São Paulo vem fechando as portas para interessados em suas joias da base. Apesar de ter fechado o ano de 2019 com um déficit de R$ 180 milhões, o clube não vem cedendo a propostas tentadoras por entender que seus atletas revelados em Cotia valem mais que os valores oferecidos.

O Tricolor tinha como meta para o ano passado atingir R$ 120 milhões com a venda de jogadores, mas conseguiu bem menos que isso. No total, o São Paulo recebeu R$ 71,3 milhões por transações envolvendo Lucas Fernandes (R$ 10 milhões – Portimonense), Tuta (R$ 7,2 milhões – Eintracht Frankfurt), Rodrigo Caio (R$ 22 milhões – Flamengo), Auro (R$ 2,3 milhões – Toronto FC), Morato (R$ 27,5 milhões – Benfica) e Miguel Alcântara (R$ 2,3 milhões – Ascoli).

Neste último ano, Raí e companhia até tiveram a oportunidade de atingir a meta orçamentária em relação à negociação de atletas, mas preferiram priorizar o projeto esportivo do clube. Na janela de transferências do verão europeu, o São Paulo fechou as portar para o Manchester City, interessado em Antony, não só por entender que a oferta inglesa estava aquém das expectativas, mas também por acreditar que o garoto é um dos pilares do time. Titular absoluto de Fernando Diniz, o camisa 39 ainda pode ser vendido nesta nova janela.

Mais recentemente, o Red Bull Bragantino, recém-promovido à Série A do Campeonato Brasileiro, ofereceu R$ 27 milhões pelo zagueiro Walce, mas a diretoria tricolor também não concordou em negociar o atleta, que rotineiramente é convocado para defender as categorias de base da Seleção Brasileira, por essa quantia.

Mas, nem sempre foi assim. Há poucas temporadas, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não pensou duas vezes ao liberar jovens promessas por bons valores. Foi assim com David Neres e Luiz Araújo, por exemplo. Ambos os atletas se destacaram rapidamente no time profissional, se tornaram protagonistas e, com poucos jogos, acabaram se transferindo para a Europa. No caso de Neres, o destino foi o Ajax. Luiz Araújo foi para o Lille, da França.

Gazeta Esportiva