Há algo que preocupa Fernando Diniz no São Paulo mesmo com a invencibilidade no Campeonato Paulista. O técnico entende que ainda é preciso construir vitórias mais seguras, sem dar chances a acidentes ou reações dos adversários.

E mais. Diniz já tem uma ideia sobre o que causa essa dificuldade para matar os jogos: a falta de confiança. Após a vitória sobre a Ferroviária na quarta-feira da semana passada, o comandante tricolor expôs essa visão. Ele a vê exemplificada na quantidade de gols perdidos e, consequentemente, na pressão que a equipe de Araraquara conseguiu exercer nos minutos finais – o empate não saiu por centímetros em uma finalização dos adversários nos acréscimos.

“Não estamos conseguindo aproveitar as inúmeras oportunidades de gols que estamos criando. Isso dificulta porque a confiança começa a ir embora, a margem de erro fica muito baixa”, apontou Diniz.

Hoje, às 20h, o São Paulo terá uma nova chance para mostrar que consegue vencer uma partida “de boa”, embora a campanha do Novorizontino, também invicto e com a defesa intacta, sugira um adversário mais complicado. O técnico tem dito que direcionou a pré-temporada para melhorar a saída de bola entre os defensores e que só agora, com o Paulistão em andamento, começa a fazer ajustes no terço final do campo.

Essa melhora é vista como essencial por Diniz para tornar as vitórias menos sofridas. Ele ainda vê o time alargando pouco a marcação rival, mesmo que a média de finalizações no Estadual já supere a do Brasileirão de 2019 – 17,3, contra 12,7.

Outro ponto a evoluir é a agressividade na segunda etapa dos jogos. Conforme o tempo passa e a vantagem no placar não aumenta ou não aparece, como contra o Palmeiras, o São Paulo tem se retraído e diminuído a velocidade de seus ataques. Parece haver um excesso de cuidado para não tropeçar.

“Isso vai muito do clima e do campo também. Contra o Palmeiras estava muito quente, o campo seco, e a bola acabava travando. Contra a Ferroviária impusemos o ritmo mesmo saindo atrás no placar. Criamos muitas chances e mostra que temos força para reverter situações”, ponderou Vitor Bueno.

UOL