Depois de três anos de enrolação, a cúpula do São Paulo decidiu enterrar de vez qualquer projeto de tornar o clube democrático com eleição direta para presidente do clube pelos sócios. Nesta semana, o repórter Bruno Grossi, aqui do UOL, revelou que as justificativas usadas foram a presença de torcedores rivais no quadro de sócios do clube e a suposta modernidade do estatuto do tricolor paulista. Trata-se de um escárnio com o sócio e com o torcedor são-paulino.
O São Paulo é um dos clubes mais conservadores entre os grandes do Brasil —talvez esteja na liderança nesse quesito. Para se ter ideia, restam apenas o clube do Morumbi, o Cruzeiro e o Atlético-MG com eleições indiretas entre os maiores times do Brasil. O Vasco está em processo de transição para eleição direta, já pré-aprovada.
Quando eu cobria São Paulo pela “Folha de S. Paulo”, há uns dez a 12 anos, ouvia dos dirigentes são-paulinos a mesma desculpa para manter a condição antidemocrática. “Há torcedores de outros times sócios que podem interferir”. Agora, o estudo do São Paulo mostrado pelo UOL repete o argumento: “Embora não haja um estudo que comprove precisamente a quantidade, tem-se o conhecimento e convicção de que metade dos ‘sócios do São Paulo Futebol Clube não (são) efetivamente torcedores.”
Primeiro, o estudo admite que toma uma decisão baseado em um dado que não é comprovado por fatos checados, isto é, a diretoria são-paulina sequer se deu ao trabalho de levantar qual o percentual de torcedores de outros times no seu quadro. Segundo, se essa tese fosse verdadeira, não seria o único clube a ter torcedores de rivais. Terceiro, era só incluir sócios-torcedores entre os votantes que isso facilmente se diluiria.
No mesmo documento, o clube define sua estrutura como “historicamente consagrada” e de “enorme tradição”. Consagrado tem o sentido de aprovado, sancionado. Bem, será que essa estrutura é aprovada por obter resultados esportivos? Não os consegue de forma significativa desde 2008 quando os dirigentes repetiam esse discurso. Será que essa estrutura é aprovada pela torcida? E pelos sócios? Só podemos ter certeza mesmo que ela é consagrada pelos 200 e tantos cardeais que se favorecem dela.
Dito isso, vamos a questão essencial: já ficou claro que a cúpula do São Paulo não vai abrir mão do poder e não vai mudar nada no clube que segue sendo gerido de forma pouco transparente, por um presidente impopular (Carlos Augusto Barros e Silva) e com resultados insatisfatórios para a maioria dos que pagam a conta (torcedores). Sendo assim, o ponto é o que os torcedores e sócios são-paulinos farão a respeito?
Temos exemplos. Diante da crise generalizada, a torcida do Cruzeiro se mobilizou para pressionar pela renúncia de Wagner Pires de Sá e depois fez um movimento de associação pedindo voto direto. Ainda haverá uma discussão de reforma estatutária sobre isso, que provavelmente se dará após a eleição. É difícil acreditar que não haverá pressão forte pelo voto direto.
Mais emblemático é o movimento “Nova Resposta Histórica” feito por grupos políticos de sócios vascaínos. O Conselho Deliberativo do Vasco já aprovou a eleição direta – o atual presidente Alexandre Campello foi eleito contra a vontade da maioria dos sócios. Mas o novo formato de votação pode vir acompanhado de uma pegadinha empurrada por conselheiros com medidas anti-democráticas. Por isso, houve a reação dos sócios.
Baseados no Código Civil, o grupo “Nova Resposta História” tenta juntar assinaturas de um quinto dos associados do Vasco para forçar uma votação na Assembleia Geral da aprovação da eleição direta, sem pegadinha. O nome do movimento é uma referência à carta feita por dirigentes do Vasco em 1924 em que abre mão de jogar a liga carioca que tentava excluir seus jogadores negros com um argumento (falso) de que eram profissionais. Caso consigam pouco mais de mil assinaturas, os associados poderão se sobrepor ao Conselho, composto por inúmeros nomeados nas seguidas gestões de Eurico Miranda.
É esse o caminho para o sócio são-paulino. Já que seus conselheiros só pensam no próprio status, cabe aos sócios tomar o destino do clube em suas mãos. Não faz nenhum sentido um clube do tamanho do São Paulo se manter preso a essa estrutura antidemocrática e arcaica. Não existe transformação real de um clube, nem modernidade, se este não está aberto aos que pagam a conta, os torcedores e sócios.
