Após a vitória por 2×0 contra o Água Santa no Morumbi, o técnico Fernando Diniz conversou com a imprensa e falou sobre o que achou do time ter cansado e recuado:
“Isso não foi uma ordem minha, aconteceu naturalmente. Os jogadores foram sentindo o ritmo da estreia. Foi mais a falta de ritmo que fez com que a equipe baixasse no final da partida.”
Blog do São Paulo
É por isso que a Europa está anos à frente e aqui no BR qualquer um mais ou menos vira treineiro.
Vejo 3 características ou perfis de treinador.
1. O treinador disciplinador.
Aquele que bota o terror nos atletas. Exemplos: Leão e Aguirre.
Pegam no pé, botam os caras pra correr. Problema, os atletas perdem o medo depois de um tempo e não entendem nada de tática.
2. O treinador motivacional, o famoso paizão.
Abraça o elenco, ajuda o atleta na parte pessoal, une o grupo. Exemplos, Muricy, Abel e FD.
Problema, não consegue treinar jogador ruim. Precisa de cara que saiba jogar bola. Muitos se encostam em medalhões e por vezes perdem a autoridade.
3. O treinador que manja de tática.
Cara entende do riscado. Tem visão de jogo. É aquele que acerta o time no intervalo e acerta as substituições. Exemplo, faz tanto tempo que não tem um aqui que eu teria que forçar a barra e dizer Sampaoli.
Problema, depende de tempo e boa vontade dos atletas pra ensinar o time a fazer o combinado. Também tem o problema da torcida chamar de pardal quando tenta solucionar problemas com coisas novas. Põe zagueiro na lateral, é pardal. Joga com 2 centroavantes, é pardal. Joga sem volante de contenção, é pardal.
Eu acho o FD bem mais ou menos. Esse jogo cadenciado que ele gosta depende de movimentações geniais. O Barça da época do Xavi e Iniesta era assim. Iam tocando devagarinho mas as tabelas eram geniais, as zagas ficavam perdidas.
Hoje o parâmetro é o Klopp que joga vertical e com intensidade. Time fechado atrás, com 2 atacantes sempre espetados pra um contra-ataque mortal. Jogo vertical, incomodando o adversário o tempo todo.
FD faz um tick taca esquisito. Nem o Barça do Guardiola ficava tocando bola na zaga. Esse jogo lento depende de movimentações geniais. Não acredito que os jogadores atuais tenham essa qualidade.
Infelizmente os técnicos br atuais são uma lástima. Mas como o nível anda baixíssimo, o cara ganha um título e tem emprego vitalício rodando pelos times do Brasil.
Capaz do FD ganhar um paulista treinando um elenco caro e bem qualificado (em termos de Brasil) e a imprensa ficar falando que ele é um novo Guardiola. Aí vc vai ver, ele passou pelo bragantino, passou do velho Luxa e ganhou do santos com um time com caras do nível do DA, Pato, Juanfran, Pablo, etc.
Pra vc ver como o futebol br tá defasado, é comum os times brasileiros perderem pra times com jogadores menos técnicos de países como Equador, PY, etc. Libertadores e Sul-americana é um sufoco quando pega time gringo.
Sem falar na seleção, que técnico só pega jogador pronto e o time não joga nada.
Triste ver que técnicos completos como o Telê já não existam mais. Caras que tinham tudo, motivavam, disciplinavam e entendiam da parte tática. Hoje qualquer Zé já se qualifica a treinar time grande.
Daqui a pouco e a hora do teste, vamos ver se o time esta bom mesmo, tem que ganhar pois o tive esta completando mais um ano de vida, se o diniz perde muitos vao querer a cabeca dele.
Justamente para isso serve um banco de reservas. Serve para substituir um jogador que dimimuiu o rendimento e afetou o funcionamento da equipe. Só que nenhum dos tres que entraram foram capazes de igualar o desempenho que vinha fazendo Hernanes, Helinho e Pablo. Talvez a escolha não foi a mais acertada. Vi o Liziero aparecer em algumas jogadas, mas Pato e Brenner, só entraram realmente porque está escrito na súmula. É importante que um jogador que entre faça algo diferente e contribua com o time. Só em caso de lesão poderia ser uma excessão. Everton e Toró são jogadores que acho poderiam oferecer algo diferente dos que estavam em campo.
Não sei porque o Diniz não coloca o Toró pra jogar.
Bem lembrado.
Acho que ele tem um grande potencial, e joga em todas as posicoes do ataque.
Vai oscilar no comeco, mas e bom jogador. Precisa ainda melhorar o dominio de bola.
Mas o S Paulo nao pode desperdica-lo, assim como fez com o Tardelli no inicio da carreira.
E o Toro me lembra outro ex-jogador do S Paulo, o Grafite.
