real.

Carol Castro