O balanço de 2018 do São Paulo, publicado neste ano, apresenta um ponto controverso. No item 18, de direitos e obrigações com entidades estrangeiras, na 12ª linha, consta que R$ 17,75 milhões referentes a direitos federativos de Eder Militão entraram nos cofres do clube, oriundos da financeira alemã Score Capital AG. Porém, a Fifa proíbe que direitos federativos de jogadores sejam negociados diretamente com empresas.
Em seu balanço, o Porto, que comprou o jogador em 2018, citou apenas o São Paulo na negociação. No do clube do Morumbi, porém, a Score Capital aparece com a descrição “direitos federativos”, assim como os portugueses (veja na imagem ao lado). O UOL Esporte procurou o Tricolor e a financeira alemã, mas a empresa não se pronunciou sobre o assunto. De acordo com a apuração da reportagem, a agremiação brasileira acredita que agiu dentro da lei.
Militão foi negociado a prazo, e o São Paulo, antes de receber o dinheiro, teria pegado os créditos desta operação com a Score Capital, que cobrou juros referentes à transação. Na linha de raciocínio do clube, a empresa alemã teria ficado com os créditos da operação, e não com os direitos federativos do jogador.
Tal negociação, no entendimento do clube, é permitida pela Fifa. Ainda no entender de integrantes do departamento financeiro do São Paulo, esse adiantamento não é encarado como um empréstimo ou dívida, e sim como uma despesa financeira.
Ainda no balanço do São Paulo, no item 5, há a seguinte descrição, referente a entidades esportivas: “Valores a receber de Entidades Esportivas em 31/12/2018 referem-se substancialmente a negociações de Direitos Federativos dos atletas profissionais: (i) Lucas David Pratto, (ii) Eder Gabriel Militão, (iii) Thiago Henrique Mendes Ribeiro, (iv) Paulo Henrique Chagas de Lima, (v) Inácio Carneiro dos Santos, (vi) Petros Matheus dos Santos Araújo, (vii) José Rogério de Oliveira Melo, (viii) Vitor Tormena de Farias, (ix) Ricardo Adrián Centurión, (x) Christian Alberto Cueva Bravo, (xi) Luiz Gustavo Novaes Palhares, (xii) Auro Álvaro da Cruz Junior, e (xiii) Lucas Rodrigues Moura da Silva.
A Entidade optou por registrar os efeitos econômicos totais dos contratos firmados, com o objetivo de expressar os reflexos dos mesmos em suas demonstrações financeiras a curto e longo prazos. Em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, o clube mantinha recebíveis oferecidos em garantia à determinadas operações de empréstimo e financiamento bancário.”
Vale lembrar que, como o contrato de Militão estava perto do fim, o São Paulo aceitou pagar cerca de 28% de intermediação na transferência. A demonstração financeira relativa a dezembro do ano passado registra R$ 31.5 milhões pela venda do jogador e despesa de R$ 8.875 milhões com intermediação.
UOL
Caramba 28% de intermediação? Cada negociação dentro do São Paulo só tem intermédio de terceiros, comissão pra tudo que é lado e o clube se atolando em dívidas.
Lamentável…
Só que nesse caso é perfeitamente justificável porque senão ele sairia de graça no final do contrato .
Pois é, depois de 1 ano e meio praticamente, ainda “tão” remoendo isso aí, rs
É só uma forma de criticar o bunda mole do Leco
Não concordo com essa “ dos males, o menos pior”. O Militao sairia de graça, isto é verdade mas se sujeitar a pagar 28% de comissão pra não tomar mais prejuízo?
Qual a vantagem disso? O clube está menos endividado com a grana recebida?
Senão tem ninguém competente na diretoria pra negociar diretamente com o clube interessado e o empresário do jogador, pra que existem os cargos? O que o Raí, Pássaro e demais fazem ali? Lembre-se que são cargos remunerados, ninguém ganha mal ali..
se ele nao tivesse saido, talvez ganhassemos o campeonato! incompetencia de quem esperou demais para renovar o contrato!
28% de intermediação
Bandidos safados, ordinários.
Enquanto clubes europeus se recusam a liberar seus atletas pra cbf o SP manda 3, sendo 2 titulares, pra perderem toda a pré-temporada. O negócio é “valorizar” a mercadoria que está a venda
Exatamente.
Virou balcão de negócios!!
Leco maldito!!!
Até o Bragantino está nos ultrapassando. Lá eles tem espírito de busca. O clube era um anão como estava para fechar as portas fez parceria com a Red Bull e com certeza logo estará em melhores condições do que o nossso governado por 160 anciãos. (conselheiros vitalícios.) Ainda está em tempo de mudar. Temos estádio, bela torcida, passado glorioso e nome. Porem se nada for feito, mais 17 anos seremos extintos. Só há uma solução. Tirarem as mascaras. Libertarem o clube com eleições livres e diretas pra presidente com votos dos sócios torcedores.
O dinheiro investido terá que voltar de alguma maneira. A Leila futebol clube, por exemplo, já acumula uma dívida de 500 milhoes. O Bragantino terá um respaldo suficiente para dar esse retorno? Quem mais senão o torcedor para dar esse respaldo?
Respeito, mas lamento muito um torcedor de um clube do tamanho do SPFC pensar desta forma…
Muito triste ler isto. É de uma desfaçatez gigante com um clube que sempre nos deu alegrias e orgulho.
Não sou alheio aos problemas de gestão que nos acompanham há anos, mas tbm não sou alheio ao tamanho deste clube, que merece sempre o.nosso respeito.