Com Fernando Diniz no comando, o são-paulino acostumou-se a ver Antony, Liziero e Igor Gomes na equipe principal, este último depois de um hiato de cinco meses, mas outros garotos de Cotia vão na contramão: o volante Luan e os atacantes Helinho e Toró. Todos eles chegaram a ser titulares neste ano, mas no momento têm pouco espaço no elenco.

O caso de Luan é diferente dos outros dois. O volante de 20 anos foi titular nas sete primeiras partidas de Diniz, mas perdeu essa condição a partir do duelo com a Chapecoense. Naquele dia, o jovem deu lugar a Jucilei, que voltava de um período de afastamento e é bem avaliado pelo treinador por sua qualidade no passe.

Depois da vitória por 3 a 0 em Chapecó, em que Luan o substituiu nos 22 minutos finais, Jucilei manteve a vaga entre os 11 contra Fluminense (derrota por 2 a 0 no Morumbi), Athletico-PR (derrota por 1 a 0 no Morumbi) e Santos (empate por 1 a 1 na Vila Belmiro). Ele voltou a ficar no banco no empate por 1 a 1 com o Ceará, no último domingo, no Castelão, mas a dupla de volantes foi formada por Tchê Tchê e Liziero. No segundo tempo, quando quis fechar o time, Diniz optou por Hudson. Luan, portanto, não é acionado há quatro partidas.

Já Toró e Helinho não participaram de nenhum dos 13 jogos de Fernando Diniz. Os dois jogaram pela última vez na derrota por 1 a 0 para o Goiás, a despedida de Cuca.

Toró sofreu uma lesão na coxa esquerda naquela partida e voltou a ficar no banco na derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, oitavo jogo do atual treinador. O atacante de 20 anos ficou na reserva também contra a Chape, não foi nem relacionado para as partidas contra Fluminense e Athletico-PR e voltou a ser opção diante de Santos e Ceará. Neste último jogo, poderia ser uma alternativa para a vaga de Antony, substituído no segundo tempo, mas Diniz optou por acionar o centroavante Raniel e abrir Daniel Alves pelo lado direito.

Helinho não sofreu nenhum problema físico no período, mas teve dificuldades até para conseguir um lugar no banco: ficou como opção em sete das 13 partidas de Diniz. Antes de ficar na reserva contra o Ceará, domingo, o garoto de 19 anos ficou cinco jogos fora da lista de relacionados. No período, chegou a ser “emprestado” para a equipe sub-20 para tentar retomar ritmo de jogo e confiança, mas não se destacou.

Diniz não chegou a explicar a situação desses jogadores em entrevistas coletivas, mas quem convive com ele no CT da Barra Funda diz que o treinador se guia muito pelo que vê nos treinos para definir quem joga, quem fica no banco e quem não é relacionado. Helinho foi um dos destaques da atividade desta terça e, por isso, há quem aposte que ele tenha chances de ser acionado no decorrer do jogo contra o Vasco, às 20h30 de quinta, no Morumbi.

Após o treino, Luan teve uma conversa particular com Diniz. O técnico tem o costume de dialogar individualmente com os jogadores ao longo da semana, e esses papos não significam que ele esteja preparando-os para a equipe titular do jogo seguinte.

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