O empréstimo do goleiro Jean para o Atlético-GO foi fechado com uma cláusula que pode tirá-lo da equipe rubro-negra a qualquer momento. Para fechar a cessão do jogador, que chegou a ser preso por agredir a esposa nos Estados Unidos, o São Paulo impôs uma condição: interromper o empréstimo aos atleticanos em caso de ofertas do exterior.

A cláusula dá ao Tricolor Paulista o direito de pedir a liberação imediata de Jean se uma eventual proposta estrangeira for considerada satisfatória pela diretoria. Não há um valor exato estipulado no contrato de empréstimo, então caberá aos são-paulinos analisar cada possível oferta que for apresentada, diante das necessidades do clube.

O São Paulo, a princípio, gostaria de rescindir imediatamente com Jean após o caso de agressão. Isso, porém, poderia acarretar em pagamento de indenização ao goleiro, o que seria visto como um prêmio a quem está sendo punido por um ato tão grave. A solução encontrada pelo Tricolor foi, em comum acordo com os representantes de Jean, suspender o contrato, não pagar mais salários até o fim do ano e liberá-lo para o Atlético-GO.

Em geral, os clubes que negociam seus jogadores por empréstimo, principalmente aqueles que estão em baixa, dão à outra equipe envolvida uma cláusula de opção de compra com preço fixado ao fim da cessão. Essa opção de compra normalmente tem valores abaixo do mercado como forma de premiar quem apostou em um atleta que estava sem projeção.

Outros formatos comuns para empréstimos envolvem a preferência de compra, quando quem recebe o jogador tem o direito apenas de cobrir ou igualar eventuais propostas de compra em um determinado prazo. Por fim, também tem sido comuns os empréstimos com obrigação de compra.

Esses são feitos quando o time que quer um atleta não pode bancar uma compra de imediato, usam o período de empréstimo para abater parte do valor final e arrecadar mais fundos para concluir a operação. Aconteceu recentemente com o Corinthians para ter o volante Victor Cantillo.

UOL