Ao emprestar Hudson por um ano ao Fluminense, o São Paulo garantiu preferência de compra de um jogador da base do time carioca. Os clubes discutiram as opções que atendessem aos interesses das duas partes e, assim, ficou definido que o time do Morumbi terá o direito de cobrir qualquer proposta feita pelo jovem Wallace. Mas o que fez os paulistas olharem para essa promessa de Xerém?

A escolha de Wallace não foi arbitrária e nem independente do departamento de futebol profissional do São Paulo. A diretoria fez consultas aos responsáveis por gerir as categorias de base, em Cotia, e recebeu análises de jogadores do time sub-20 do Flu que disputa a Copa São Paulo. Nessas conversas, Wallace foi apontado como o favorito.

O Fluminense, a princípio, preferia não incluí-lo nessa negociação por Hudson, mas decidiu aceitar e dar ao São Paulo a preferência de compra por Wallace. O Tricolor Paulista poderá cobrir qualquer proposta que chegar pelo jogador de 18 anos, ainda que a atual situação financeira do clube torne distante uma compra que chegue perto do valor da multa rescisória do meia-atacante, calculada em 30 milhões de euros (R$ R$ 136,75 milhões).

Wallace pode jogar como ponta pela esquerda e tem no currículo passagens pelas categorias sub-15 e sub-17 da seleção brasileira. Ele nasceu em 2001 e faz parte de uma das gerações mais badaladas de Xerém. Por muito tempo, foi companheiro de Marcos Paulo, atacante que marcou um gol sobre o São Paulo no último Campeonato Brasileiro. Chegou a deixar João Pedro, sensação do Flu vendida ao Watford, da Inglaterra, no banco de reservas. Os três também jogaram juntos no ataque e tiveram grandes momentos.

Depois da Copinha, Wallace deve fazer parte de um grupo que será utilizado na recém-criada equipe sub-23 do Fluminense —o goleiro Marcelo, o lateral-direito Calegari, o zagueiro Luan e os meio-campistas André e Martinelli também devem estar nesse projeto. A ideia é que essa transição os ajude a amadurecer mais rápido para eventuais chances no time profissional.

UOL