No último sábado o São Paulo recebeu o Corinthians no Morumbi e as duas equipes não passaram de um empate por 0 a 0. Além de ter deixado de somar os três pontos, o São Paulo foi multado em R$ 10 mil pela Federação Paulista, já que  Douglas Marques das Flores, que apitou o clássico, relatou diversas ofensas e xingamentos por parte de dirigente do Tricolor.

Na súmula da partida, Douglas Marques das Flores relatou que os dirigentes Diego Lugano e  Fernando Bracalle Ambrogi, o Chapecó, teriam o ofendido. Ainda segundo o árbitro, o gerente de futebol José Carlos dos Santos também foi autor de reclamações.

“Informo que ao sair do campo de jogo e já estando presente no corredor de acesso ao vestiário dos árbitros, a equipe de arbitragem foi parada por dirigentes da equipe do São Paulo FC, onde foi identificado os senhores: Diego Alfredo Lugano Moreno, que proferiu as seguintes palavras “safados, filho da puta”, e Fernando Bracalle Ambrogi, que proferiu as seguintes palavras ” Agora vocês chamam a polícia, trabalhamos a semana inteira pra você vir aqui e fazer isso”. Informo ainda que foi necessário a intervenção da polícia militar”, disse o árbitro na súmula.

Ao final da partida no túnel de acesso aos vestiários, dirigentes do SPFC Diego Lugado (sic), Fernando Bracalli Ambrogi, alem de alguns integrantes da comissão técnica, estavam bastante exaltados, proferindo xingamentos e reclamações como “Ladrões precisam mesmo de polícia!” “Estamos sendo roubados dentro de casa!” contra a comissão de arbitragem, chegando ao ponto de partirem para cima dos mesmos, que precisaram ser escoltados pelo Choque. O integrante da comissão técnica José Carlos dos Santos saiu do vestiário logo após a confusão e dirigiu-se em direção da delegada da partida gesticulando de forma exaltada e exclamando reclamações contra a FPF como “Você entra o meu vestiário ditando regras, mas na hora da Federação cumprir fazem essa merda!”

 “Choque resguardou o corredor dos vestiários durante aproximadamente 40 minutos, sob o comando do Tenente Alan e após sua saída, permaneceram no local a segurança do estádio, sob o comando do gerente Gilson Barbosa, integrantes da equipe de apoio Valtier e Sidney, e a delegada, até a saída da arbitragem as 22:35 “,  escreveu o árbitro.

A punição foi baseada e aplicada de acordo com o artigo 5º do relatório geral de competições do Paulistão, que fala em tumulto e agressão física ou verbal. O valor da multa poderia variar de R$ 1 mil a R$ 200 mil. Confira:

Art. 5º – Ocorrendo tumultos, com agressão, ofensas físicas ou verbais ao árbitro, árbitros assistentes, quarto árbitro e/ou representantes da FPF ou qualquer infração a este RGC ou ao REC, o Clube ou qualquer um de seus dirigentes, independentemente da punição que lhes possam ser aplicadas pela JD, ficam sujeitos às seguintes sanções de natureza administrativa impostas pela FPF:

  • I. Multa de R$1.000,00 (mil reais) a R$200.000,00 (duzentos mil reais);
  • II. Reprovação do Estádio;
  • III. Suspensão pelo prazo de 30 (trinta) a 360 (trezentos e sessenta) dias;
  • IV. Desfiliação, em caso de reincidência, nos termos da legislação vigente

A revolta são-paulina foi por um pênalti não marcado de Camacho em Igor Gomes, já nos minutos finais da partida. No tumulto, Lugano precisou ser contido por policiais.

A procuradoria do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) ainda pretende denunciar Lugano por conta dos xingamentos ao árbitro e o São Paulo pelo gritos homofóbicos que parte de sua torcida direcionou a Cássio, goleiro do Corinthians.

Torcedores.com