Para quem pede um reserva para o Pablo, eu iria de Toro, deixando o Pato disputar as pontas. Para mim, ele esta bem a frente do Brenner, Novaes e Fabinho.
Acho que o Toró atacando pelo lado esquerdo, assim como era na base, tendo um Reinaldo no apoio, é um jogador bem decisivo. Vejo o Fernando Diniz bem pragmático na prática; esses toques laterais, chamando o time adversário para o seu campo de defesa, pra ter o contra ataque; é jogar muito resumido pra história do SPFC.
Nada mais natural, tendo sido o primeiro jogo da temporada, não é mesmo?
Quanto ao jogo de hoje, evidente que uma vitória levanta o moral da equipe, mas um empate não se pode desprezar.
Uma derrota apenas atrasa o desenvolvimento do trabalho e atrapalha um pouco, visto que os detratores do treinador virão com força total, em todos os níveis, quer sejam internos ou externos, com os já famosos “eu sabia, eu avisei”, quando isto não ajuda em nada o que o FD está tentando implantar.
Uma derrota só dará argumento para aqueles torcedores que já decretaram o fracasso do Diniz. Eu acho que jogador técnico, como o Pato, tem obrigação de mostrar serviço. O Diniz faz a parte dele, dá a oportunidade e o jogador aproveita ou não.
Marcio, particularmente, eu prefiro o Diniz ao Cuca.
E ele pegou o Sao Paulo no fim, com muita pressao, obrigacao de classificar para a Libertadores, oscilou, mas fez isso.
Tem que dar um tempo ao cara.
No comeco desse ano, ele ja pode implantar mais a parte tatica. Nao e de um dia para o outro.
O caso Jardine era diferente. Mas vejo no Diniz possibilidade de uma real evolucao, nao aquela de que se fala, e nao se faz.
O problema e de se pegar no pe do cara, depois de qualquer resultado adverso. “Pardal’, “tecnico sem titulos”. Tem que esperar uma sequencia.
Pra ser campeao, e outra historia. Bater o Flamengo, que tem investimento milionario, nao e facil. Mas e possivel. Vamos acreditar. Esse e o time da fe!
Pois é, muito por aí…
Concordo plenamente, mas infelizmente nossa torcida não vai deixar.
Voltando a ótima entrevista do FD, trazendo as pertinentes percepções do colega:
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Vermelho e Preto no Branco
25 DE JANEIRO DE 2020 ÀS 23:11
Voltando a entrevista do Diniz, pra tentar sintetizar um pouco o que eu penso, buscando ser mais justo com o ele, entendo que pelo lado humano é o melhor treinador que poderíamos ter. Ao mesmo tempo queremos vencer, não dá pra negar que o resultado é importante no futebol e o ideal seria conciliar a preocupação com o indivíduo com a excelência técnica. Por outro lado, refletindo agora vejo que implementar esse pensamento focado no ser humano já é uma conquista com grandes méritos, ainda mais em um clube que sempre se orgulhou em ser diferente. E a persistência nesse caminho, desde que ao lado de um bom trabalho na parte técnica, também pode trazer conquistas esportivas. É muito difícil, mas se não for possível. que ao menos essa mentalidade possa se estabelecer. No caos atual talvez seja a única coisa viável, independentemente do treinador.
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Não cabe evidentemente nenhum tipo de comparação entre o FD e o Telê, óbvio, mas a Era Telê Santana se notabilizou pelo jeitão muito exigente com muita cobrança, seriedade e responsabilidade, e tudo isso sempre dentro de um ambiente de muito respeito e hierarquia.
Telê valorizava muito o lado humano se importando com as questões afetas às pessoas, aconselhando e cobrando postura e comportamento, atitude, dos atletas.
Inúmeros exemplos de atletas tecnicamente medianos mas altamente comprometidos e com um espírito de time entranhado na alma e nas veias.
O “Pé Frio” por incrível que pareça também era achincalhado pelos comentaristas e sabichões de plantão e vaiado por muitos torcedores que apaixonadamente bradavam ….
“Fora Telê!”
Não sou um defensor ferrenho do FD, não, mas o respeito o tendo como muito diferente em relação a toda uma casta de pseudos treinadores que ganham fortunas impensáveis.
Nada de anormal, nos últimos anos o time morre no segundo tempo e o ano todo, então em começo de temporada não seria diferente.
Quando jogam duas vezes por semana, reclamam de maratona que não tem tempo pra treinar, quando jogam uma vez por semana , reclamam de falta de ritmo, e assim segue a nau são paulina, sempre cansado e pouca vontade de mostrar o que são pagos pra fazer. O time é reflexo do clube.
Os mais novos começam correndo muito, quando percebem que vão correr muito e ganhar pouco, e os bondes velhos ganham muito e correm pouco, logo procuram seus representantes e tentam sair pra outro clube, e assim segue o enterro são Paulino.