UOL – Rodrigo Mattos
Esse é o caminho, tem que haver mobilização da parte dos sócios e sócio torcedor, para mudar esse clube. Não adianta clube empresa se essa empresa vai ficar nas mãos dos mesmos, vai ficar pior, pois agora eles serão donos.
Gostei do texto. O SPFC tá cheio de parasitas.
Infestado.
Palmas efusivas para essa matéria!!! Mostrou o problema e apontou uma possível solução.
Tivemos uma década difícil.
Terceiro mandato do Juvenal Juvêncio, eleição do Aidar, renuncia, Leco Presidente.
Mas até que o São Paulo teve times bons.
Time bom em 2012, apesar da fase ruim time bom em 2013, time bom em 2014, time bom em 2015, time bom no primeiro semestre de 2016, time bom no primeiro semestre de 2017, time bom em 2018 e time bom em 2019.
Olha o Palmeiras por exemplo, caiu em 2012 e foi salvo pelo Santos em 2014.
O Flamengo que está bem ultimamente, perdeu vários jogos para o São Paulo nessa década.
Eu acho que o São Paulo teve alguns avanços.
Um foi a reestruturação das categorias de base, hoje é uma das melhores do Brasil.
Outra foi em tornar os Departamentos do São Paulo profissional.
Os próximos passos, tem que ser:
1) Reestruturar o Departamento de Futebol profissional.
(alguma coisa já começou a ser feito nesse sentido, com o Raí, Lugano).
2) O Julio Casares ser o melhor Presidente do Marketing e da Comunicação.
(tudo indica que será o Julio Casares o próximo Presidente).
3) Cumprir com as metas orçamentárias.
(O Zanquetta e a Layla Reis, informaram que o Conselho de Administração estão fiscalizando os gastos).
4) Separar o Futebol do Social.
Esse é o ponto.
Precisamos e dependemos de alguém de verdadeiramente lidere um grupo de coalizão como dito pelo Zanquetta.
Um reformista pra sacramentar as mudanças estruturais engavetadas por esses trastes atuais e consolide outras implementações como o clube empresa que sacramente um modelo de governança corporativa e gestão profissionalizada.
Alguém que empunhe a bandeira de uma vigorosa recriação de todo o nosso futebol promovendo no pacote a integração definitiva de todas as categorias da base com o profissional.
Uma bandeira de austeridade com as finanças, valorizando e utilizando cada vez mais a própria base, contratando peças cirurgicamente escolhidas pra fortalecer a espinha dorsal desse nosso elenco atual que já é muito bom.
Vendendo ainda alguns meninos pra poder sanear o quanto antes as nossas finanças.
Adotando um programa de redução de custos e despesas, atrelado a um projeto de incremento de receitas, em especial com um novo modelo do sócio torcedor.
Este jornalista carioca sugere que o São Paulo vire um Vasco da Gama. Um cara que nem sabe onde fica o clube gostou de dar um pitaco. O estudo feito mostrou que mais da metade dos sócios não são torcedores do São Paulo Futebol Clube. Eu gostaria de sugerir: Os sócios votam para eleger os diretores ligados ao Social (o Social, os de futebol social, tênis, etc,) do clube e os conselheiros elegem o presidente. Quanto aos sócios torcedores? Compram um título social e não só ficam credenciados a votar como podem até ser candidato a presidente do clube.
A comparação é tão somente no exemplo de mobilização dos sócios. E a resposta a essa questão de torcedores de outros clubes é óbvia e já foi dada no texto. Mas baseado na sua proposta vou além: que tal os sócios elegerem o representante da área social e apenas os sócio-torcedores elegem o presidente do futebol? Pra isso não precisa de título não. Iso sim traria representatividade real a quem dá o verdadeiro suporte a instituição. Qualquer coisa menos que isso é enrolação em nome de uma tradição carcomida e embolorada, sustentada pela arrogância dessa pretensa elite iluminada.
Vejam como as coisas ocorrem nesse SP onde tem prevalecido os interesses individuais.
Como artífice das mudanças no estatuto o CMA atendeu aos interesses do JJ e seu grupelho pendurado a décadas nas tetas das benesses e do poder.
Mudanças estruturais de real interesse do clube são todas engavetadas por essa cambada, e pior com a omissão e cumplicidade desse sistema carcomido de conselhos.
Conselhos e conselheiros inertes e submetidos a um vergonhoso formato de compadrio que nada fazem e tudo permitem.
Conselheiros satisfeitos com o status que seus assentos e carteirinhas lhes conferem e abastados com as benesses e honrarias que a função lhes oferece.
Conselhos consultivo, deliberativo e fiscal satisfeitos com a agenda de festividades e jantares programados.
