A manutenção de Raí como diretor de futebol, definida nessa sexta-feira, não significa que o São Paulo não terá mudanças no departamento para 2020. Na reunião que confirmou a renovação do ídolo, o presidente Leco deu a ele a missão de fazer algumas alterações na estrutura física e pessoal do CT da Barra Funda, sendo que uma delas tem a ver com a função exercida por Diego Lugano.

​A ideia é que o ex-zagueiro participe mais do dia a dia e das decisões do futebol. Ele é superintendente de relações institucionais do Tricolor desde janeiro de 2018 e não tem (ou não tinha) como principal atribuição o time de futebol, embora tenha entrada no vestiário e esteja muito frequentemente no CT da Barra Funda e no Morumbi. O próprio Lugano já declarou que mantém certo distanciamento dos jogadores pela dificuldade de enxergá-los como subordinados e não mais como colegas de time.

O trabalho de Lugano, até hoje, foi mais focado em relacionamento com outros clubes e pessoas do futebol. Ele foi um dos idealizadores, por exemplo, da Legends Cup, competição de ex-jogadores que acontecerá no Morumbi em 15 de dezembro e reunirá nomes históricos de São Paulo, Bayern de Munique, Borussia Dortmund e Barcelona.

​Alguns movimentos do São Paulo, no entanto, tiveram participação direta do uruguaio nos últimos anos, casos das contratações de Diego Aguirre e Gonzalo Carneiro, em 2018, e de Juanfran e Daniel Alves, em 2019. Mas ele nem sempre foi consultado. A demissão de Aguirre, por exemplo, foi definida sem a sua anuência. Isso, em tese, não voltará a acontecer.

Há uma pressão grande sobre Leco para que o São Paulo reformule o CT da Barra Funda, com modernização de equipamentos e troca de profissionais em algumas áreas. O presidente espera que isso seja tocado por Raí, com auxílio de Lugano.

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