Amigos tricolores,

Existem coisas dentro do nosso time, que eu não tenho a menor dúvida, são pontos indiscutíveis. O primeiro deles se refere ao grande mestre Telê Santana, o maior técnico que já tivemos. Em seus pouco mais de 5 anos no tricolor, ele comandou o nosso time a mais de 30 títulos e colocou o São Paulo em um patamar que até hoje nenhum outro time Brasileiro chegou. O Flamengo, vai bem, mas precisa correr muito para chegar perto. Para mim, Telê não foi apenas o maior técnico que o tricolor teve, mas o maior técnico que o mundo teve!

Por mais que Telê tenha ganho muito mais títulos, outro ponto que nem discuto é o fato de que seu discípulo, Muricy, é sem dúvida o técnico com maior identificação com o São Paulo, e sem dúvida o técnico que mais tem identificação com um time do futebol brasileiro. Tite e Felipão/Luxemburgo ganharam muitos títulos importantes pelos outros times, mas eles não tem o carinho e respeito do torcedor na mesma medida que Muricy tem no tricolor.

Sobre Fernando Diniz

Na semana passada, Muricy esteve no CT do São Paulo para uma matéria de um quadro que faz na Globo. Além de ser, disparado o melhor comentarista da emissora, e do país, Muricy leva seu jeito de ser para a emissora e tem conquistado fãs, torcedores de todos os rivais. Ele tem um carisma enorme, como do goleiro Marcos, que mesmo tendo jogado em outro time, conta com a simpatia de torcedores rivais. Difícil não rir com os dois.

Muricy deixou claro que tem gostado do trabalho do Diniz, que ele não foge as convicções e que mudou a forma como o São Paulo joga. De fato, isso é verdade. Em outro momento, nosso querido Muricy afirmou que Diniz faz o mais difícil que é fazer o time criar as chances de gol, não converter é muito mais culpa dos jogadores. Outra verdade!

Eu não sou fã do Diniz e ainda acho que ele é um técnico mediano, que não está à altura do tricolor, entretanto, concordo com os pontos do Muricy. Por exemplo, contra a Ponte Preta, uma inversão de posição fez Igor Vinicius, cair na ponta esquerda e dar um passe de calcanhar para Vitor Bueno. Isso mostra treino e que o São Paulo busca mudanças de peças para confundir a defesa, porém, o chute que Bueno deu foi tão bizarro, que a bola quase foi para a lateral. Uso esse exemplo, dentro de vários, para exemplificar o que Muricy quer dizer. Isso sem contar com o gol que Pato perdeu contra o time da Lava Jato.

Time ganhando força

A torcida do São Paulo está muito preocupada. Estamos sem um título importante há anos. Estamos na fila do Paulista há 15 anos, por exemplo. Estamos longe de chegar na fila que os rivais ficaram de 17 e 23 anos, mas também estamos de saco cheio de ver esses rivais levantando taças e nós comemorando “time grande não cai…” até porque time grande cai sim!

Está muito cedo para ilusão

Estamos vindo de uma boa sequência de vitórias, é verdade, entretanto precisamos sempre analisar friamente. O São Paulo – que há tempos se apequenou como time, mas jamais como instituição e marca – quando tem uma sequência boa inflama a torcida, isso é ótimo, mas há de se pensar um pouco com a razão e menos na emoção, se é que é possível pensar sem emoção no futebol.

Ganhamos de times que estão na parte debaixo da tabela. O campeonato paulista não preza pela dificuldade, principalmente para os 4 times grandes da capital que sempre acabam na reta final disputando título entre eles. Um ano ou outro há uma supresa na semifinal ou mesmo na final, mas essa supresa acaba perdendo o título para o grande.

O artigo que estão lendo hoje, foi escrito antes de um dos nossos maiores desafios. A Libertadores! Espero que o São Paulo jogue bem e que vença o primeiro rival. Aí poderemos sonhar mais alto. Por hora, só penso que nós 2 grandes desafios do ano, antes da Libertadores, empatamos com o time da Lava Jato e perdemos para o Santo André, um dos líderes da competição.

Por hora, o Muricy tem razão ao dizer que o time do Diniz joga diferente e com um futebol mais moderno. Isso ele tem razão, mas ainda é cedo para sonhar. Espero, do fundo do coração, mudar de opinião em breve, avaliar que Diniz evoluiu como técnico e que conseguiu implementar sua filosofia de jogo.

No papel, a filosofia dele é interessante, faz sentido e até resgata o “futebol raiz” do Brasil, mas a prática está longe da teoria. Espero em breve mudar de opinião é que Muricy, mais uma vez, esteja certo! Bom para todos os São Paulinos, se isso ocorrer!

Desejo 2020 bem diferente!

Com títulos!

Até o momento isso está se desenhando favorável.

O tempo será o senhor da razão!

Vamos São Paulo!!!