Conselho de Administração que tudo aprova e não impede, abençoando todas as medidas e decisões adotadas.
São Paulo é um feudo.
Particularmente gosto das coisas como estão. Não vislumbro vantagens no outro modo político. Pelo contrário: a probabilidade de erro é muito maior.
Pq o uso de proxy para logar aqui?
Pra mascarar o número de IP e ninguém descobrir que tais falas saem dos computadores da patota?
É uma possibilidade…
Se ele quiser vai ter que mostrar a cara… Mas sem Proxy…
Voce deve fazer parte da patota, pra concordar com essa ditadura.
Nem dou atenção pra o que esse cara fala.
Caros,
Não adianta querer, exigir ou espernear.Tenho 50 anos como associado do clube e lhes digo com todo conhecimento de uma pessoa que praticamente nasceu e foi criado lá dentro:
Jamais haverá a separação do clube e do futebol, pois, para isso, é necessária a concordância dos sócios, e, isso, jamais ocorrerá.
E o voto direto do associado muito dificilmente, mas, se ocorrer, tenham certeza que as coisas degringolarão de vez, pois, certamente, em pouco tempo, teremos um presidente que torce por outro time.
Em tempo, vcs acham que o Julio Casares está fora dessas falcatruas do CMA e que seria um ótimo candidato à presidência, né???
Então, devo lembrá-los que era o Vice-presidente na gestão do pilantra Carlos Miguel Aidar.
Essa história de ter medo de torcedores de outros clubes que são sócios do são paulo e por isso não poder votar para presidente é uma velha e injustificável mentira. em 1966, portanto a quase 54 anos, meu irmão mais velho que ja faleceu era sócio do são paulo futebol clube.Um dia ele perguntou para um dos conselheiros o porque de sócio não poder votar e a resposta foi a mesma, ou seja essa resposta esfarrapada e sem nem um argumento.
O São Paulo, segundo o jornalista Emerson Gonçalves, especializado em estatística é o único clube do mundo que sócio não vota para presidente e pelo que me consta, estamos bem atrás de todos eles. Outrossim, para libertar mesmo o clube tem que sócios torcedores votar. Sócio torcedor é o fã mais sincero que pode existir.Ele paga para torcer. Eu sou um deles. Pago trinta reais por mês desde quando o projeto foi instalado em 1999. Não adianta essas ratazanas se espernearem. Tem que mudar. Se nada for feito, dentro de mais 16 anos não teremos clube para torcer.
Olha, morei 10 ano no Morumbi, a 3 Km do Estádio. Foi onde tive meus filhos, estudaram em escolas da região e posso afirmar com conhecimento de causa que no meu circulo de amizades conhecia mais pessoas sócias do SPC que NÃO eram são paulinas do que são paulinas, Diria na razão de 5 x1 ,até hoje o Morumbi é carente de lazer e nem todos podemquerem ser sócios do Paineiras. Aliado a isso, o SPFC nas ultimas décadas fez diversas promoções de sócios para atrair os moradores da região.
A maiora era corintiano, alguns extremamente fanáticos, frequentadores de estádio e que assinavam Premiere.
Ai eu pergunto, pq um sócio desses vai votar no melhor candidato que ao SP futebol?
Mesmo com uma década perdida esses mesmos parasitas não largam o osso, as vezes até dividem, mas não largam.
Sério, o que pode ser pior do que 3 anos de JJ mudando o Estatuto, Aidar “Maidana” e por último Leco sem caneco?
Eu nem gosto de comentar política por isso, sempre vai ser assim, nunca vai mudar.
Nem em democracia eu acredito, imagina em clube de futebol onde dá pra “fazer negócios diferentes” indiscriminadamente.
Só gosta do sistema como está quem se beneficia com ele.
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Separando o social do futebol (profissional e de base), torna mais fácil a democratização do clube ao colocar o sócio-torcedor que paga em dia para votar.
Precisam dar independência ao diretor de futebol. De repente, tornar uma espécie de primeiro-ministro e o presidente do social pode convocar novas eleições desse diretor de futebol, caso ele não agrade.
Enquanto o diretor de futebol estiver no poder, ele decide tudo o que passa pelo futebol, de patrocínios até roupeiro. O presidente do social só teria poder de convocar novas eleições, após pesquisa com os sócios-torcedores e só.
Poderia também sempre ter uma chapa garantida do presidente do social contra uma dos sócios-torcedores ou simplesmente contra alguém vindo de fora para ser esse diretor/presidente do futebol.
O que não pode é ficar do jeito que está. Muito Zé Ruela querendo ser presidente do clube só para fazer besteira no futebol.