Daniel Alves deve voltar a lateral direita? ou jogar no meio de campo? a discussão que comanda os debates de grupos de torcedores do São Paulo foi levada ao técnico Fernando Diniz e a resposta pelo uso dele no meio de campo é pelo poder de fazer toda a equipe participar coletivamente do jogo.

Em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, no último domingo, o comandante do Tricolor confirma que Dani não é um clássico camisa 10, mas a sua força coletiva em campo tem sido crucial para a equipe do Morumbi.

“O Daniel Alves é um jogador coletivo, quando ele joga no meio não é um jogador com as características do Raí, do Kaká, ele não é um 10. Mas quando ele vem com esse nome, com esse peso que ele tem, fica no imaginário que o Daniel Alves vai ser o cara que vai pegar a bola, driblar dois, três caras e fazer o gol”, argumenta o treinador.

“Quando ele vem para o meio, ele articula muito o jogo, bota o time todo mundo para jogar. Naturalmente ele vai fazer um gol, vai dar um passe diferenciado, mas nunca foi um 10 que jogou próximo dos atacantes. Quando ele vem jogar na meia por dentro, ele bota todo mundo para jogar”, explica.

Após deixar o PSG, da França, em julho passado, Daniel Alves foi contrato pelo São Paulo no mês seguinte, ganhou a camisa 10 e não temeu chamar a responsabilidade de protagonista para ajudar o clube a encerrar o jejum de oito anos sem títulos.

“(O Daniel) pode jogar na lateral, ele nunca me pediu (para jogar no meio), tanto é que quando eu cheguei coloquei ele na lateral. Conforme as coisas foram acontecendo ele voltou no meio-campo, terminamos a temporada com ele no meio e nada mais lógico que iniciar a temporada com ele no meio”, opinou.

Ao todo, Daniel Alves soma 25 jogos, a grande maioria como meio-campista, com quatro gols marcados e três assistências. A entrega do jogador de 36 anos com a camisa do Tricolor é tamanha, segundo Fernando Diniz, que atuou com lesão de adutor na reta final da temporada de 2019.

“Para quem não sabe, o Daniel Alves jogou quatro jogos no ano passado com uma lesão de adutor, na reta final do Brasileiro. O departamento médico até sugeriu vetar, mas ele disse que ia conseguir. Foi e ajudou muito. Então é um jogador que me ajuda em todas as esferas, um cara completamente comprometido com o São Paulo, que bota todo mundo para cima e aumenta o nível de todo mundo”, finalizou.

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