O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, diz que já conversou com Raí para ter sua renovação de contrato para 2020. “Por mim, ele fica.” A conversa com este blog aconteceu na última sexta-feira, antes da derrota para o Grêmio. O resultado de domingo aumentou as especulações sobre o risco de Fernando Diniz perder o emprego em caso de derrota para o Internacional, nesta quarta (3).

O clássico contra o Internacional tem caráter decisivo, porque, se perder, o São Paulo terá o rival na vaga pela fase de grupos da Libertadores à sua frente na tabela de classificação. Se vencer, o Tricolor garantirá presença na Libertadores sem necessidade da fase preliminar. Segundo o presidente são-paulino, já houve conversas não apenas sobre a renovação de contrato, mas também sobre o projeto para Raí a partir de 2020. A possibilidade de o São Paulo se transformar em sociedade anônima pode reforçar o papel do dirigente, no Morumbi.

Raí também pretende permanecer, mas há enorme pressão para tirar o diretor do cargo e colocar um conselheiro. Velha briga política de clube. Ter um diretor amador sempre dá respaldo nas conversas miúdas de reuniões de condomínio com as quais se parecem várias assembleias de conselhos deliberativos.

Dentro do clube, percebe-se que Raí tem um vácuo de autoridade, mas não de liderança. A ideia inicial era compor com outro dirigente que se impusesse mais nas conversas do vestiário. Seria o papel de Ricardo Rocha, antes do zagueiro campeão brasileiro de 1991 pedisse demissão, há um ano. Uma hipótese seria ter um dirigente que completasse a gestão. Para Leco, a ideia de abrir mão de Raí não é questão. Mas ele precisa resistir à pressão.

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